sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Caso é simples, Teixeira já está no quarto e terá alta em até 48 horas (Postado por Erick Oliveira)

O primeiro boletim médico divulgado pelo Hospital Pró-Cardíaco, em Botafogo, Zona Sul do Rio de Janeiro, trouxe boas notícias sobre o quadro clínico de Ricardo Teixeira, internado na última quinta-feira com dores abdominais. Segundo o comunicado oficial, o presidente da CBF teve mesmo uma diverticulite (processo inflamatório na parede do colón, tecido que reveste o intestino grosso) não-complicada e já foi transferido da emergência para o quarto, onde ficará em observação. Os médicos preferem não precisar, mas a tendência é que o dirigente tenha alta entre 24 e 48 horas.
A manutenção de Teixeira, de 64 anos, no hospital é, ainda de acordo com a equipe clínica, por precaução, devido à idade avançada e a antigos problemas cardíacos apresentados por ele.
- Ele já está bem melhor, assintomático, fez até brincadeiras nesta manhã. A tendência é que se recupere com auxílio apenas de antibióticos. Fez uma série de outros exames e nada de anormal foi identificado. Não será preciso nenhum cuidado especial, incluindo na alimentação - explicou o médico Luiz Henrique Fonseca, que autorizou a remoção do dirigente para o quarto.
As visitas estão liberadas, e a esposa do presidente da entidade máxima do futebol brasileiro permanece no hospital. Teixeira voltava de Brasília, após uma série de reuniões relativas à Copa do Mundo.
Entenda o caso
Ricardo Teixeira amanheceu sem dores abdominais após passar a noite no hospital. Ele tomou café da manhã, com uma dieta normal, sem qualquer restrição alimentar. O dirigente chegou ao hospital, no fim da tarde de quinta-feira, caminhando, ao lado da esposa e de dois seguranças. Teixeira foi atendido inicialmente por seu médico pessoal, Jorge Castro Y Perez. Depois, passou a ficar sob os cuidados da equipe do hospital.

Além de presidente da CBF, Ricardo Teixeira preside também o Comitê Organizador Local da Copa do Mundo de 2014. O dirigente tem histórico de problemas cardíacos. Por duas vezes, ele teve de ser submetido a angioplastias ao longo da última década. O problema de agora, entretanto, não tem nada a ver com o coração.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Chefe da McLaren compara Hamilton a Senna: 'Não querem fazer amigos' (Postados por Erick Oliveira)

Após toda a confusão no GP de Cingapura, Lewis Hamilton foi defendido novamente por Martin Whitmarsh, chefe da McLaren. Segundo o dirigente, o ímpeto do inglês faz lembrar muito do tricampeão Ayrton Senna e do hepta Michael Schumacher. Para ele, o piloto da McLaren não está na Fórmula 1 para fazer amigos, assim como as duas lendas da categoria.
- Olhe para os últimos 20 anos. Qualquer um desses pilotos que atacam bravamente irritaram os outros. Se você lembrar de Ayrton Senna, certamente jovem, ele nunca teve culpa em um acidente que sofreu. É sempre culpa dos outros. Ele tinha uma autoconfiança enorme e isso irritava os adversários. Michael Schumacher ainda é assim. Eles não estão aqui para fazer amigos e não querem fazer amigos - disse Whitmarsh, em entrevista à imprensa inglesa.
Para Whitmarsh, Hamilton está certo em assumir riscos nas ultrapassagens. E o dirigente elogiou a postura do inglês, que não reagiu após ser confrontado por Massa na entrevista coletiva.
- Não acho que Lewis esteja aqui procurando inimigos, mas ele tem de superar um carro à frente dele e, para isso, assumir alguns riscos. Quando dá certo, você é heroi. Quando não dá, você precisa se perguntar. Lewis ficará chateado, mas ele é um indivíduo confiante. Ele escolheu sair de uma potencial confusão. Foi a coisa certa a se fazer.

domingo, 25 de setembro de 2011


Sebastian Vettel vence e fica a um ponto do bicampeonato

Plantão | Publicada em 25/09/2011 às 11h10m
Lancepress
Piloto da RBR Sebastian Vettel no GP de Cingapura. Foto: AFP
CINGAPURA - Não foi desta vez que Sebastian Vettel conquistou o bicampeonato da Fórmula 1, mas, com a vitória no GP de Cingapura, ficou a apenas um ponto do título. Após dominar amplamente a corrida e vencer pela nona vez no ano, o alemão da RBR passou a somar 309 pontos, contra 185 do novo vice-líder Jenson Button, segundo na prova. Com 124 pontos de vantagem sobre Button e 125 em jogo até o fim do ano, Vettel precisa apenas de um décimo lugar nas cinco provas restantes para sacramentar o bi.
Mark Webber e Fernando Alonso tiveram atuações apagadas e terminaram na terceira e quarta colocações, e suas chances de título, que eram quase nulas, agora são absolutamente zero. Também marcaram pontos, do quinto ao nono lugares, Lewis Hamilton, que fez muitas ultrapassagens durante a prova após uma punição, Paul di Resta, Nico Rosberg, Adrian Sutil, Felipe Massa e Sergio Perez.
Massa, por sinal, fez até um bom começo de prova, mas teve um pneu furado após ter sido tocado por Hamilton e só somou dois após difícil recuperação. Rubens Barrichello, com seu limitado Williams, tentou uma tática de um pit stop a menos e chegou a estar em décimo perto do fim, mas acabou em 13o. Já Bruno Senna teve uma asa quebrada num toque e foi o 15o, dois postos à frente do companheiro de Renault Vitaly Petrov.
Vettel liderou a corrida desde a largada, abriu muita vantagem sobre os adversários desde o começo e não foi ameaçado em nenhum momento, mesmo após a única intervenção do safety car, após um acidente envolvendo Michael Schumacher e Sergio Perez na metade da prova. O único susto dele foi no último pit stop, quando quase houve uma colisão com o Lotus de Heikki Kovalainen. Fora isso, foi um passeio.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Em treino marcado por zebras soltas, Hamilton é o melhor em Cingapura (Postado por Erick Oliveira)

Em um treino marcado por problemas com as zebras provisórias do Circuito de rua de Marina Bay, Lewis Hamilton foi o mais rápido na abertura das atividades para o GP de Cingapura, que será disputado neste domingo. O inglês da McLaren marcou 1m48s599, 406 milésimos à frente de Sebastian Vettel, da RBR, líder do campeonato e que pode levar o bi já neste fim de semana.
Só que o fato inusitado com as zebras das curvas 3 e 14 foi o grande acontecimento da sessão. O início do primeiro treino, marcado para 7h (de Brasília) foi atrasado em meia hora após problemas nas atividades das categorias-suporte da F-1, como a Porsche Cup e a Fórmula JK (antiga BMW Ásia). Os funcionários da corrida tiveram de entrar para retirá-las de ação por causa da falha.
Charlie Whiting e Herbie Blash, representantes de segurança da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), vistoriaram a pista e determinaram as mudanças urgentes. Só que, a poucos minutos do fim da sessão, Felipe Massa passou por cima da zebra da curva 8, que se soltou. A bandeira vermelha foi mostrada e os fiscais de pista iniciaram um trabalho rápido para resolver o problema. A sessão ainda foi reiniciada, mas os primeiros colocados não se alteraram.
Massa, aliás, ficou na sexta posição, duas atrás de Fernando Alonso, seu companheiro de Ferrari, o quarto colocado. O brasileiro e o espanhol testaram novas configurações das asas traseira e dianteira na sessão. Rubens Barrichello, da Williams, foi o 11º, e Bruno Senna, da Renault-Lotus, também em testes aerodinâmicos, marcou o 16º tempo, dois postos melhor que Vitaly Petrov.
Confira os melhores tempos do primeiro treino livre para o GP de Cingapura:
1 - Lewis Hamilton (ING/McLaren-Mercedes) - 1m48s599 (10 voltas)
2 - Sebastian Vettel (ALE/RBR-Renault) - 1m49s005 (15)
3 - Mark Webber (AUS/RBR-Renault) - 1m50s066 (16)
4 - Fernando Alonso (ESP/Ferrari) - 1m50s596 (11)
5 - Jenson Button (ING/McLaren-Mercedes) - 1m50s952 (12)
6 - Felipe Massa (BRA/Ferrari) - 1m52s043 (14)7 - Adrian Sutil (ALE/Force India-Mercedes) - 1m52s251 (13)
8 - Michael Schumacher (ALE/Mercedes) - 1m52s416 (12)
9 - Paul di Resta (ESC/Force India-Mercedes) - 1m52s435 (13)
10 - Nico Rosberg (ALE/Mercedes) - 1m52s815 (13)
11 - Rubens Barrichello (BRA/Williams-Cosworth) - 1m52s991 (17)12 - Jaime Alguersuari (ESP/STR-Ferrari) - 1m53s050 (17)
13 - Pastor Maldonado (VEN/Williams-Cosworth) - 1m53s399 (18)
14 - Sergio Perez (MEX/Sauber-Ferrari) - 1m53s703 (19)
15 - Kamui Kobayashi (JAP/Sauber-Ferrari) - 1m53s749 (12)
16 - Bruno Senna (BRA/Renault-Lotus) - 1m53s765 (17)17 - Sebastien Buemi (SUI/STR-Ferrari) - 1m53s785 (16)
18 - Vitaly Petrov (RUS/Renault-Lotus) - 1m54s736 (8)
19 - Jarno Trulli (ITA/Lotus-Renault) - 1m54s821 (9)
20 - Heikki Kovalainen (FIN/Lotus-Renault) - 1m56s198 (8)
21 - Jerome D'Ambrosio (BEL/MVR-Cosworth) - 1m57s798 (13)
22 - Timo Glock (ALE/MVR-Cosworth) - 1m58s792 (6)
23 - Daniel Ricciardo (AUS/Hispania-Cosworth) - 1m59s169 (17)
24 - Narain Karthikeyan (IND/Hispania-Cosworth) - 1m59s214 (18)

sábado, 17 de setembro de 2011

Brasil vence Rússia nas duplas e fica a uma vitória do Grupo Mundial (Postado por Erick Oliveira)

Nos últimos oito anos, o Brasil nunca esteve tão perto do Grupo Mundial da Copa Davis como neste sábado, após a vitória de duplas sobre a Rússia em Kazan. Bruno Soares e Marcelo Melo bateram Dmitry Tursunov e Igor Kunitsyn por 6/4, 7/5 e 6/2, em 2h07min, abrindo 2 a 1 no playoff e fazendo o Brasil dormir mais perto da elite do tênis mundial. O placar após dois dias é igual ao do confronto contra a Índia, no ano passado. O resultado nas duplas e a atitude, não.
- Jogar pela Davis é bem diferente. Fico muito feliz por estarmos 2 a 1 na frente e por ter feito isso ao lado de um amigo que é o Bruno. Jogamos muito bem. O ponto das duplas quando o confronto está 1 a 1 é ainda mais importante - disse Marcelo Melo.
Neste domingo, a equipe brasileira precisa de apenas um ponto para vencer o confronto. Thomaz Bellucci abre a programação contra Mikhail Youzhny enquanto Ricardo Mello terá pela frente o número 2 da Rússia. A princípio, Igor Andreev. Mas o capitão Shamil Tarpischev deve promover uma mudança, com Dmitry Tursunov como o mais cotad
o. A partida de duplas começou com muitos erros de ambos os lados. O Brasil teve cinco chances de quebra logo no primeiro game, mas os russos conseguiram manter o saque. Em seguida, Soares e Melo tiveram que salvar quatro break points para fazer 1/1. A primeira e única quebra de serviço no set viria apenas no nono game, num voleio para fora de Kunitsyn. No game seguinte, Bruno sacou e fechou em 6/4, em 40 minutos.
A dupla brasileira começou o segundo set quebrando o serviço russo mais uma vez, mas Tursunov e Kunitsyn devolveram a quebra logo em seguida. No momento decisivo, porém, com o set empatado em 5/5, o Brasil levou a melhor novamente no saque de Tursunov e chegou a nova quebra, fechando em 7/5 no game seguinte, em 50 minutos.
No terceiro set, com Kunitsyn errando muito, os brasileiros quebraram duas vezes o serviço russo e abriram 5/1. A vitória chegou num ace de Bruno, apenas a segunda vitória do Brasil nas duplas em sete tentativas de voltar ao Grupo Mundial desde 2003. Neste domingo, a equipe brasileira entra em quadra precisando de um ponto em duas chances. Mas Bruno Soares prefere nem pensar no quinto jogo.
- Tomara que o Thomaz ganhe logo para a gente definir isso - disse, sorrindo.
A República Tcheca foi a primeira a se classificar ao Grupo Mundial. Fechou em 3 a 0 o duelo contra a Romênia. Mesmo caso da Itália, que repetiu o placar diante do Chile.

Confrontos dos playoffs:
Rússia 1 x 2 Brasil
Austrália 2 x 1 Suíça
Romênia 0 x 3 República Tcheca
Chile 0x3 Itália
África do Sul 1 x 2 Croácia
Japão 2 x 1 Índia
Bélgica 1 x 2 Áustria
Israel 1 x 2 Canadá

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Djokovic agora quer título de Roland Garros: 'Ainda tenho muito a provar' (Postado por Erick Oliveira)

Bem humorado e tagarela na entrevista coletiva pós-título do US Open, Novak Djokovic mostrou humildade na hora de falar de seus feitos impressionantes em 2011 e disse que ainda pretende conquistar muita coisa no tênis. Um de seus próximos objetivos é triunfar em Roland Garros, único Grand Slam que falta em seu currículo.
- Por que não? Ainda há muito a provar para mim e para o mundo do tênis. Quero vencer muitos torneios, muito mais torneios grandes. É algo que não é apenas o hábito de acordar e se concentrar no que se faz. É o amor pelo esporte que me mantém. E ganhar em quadra, enquanto esta sensação continuar comigo, vou seguir lutando por outros troféus. Seria inacreditável completar o Grand Slam, vencer o Aberto da França. É algo que com certeza é uma ambição, mas vai levar tempo - disse o número 1 do mundo.
Se triunfar também em Paris, Djokovic completará o chamado Career Slam, feito em que um tenista vence os quatro Grand Slams mesmo que em anos diferentes. Este ano, Nole conquistou os títulos do Australian Open, de Wimbledon e do US Open. Roland Garros foi o palco de sua única derrota da temporada em um dos quatro maiores torneios do circuito. Seu algoz foi o suíço Roger Federer, nas semifinais.
O sérvio, que não tomou o champanhe na hora do brinde dos jornalistas, aproveitou o momento alegre para dizer que deixaria momentaneamente sua dieta, o que provocou risos da plateia. A piada veio quando uma jornalista lhe perguntou o que havia comido na véspera do jogo.
- Vou te dar uma resposta simples. Na noite passada, eu não comi nada com glúten. Hoje à noite, vou comer um monte de glúten. E álcool!
No fim do ano passado, Djokovic descobriu que tinha alergia a glúten e entrou em uma dieta que corta a proteína. Segundo o próprio sérvio, o novo regime alimentar foi o maior responsável por sua condição física muito superior este ano.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

De ressaca e moicanos, Brasil joga duro, mas vê a Argentina campeã (Postado por Erick Oliveira)

A torcida gritou, cantou, xingou, como se a vaga em Londres-2012 ainda estivesse em jogo. Dentro da quadra, os atletas vibravam a cada lance, o técnico se irritava, o banco pulava. A derrota para o Brasil na primeira fase ainda parecia engasgada, e a Argentina entrou para jogar sério – muito sério – a final da Copa América na noite deste domingo. Do outro lado, jogadores felizes, que voltaram para o hotel no meio da madrugada após quebrar um jejum olímpico de 15 anos e, para marcar o fato, ainda estrearam novos penteados no estilo moicano. Dentro da quadra, não deram moleza. Jogaram de igual para igual a maior parte do tempo, chegaram a liderar por seis no último quarto, mas não resistiram. Na final que tinha gosto de revanche para um lado e ressaca para o outro, melhor para os hermanos. Com a vitória por 80 a 75, foram eles os campeões, no dia em que a Geração Dourada emocionou um público apaixonado com sua última exibição em solo argentino.
As duas equipes já entraram em quadra com a conquista maior. Na véspera, o Brasil bateu a República Dominicana, e a Argentina passou por Porto Rico. Com isso, os dois vizinhos seguem juntos para Londres. Se a final não importava tanto para o Brasil (Alex chegou a perguntar “Que final?” na véspera), para a torcida argentina valeu como uma despedida comovente da geração que conquistou o vice-campeonato mundial em 2002 e o ouro olímpico em 2004. Depois de Londres, craques como Ginóbili, Oberto, Delfino e Nocioni não devem vestir mais a camisa da seleção.
Para delírio dos compatriotas, Scola fez uma exibição de luxo. Carregou o time nas costas, levantou a arquibancada várias vezes e anotou 32 pontos. Do outro lado, o maior pontuador foi Marquinhos, com 17.
Apesar do vice, o Brasil volta para casa festejando a todo vapor. A delegação deixa Mar del Plata às 8h desta segunda-feira e segue de ônibus até Buenos Aires. De lá, toma o avião para São Paulo, com desembarque em Guarulhos previsto para o fim da noite. O técnico Rubén Magnano, reverenciado pela torcida durante todo o torneio, decidiu ficar mais um tempo na Argentina.
Coube ao Brasil abrir o placar com Tiago Splitter, mas não demorou muito tempo para a Argentina tomar conta do jogo. Com oito pontos de Scola, seis de Delfino e o combustível extra que vinha das arquibancadas, a vantagem começou a crescer. Ao fim do primeiro quarto, o ginásio lotado já cantava satisfeito com o placar de 21 a 9.
Com a segunda falta de Huertas, Rafael Luz assumiu a armação, e o Brasil melhorou. A diferença, que era de 12, caiu para três, mas por pouco tempo. Bastou Julio Lamas pedir um tempo para o cenário se organizar de novo para os donos da casa. E começaram as despedidas. Scola, que foi a 18 pontos antes do intervalo, teve seu nome cantado pela torcida. Na quadra o clima chegou a ficar tenso em alguns momentos, com o Brasil jogando para valer, mas o placar era dos argentinos: 35 a 27.
Quando parecia que o segundo tempo seria só uma formalidade, o Brasil se agigantou. Apertou a defesa, acertou a mão no ataque e, para surpresa geral, virou o jogo. A torcida percebeu, então, que não bastava cantar a despedida. Era preciso gritar pela vitória. E o Ilhas Malvinas quase veio abaixo. Jogando mais solta, a equipe visitante se manteve na cola e, na virada para o último período, perdia por só dois pontos: 50 a 48.

Giovannoni já abriu o quarto com um tiro certeiro de três. Na sequência, Benite e Huertas acertaram bandejas complementadas com faltas. Apreensão no ginásio, porque o Brasil liderava por meia dúzia. Kammerichs reduziu a vantagem, e o barulho no ginásio era cada vez mais ensurdecedor. Chegou ao auge quando Scola cuidou da virada, acertando uma bandeja, sofrendo a falta e guardando o lance livre. Pouco depois, ele repetiu a dose, chegando a 28 pontos e abrindo quatro. Prigioni, bem atrás da linha de três, fez a diferença chegar a cinco e o ginásio tremer. Mas ali a torcida já sabia que a despedida da Geração Dourada em solo olímpico seria com vitória. E o Brasil, a bem da verdade, não sofria tanto por isso, com a vaga em Londres bem guardada na bagagem da volta. Marcelinho Machado, herói do jogo da véspera, fez a diferença cair para dois em uma cesta de três nos segundos finais. Mas não houve tempo para mais.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Fabiana Beltrame conquista medalha de ouro inédita no Mundial de Remo (Postado por Erick Oliveira)

Campeã da Copa do Mundo em junho, Fabiana Beltrame escreveu mais uma página dourada na história do esporte brasileiro. Na manhã desta sexta-feira, a catarinense de 29 anos mostrou superioridade clara em relação às adversárias e conquistou, em Bled, na Eslovênia, a primeira medalha de ouro do país em um Mundial de Remo. Beltrame foi soberana de ponta a ponta e, com o tempo de 7m44s58 e vantagem de quase dois barcos de diferença, venceu no single skiff leve (LW1x), em final que teve até cisne atrapalhando a largada. A suíça Pamela Weisshaupt ficou com a prata (7m48s24), e a alemã Lena Mueller (7m50s44), com o bronze.
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- Sai decidida, e ninguém ia me tirar esse ouro. Na quinta usei uma tática de não forçar muito na semifinal. Só me classifiquei mesmo com o tempo necessário para nesta sexta poder dar uma boa largada. Não esperava que fosse chegar com essa diferença. Com muito treinamento, consegui o bom resultado. Cheguei exaurida, mas ficar no pódio com minha filha foi emocionante demais. Estou sentindo até agora. Era um sonho mesmo ganhar esse ouro. Estou muito feliz. Espero que seja o primeiro de muitos que o Brasil ganhará no futuro - disse, em entrevista por telefone ao SporTV.
Com a filha Alicia no colo, a principal atleta do remo brasileiro aproveitou para retribuir o carinho que vem recebendo em sua trajetória.
- Agradeço ao Flamengo, meu clube de coração, que está sempre me apoiando, e a todos que sempre me dão força. Quero agradecer cada recado que recebi, pelo carinho e força de todos – frisou a remadora brasileira.

Na semifinal, disputada na quinta-feira, a atleta catarinense se poupou e avançou à disputa por medalhas com o segundo melhor tempo (7min56s57), atrás apenas da americana Ursula Grobler, que cravou 7min50s44. Nesta sexta, a brasileira disputou a final com força máxima, enquanto Grobler ficou fora do pódio.

Em junho, Fabiana Beltrame já havia conquistado a medalha de ouro na Copa do Mundo, disputada em Hamburgo, na Alemanha. A catarinense, primeira representante feminina do país a disputar uma Olimpíada no esporte (Atenas-2004, e depois Pequim-2008), busca uma parceira para ir aos Jogos de Londres, em 2012. Como a categoria Single Skiff leve, em que foi ouro nesta sexta, não faz parte do programa olímpico, Beltrame procura uma atleta de alto nível para disputar com ela na categoria Double Skiff leve.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

No topo: Fabiana Murer recebe ouro inédito e se emociona em Daegu (Postado por Erick Oliveira)

A noite em Daegu foi de fortes emoções para a campeã mundial Fabiana Murer. Diante de 30 mil pessoas no estádio, a atleta do salto com vara, que fez história com a primeira medalha de ouro do Brasil em mundiais, enfim ocupou o lugar mais alto do pódio, recebeu a medalha dourada e ouviu o Hino Nacional.
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Após a cerimônia, a atleta confessou que o coração acelerou durante a premiação. Com a enorme medalha de ouro no peito, Fabiana revelou que, passada a euforia, foi emocionante poder levar as cores do Brasil para o topo.
- É uma emoção muito grande voltar ao estádio, nesta pista, para receber a medalha de ouro. Fiquei muito emocionada. Na hora comecei a pensar que sou mesmo campeã mundial, e ouvir o hino pela primeira vez foi especial.Tive um dia para me tranquiliziar e hoje só quis curtir o momento, porque foi fruto de muito trabalho - revelou a campeã mundial, ao SporTV.
Ao lado do técnico e marido, Elson Miranda, Fabiana Murer deixou claro que continuará treinando forte para as próximas competições. Seu objetivo é chegar ainda mais forte nos Jogos Olímpicos de Londres, onde é uma das principais esperanças do Brasil.
- Tem que começar a descansar a cabeça e pensar que vai comecar tudo de novo. Pensar passo a passo na técnica e no físico para chegar ainda mais preparada nos Jogos Olímpicos - completou a atleta.
Em quase uma semana de Mundial, Fabiana Murer é a única atleta brasileira que conseguiu uma medalha. Sobre o futuro do esporte no país, ela deixa claro que o trabalho tem que ser feito a longo prazo.
- A Confederação já está fazendo um bom investimento. Levando técnicos de fora para o Brasil, apostando nos atletas. Mas esse trabalho é feito a longo prazo. É preciso trabalhar agora para colher os frutos depois. Comigo foi assim - analisou.