quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Príncipe da Jordânia rechaça eventual adiamento da eleição para presidência da Fifa

Al Hussein crê que adiamento reforçará instabilidade da Fifa

postado em 14/10/2015 10:35 / atualizado em 14/10/2015 11:12
Gazeta Press
AFP PHOTO / FABRICE COFFRINI
Concorrente de Joseph Blatter no último pleito realizado na Fifa, em maio, que colocou o suíço no direito de exercer seu quinto mandato à frente da entidade, o príncipe jordaniano Ali Bin Al Hussein se mostrou contrário, em declaração nesta quarta-feira, a um possível adiamento das eleições presidenciais na Fifa, marcadas, em primeiro momento, para 26 de fevereiro.

Segundo o dirigente, que é um dos candidatos que tentará substituir Blatter após este abrir mão do mandato, diante das crescentes polêmicas nos bastidores, um adiamento em razão das suspensões de Blatter e Platini só irá colaborar com a instabilidade na instituição. Na última semana, ventilou na mídia a hipótese de aliados do suíço executarem manobras na tentativa de mudar a data da eleição para que tanto ele quanto Platini possam participar.

“Adiar a eleição programada só vai adiar a mudança necessária e criar mais instabilidade na Fifa. Isto diria ao mundo que as lições não foram aprendidas, que os mesmos acordos que prejudicaram a Fifa ainda continuam a vigorar”, declarou de forma sucinta, sem se alongar com relação aos recentes escândalos que fizeram a Justiça suíça citar, pela primeira vez na investigação, os nomes de Joseph Blatter e Michel Platini.

A principal acusação contra os dirigentes envolve o pagamento de 2 milhões de francos suíços (cerca de R$ 7,7 mi) realizado por Blatter a Platini em 2011, em nome de “serviços prestados” pelo francês à Fifa no início da década passada. Com as razões ainda nebulosas, ambos foram suspensos por 90 dias pelo Comitê de Ética da entidade enquanto as investigações ainda evoluem.

O afastamento provisório de Platini, que pode ser estendido por mais 45 dias dependendo dos resultados apurados, coloca em risco, sobretudo, sua candidatura à Fifa. Chefe da Uefa desde 2007, o francês era um dos nomes mais bem cotados para suceder Blatter, mas agora pode não participar nem do pleito por conta de seu envolvimento em esquemas escusos de pagamento de propina e outras irregularidades.

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