domingo, 19 de dezembro de 2010

Com ouros de Cielo e França, Brasil fecha Mundial em 7º lugar


Brasil termina em sétimo lugar no Mundial de Piscina Curta realizado em Dubai. Foto: Satiro Sodré/CBDA/Divulgação Delegação brasileira comemora a boa atuação no Mundial de Piscina Curta em Dubai
Foto: Satiro Sodré/CBDA/Divulgação
    Em cinco dias de competição, o Brasil acabou em sétimo lugar geral no Mundial de Piscina Curta (25 m), disputado em Dubai.

    O País ficou à frente de potencias como a Austrália e com mais medalhas que a sexta colocada Holanda.

    César Cielo, com dois ouros individuais e dois bronzes por equipe, foi o maior medalhista do País.

    Destacaram-se também Felipe França, com um ouro e um bronze, nos 50 e 100 m peito, respectivamente, e Kaio Márcio com uma prata nos 200 m borboleta e um bronze nos 100 m do mesmo estilo.

    Completaram o quadro de medalhas brasileiro os dois bronzes nos revezamentos 4x100 m livre e 4x100 m medley, prova que fechou o mundial neste domingo, com Guilherme Guido, Felipe França, Kaio Márcio e César Cielo na piscina.
    "Temos um grupo renovado na natação, o Brasil já mudou muito. Vamos fechar o ano como uma das grandes forças no mundo", disse Cielo, ao SporTV.

    "O mais importante é mostrar que o Brasil tem a natação mais ascendente do planeta. A cada ano, são mais medalhas. Mais do que talentos individuais, mostramos que temos um time forte. Mas a Olimpíada é o palco mais almejado por todos nós", completou o campeão mundial e olímpico nos 50 m livre.
    A principal ausência no País foi o nadador Thiago Pereira, que abdicou do Mundial por estar priorizando as competições de 2011, como o mundial de Xangai, em julho, e os Jogos Pan-Americanos, em outubro. A principal falta internacional foi a do americano Michael Phelps.
    Felipe França, medalhista de ouro nos 50 m peito, em prova disputada neste domingo, também comemorou o desempenho brasileiro. "Todos deram o seu máximo e isso é o mais importante. É um mundial, está o mundo inteiro assistindo e será um marco", disse o nadador, que se emocionou no pódio, chegando a ajoelhar-se no momento do hino.
    Quem também marcou este Mundial foi a espanhola Mireia Belmonte Garcia, com três ouros. No masculino, destaque para o americano Ryan Lochte, que havia vencido cinco provas, e com o triunfo no revezamento 4x100 m medley pelos EUA fechou o torneio com seis ouros.
    Liderando o ranking, o Estados Unidos ganhou 12 medalhas de ouro, seis de prata e sete de bronze. A Rússia, com quatro ouros, quatro pratas e dois bronzes, acabou em segundo, seguida da Espanha, com duas pratas a menos e um bronze a mais.
    Apesar de não ganhar medalhas individuais, a equipe feminina de revezamento do Brasil saiu com o novo recorde sul-americano nos 4x100 m livre: 3min35s95. Representaram o País na disputa, Tatiana Lemos, Flávia Delaroli, Michelle Lenhardt e Juliana Kury.
    Confira as medalhas do Brasil no Mundial
    OURO
    César Cielo - 50 m livre
    César Cielo - 100 m livre
    Felipe França - 50 m peito
    PRATA
    Kaio Márcio - 200 m borboleta
    BRONZE
    Felipe França - 100 m peito
    Kaio Márcio - 100 m borboleta
    4x100 m livre masculino
    4x100 m medley masculino

    sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

    Cielo 'voa' e conquista o ouro na final dos 50m livre do Mundial de Dubai

    Globoesporte/VS

    A decepção de Cesar Cielo com os seus resultados no Pan-Pacífico, em julho, definitivamente ficou para trás. O principal nome da natação brasileira provou nesta sexta-feira que já está 100% fisicamente e psicologicamente ao faturar seu primeiro ouro em mundiais em piscina curta, em Dubai, nos Emirados Árabes. Ele venceu a final dos 50m livre com o tempo de 20s51, novo recorde sul-americano e do campeonato.
    Com mais essa conquista, Cielo unifica os títulos mundias (piscina longa e piscina curta) nos 50m livre. Ele soma ainda o ouro olímpico e o recorde mundial, na piscina de 50 metros, nesta mesma prova.
    Determinado a conquistar a inédita medalha de ouro em mundiais em piscina curta, Cielo parecia nem se importar com a presença de seu maior rival, o francês Frédérick Bousquet, na raia ao lado. Logo nas primeiras braçadas, o brasileiro assumiu a liderança, abriu vantagem nos 25m finais e bateu na frente em 20s51. Bousquet chegou em 20s81 e ficou com a prata. O americano Josh Schneider completou o pódio (20s88). 
    Depois de conferir o tempo no placar, o brasileiro mostrou sua touca com "BRA" e "Cielo". Mas, na hora de subir ao pódio, o sorriso deu lugar às lágrimas. Emotivo como sempre, chorou durante a execução do Hino Nacional Brasileiro.


    - É difícil segurar a ansiedade. Uma prova tão rápida, mas que ao mesmo tempo não posso sair que nem um ventilador, girando como um louco. Mas graças a Deus venho conseguindo fazer tudo certo. É um alívio muito grande subir ao pódio. Toda vez que temos uma chance de chegar em mundial e vencermos é uma glória. Colocar o Brasil de novo lá em cima é realmente uma glória - comemorou Cielo, em entrevista ao SporTV.
    Com o tempo de 20s51, o campeão olímpico e mundial superou os seus próprios recordes sul-americano e do campeonato, 20s61, garantidos nas semifinais. Cielo, que também foi bronze com o revezamento 4x100m livre, em Dubai, ficou a 21 centésimos de segundo do recorde mundial em piscina curta (20s30, do sul-africano Roland Schoeman).

    quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

    Tribunal de Justiça de MS derruba censura contra Midiamax no caso Uragano


    Celso Bejarano e Éser Cáceres
    A Seção Criminal do TJ-MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) restabeleceu a liberdade do jornal Midiamax para publicar reportagens sobre as investigações da Polícia Federal da Operação Uragano, que pôs na cadeia 29 pessoas por suposta ligação com uma quadrilha que fraudava licitações públicas.
    A última matéria acerca do assunto, exibida no dia 30 de setembro passado, ganhou esse título: “Puccinelli [governador reeleito] e Girotto [deputado federal eleito] seriam os donos da CGR, empreiteira que domina as obras do Estado”.
    A censura caiu porque a Seção Criminal do TJ-MS acatou o agravo regimental em denúncia movido pelos advogados do Midiamax. O recurso levou dois meses para ser apreciado.
    A reportagem que citava o governador reeleito e Edson Giroto, deputado federal eleito, como supostos donos da empreiteira CGR foi publicada na tarde do dia 30 de setembro passado e, já às 22 horas daquele dia, com uma liminar , retirada do ar.
    O pedido para tirar do ar o material partiu de um recurso judicial movido pelo empreiteiro Carlos Gilberto Recalde, um dos donos da CGR Engenharia Ltda.
    Recalde foi uma das 29 pessoas presas na Uragano. Ele foi solto depois e hoje responde processo por suposta participação na quadrilha que fraudava licitações.
    O ex-prefeito de Dourados, o vice e 9 dos 12 vereadores também foram presos pela PF durante a operação.
    No agravo regimental movido pelos advogados do Midiamax, questionou-se o fato de a censura ter atingido somente o portal de notícias.
    ”Ao proibir o agravante de divulgar notícias sobre a Uragano e permitir outros veículos “concorrentes” o façam, além de inviabilizar a atividade econômica da empresa jornalística, a enfraquece perante os leitores e o mercado em geral, já que retira de sua pauta assunto de irrelevância jornalística impar, que, contudo, tem sido abordado livremente por outros veículos de informação”, diz trecho do agravo.
    O recurso foi acatado pela maioria da Seção Criminal. O desembargador Manoel Mendes Carli foi o relator da causa.
    A transcrição das gravações dos diálogos que municiaram as investigações da PF saiu do segredo judicial por um dia, por determinação da Justiça em Dourados. Depois, foi novamente imposto o sigilo pelo TJ-MS.
    Assim que caiu o segredo judicial o Midiamax obteve cópias das transcrições e, a partir dali produziu a reportagem sobre a CGR e seus supostos donos.
    Na matéria foi publicado um diálogo entre o jornalista Eleandro Passaia, ex-chefe de governo da prefeitura de Dourados, Alziro Moreno, ex-procurador jurídico do município e Zé Humberto, um engenheiro da prefeitura.
    Eis um trecho da conversa, registrada no inquérito da PF número 96-2010.
    Passaia: Hum! É verdade que a CGR é do André?
    Alziro: André.
    Passaia: Do governador?
    Zé Humberto: Dele e do Giroto.
    Passaia: Giroto? E aquele Gilberto, o que que é? Testa de ferro?
    Alziro: Não. É sócio.
    Zé Humberto: É sócio. É sócio majoritário. Gilberto tá podre de rico. Começou com essa loja aí, a... há trinta e tantos anos atrás.
    Passaia: E, caramba.
    Zé Humberto: Aqui tudo é do Giroto... da Vale Velho, antiga Vale Velho.

    sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

    Operação Vintém: Giroto pode ser intimado durante sua diplomação nesta sexta-feira

    MIDIAMAX NEWS
    Eliane Souza
     
    O ex-secretário estadual de Obras de Mato Grosso do Sul, Edson Giroto participa nesta sexta-feira da cerimônia de diplomação de deputado federal, cargo que foi eleito, em cerimônia no Centro de Convenções Rubens Gil de Camilo, em Campo Grande, à partir das 18h30. 

    Durante o evento ele pode receber a visita de oficiais de justiça enviados para intimá-lo como réu em ação movida depois da Operação Vintém da Polícia Federal, onde Giroto e o governador reeleito André Pucinelli, do PMDB, foram acionados juridicamente em ação de reparação de danos. Oficiais de Justiça tentam intimar Giroto desde outubro, mas não conseguem. E ele mora em Campo Grande. 

    Os dois estariam implicados numa trama que incriminou o ex-deputado estadual Semy Ferraz, do PT, durante o período eleitoral de 2006. No carro de um assessor do petista, segundo a PF, puseram santinhos e notas de R$ 20. 


    O advogado Celso Pereira da Silva, defensor do ex-deputado Semy Ferraz, protocolizou na tarde desta quinta-feira um pedido para que Edson Giroto seja citado pelo oficial de Justiça na cerimônia além do horário previsto no artigo 172 do Código Penal Processual (Os atos processuais realizar-se-ão em dias úteis, das 6 (seis) às 20 (vinte) horas). 

    Porém o § -  diz que: "Serão, todavia, concluídos depois das 20 (vinte) horas os atos iniciados antes, quando o adiamento prejudicar a diligência ou causar grave dano." 

    O documento foi protocolizado para encaminhamento ao juiz da 13ª Vara Civil da Comarca de Campo Grande. Juridicamente analisando, o documento pode ser indeferido pelo magistrado. Outra chance é a de que Edson Giroto evite que seja citado na cerimônia e se autointime na mesma vara.


    Repercussão e o caso

    A Comissão de Legislação Participativa da Câmara Federal debateu nesta quinta-feira o falso flagrante de compra de votos armado contra o ex-deputado estadual Semy Ferraz (PT) às vésperas das eleições de 2006.
    Escutas da Operação Vintém, da Polícia Federal, apontaram que pessoas ligadas ao governador André Puccinelli (PMDB) teriam plantado "santinhos" grampeados a notas de R$ 20 no carro de um assessor do petista. Até hoje, ninguém foi punido pelo crime. 

    Na ocasião, a Operação Vintém da Polícia Federal constatou suposta teria sido feita por André Puccinelli Junior (filho do governador), Girotto, que na época era secretário municipal de obras da Capital, Mirched Jafar Junior e Edmilson Rosa.