A recente evolução da Ferrari no Mundial de Fórmula 1 tem deixado o alemão Sebastian Vettel animado não apenas por poder brigar por bons resultados na pista. Ele projeta para o próximo ano desafiar o domínio de Lewis Hamilton, da Mercedes, e criar uma rivalidade nos moldes da do brasileiro Ayrton Senna com o britânico Nigel Mansell para atrair novamente o interesse do público pela categoria.
“Seria divertido porque ele é um dos melhores pilotos que há. E os fãs iriam amar também, como fizeram na época de Senna e Mansell”, disse Vettel após o Grande Prêmio da Rússia. Na prova em Sochi, Hamilton venceu e se aproximou do título do Mundial. O alemão da Ferrari ficou na segunda colocação, mesmo posto que agora ocupa na temporada. “Lewis ainda tem uma margem, mas estamos tentando muito duro e espero que no futuro possamos oferecer a ele este cenário”, completou.
A vitória em Sochi foi a 42ª na carreira de Hamilton, que agora tem o mesmo número de triunfos de Vettel. Os dois conquistaram uma prova a mais do que Senna e dividem a terceira colocação da lista de maiores vencedores, atrás do alemão Michael Schumacher (91) e do francês Alain Prost (51).
Vettel, no entanto, já conquistou quatro vezes o Mundial de Fórmula 1, entre 2010 e 2013, anos de domínio da Red Bull. Lewis Hamilton, por sua vez, caminha com folga para levar a temporada da categoria pela terceira vez. Ele foi campeão em 2008, pilotando pela McLaren, e no último ano, já na Mercedes.
“Isso pode acontecer. Os dois estão em carros com bom desempenho e é algo que pode se desenvolver em uma destas rivalidades lendárias do esporte”, disse o diretor da Mercedes Toto Wolff.
A rivalidade entre Senna e Mansell, citada por Vettel, iniciou-se em 1984, ano em que os dois competiram juntos pela primeira vez na Fórmula 1 e encerraram a temporada com 13 pontos cada. O maior rival da carreira do brasileiro foi Prost, mas seu último título na F1, em 1991, veio após disputa com o britânico, que conquistaria a temporada seguinte.