sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Spider fala do duelo contra St-Pierre: 'Espero que seja minha próxima luta' (Postado por Lucas Pinheiro)

 Com confronto marcado para o UFC Rio III, Anderson Silva não deixou de comentar o possível e esperadíssimo combate contra o campeão dos meio-médios do Ultimate, o canadense Georges St-Pierre. Empolgado para enfrentar o lutador que mantém o cinturão da organização por mais tempo, atrás somente dele próprio, o brasileiro afirmou que esse duelo será sua próxima meta após enfrentar Stephan Bonnar, no dia 13 de outubro:

- Claro, eu espero que seja minha próxima luta. Nós pretendemos fazer uma luta com peso casado. Eu baixo um pouco e ele sobe um pouco, e depois nós vemos como fazer isso. É como uma superluta mesmo. Eu acho que essa luta vai acontecer de qualquer forma. Eu quero que essa luta aconteça e ele também. Ele é um grande nome, então acho que essa luta tem tudo a ver. Todo mundo quer ver essa luta - disse, em encontro com a imprensa.

Tido como uma luta dos sonhos pelos fãs de MMA, o encontro com St-Pierre é visto por Anderson Silva como um grande desafio. O campeão dos pesos-médios acredita que o canadense está entre os melhores atletas do UFC na atualidade.

 - Eu acho que a luta contra o Georges St-Pierre é uma grande luta. Eu, como um atleta do UFC e de MMA, quero lutar contra os melhores. E ele é um dos melhores - sentenciou.

Anderson Silva enfrenta Stephan Bonnar na luta principal do UFC Rio III. O duelo foi a solução encontrada pelo Ultimate para salvar o evento após as lesões de José Aldo e Rampage Jackson, que cancelaram as lutas deles contra Frankie Edgar, pelo cinturão dos penas, e Glover Teixeira, pelos meio-pesados. Outro combate marcado de última hora foi Rodrigo Minotauro x Dave Herman, além de Rampage ter sido substituído por Fábio Maldonado, que agora vai encarar Glover.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Às vésperas do UFC 152, Belfort revela que já está no peso: 92kg (Postado por Lucas Pinheiro)

 Atual campeão dos meio-pesados do Ultimate, Jon Jones publicou nesse domingo no Twitter que ainda precisa perder 5kg até sexta-feira, dia da pesagem oficial do UFC 152, para bater o limite de peso da categoria, que é de 93kg. Para o adversário, Vitor Belfort, a situação é bem mais confortável. O lutador carioca revelou ao SPORTV.COM que já está com 92kg, um a menos do que o máximo permitido para subir à balança.

- Estou pesando 92kg - disse ele, por telefone, direto de Boca Ratón, nos Estados Unidos.

Belfort costuma pesar cerca de 95kg quando não está se preparando para uma luta e, como vem da categoria de baixo, a dos médios (até 83,9kg), não teve dificuldades para alcançar a marca desejada para os meio-pesados. Vale lembrar que ele subiu de divisão e se ofereceu para encarar Jones como uma forma de ajuda ao Ultimate, após as recusas de Lyoto Machida e Maurício Shogun em enfrentar o campeão com menos de um mês de preparação.

 O lutador carioca embarca nesta terça-feira para Toronto, no Canadá, onde vai tentar tomar o cinturão do americano no sábado, com transmissão ao vivo do Combate. O canal transmite também a pesagem do evento, marcada para as 17h (de Brasília) desta sexta. O SPORTV.COM acompanha tudo isso em Tempo Real.

UFC 152
22 de setembro de 2012, em Toronto, Canadá

CARD PRINCIPAL
Jon Jones x Vitor Belfort
Joseph Benavidez x Demetrious Johnson
Michael Bisping x Brian Stann
Matt Hamill x Roger Hollett
Cub Swanson x Charles do Bronx

CARD PRELIMINAR
Igor Pokrajac x Vinny Magalhães
T.J. Grant x Evan Dunham
Sean Pierson x Lance Benoist
Jimy Hettes x Marcus Brimage
Seth Baczynski x Simeon Thoresen
Mitch Gagnon x Walel Watson
Kyle Noke x Charlie Brenneman

domingo, 9 de setembro de 2012


Hamilton vence na Itália. Pérez dá show e vai ao pódio ao lado de Alonso. Massa é quarto

Lewis Hamilton venceu em Monza, mas o nome da corrida foi Sergio Pérez. Depois de largar em 12º, o mexicano brilhou diante da torcida ferrarista, passou por Fernando Alonso e Felipe Massa e conquistou mais um pódio em 2012

Warm Up, de MonzaRENAN DO COUTO, de São Paulo

As imagens deste domingo da F1 na Itália
Confira a classificação do campeonato após 13 de 20 etapas
Lewis Hamilton dominou o GP da Itália, que marcou o encerramento da temporada europeia, e conquistou sua terceira vitória em 2012, a terceira consecutiva da McLaren no campeonato. O resultado colocou o inglês na vice-liderança do Mundial. Mas o nome da prova foi Sergio Pérez, que terminou na segunda colocação, com mais uma apresentação brilhante.
Foi o terceiro pódio do ano do talentoso mexicano.
Apenas os dois ocuparam a primeira posição da corrida. Pérez chegou ao primeiro lugar no momento em que Hamilton entrou nos boxes para realizar seu pit-stop obrigatório.
Quando realizou a sua própria parada, Pérez retornou à pista em oitavo lugar e começou a superar, um por vez, os adversários. Diante dos olhares apaixonados dos tifosi, ultrapassou, por fim, Felipe Massa e Fernando Alonso para ser o segundo a cruzar a linha de chegada.

Hamilton, Pérez e Alonso fizeram por merecer o pódio do GP da Itália (Foto: Red Bull/Getty Images)

Em terceiro, Fernando Alonso voltou a contar com a sorte, que se afastara dele desde o último domingo.
O espanhol largou em décimo e fez uma prova magnânima, alcançando, com méritos, o degrau mais baixo do pódio. Mas não foi isso que ele mais comemorou na disputa pelo título, e sim os abandonos de Jenson Button, Sebastian Vettel e Mark Webber nas voltas finais em Monza. Trocando em miúdos: três pilotos adversários diretos na briga pelo título não receberam a bandeirada.
Massa, por sua vez, terminou o GP da Itália em quarto lugar. O brasileiro chegou a ultrapassar Button na largada e assumir o segundo posto, mas levou o troco do inglês da McLaren antes mesmo do pit-stop.
No trecho final da corrida, ele obedeceu ao jogo de equipe da Ferrari e abriu caminho para Alonso.
Quinto colocado, Kimi Räikkönen, que ainda não venceu em 2012, alcançou a terceira posição no campeonato.
Michael Schumacher terminou em sexto, seguido por Nico Rosberg, Paul di Resta e Kamui Kobayashi.
Em décimo, Bruno Senna completou a zona de pontuação. O piloto da Williams ganhou mais este ponto na última volta, depois que Daniel Ricciardo teve problemas e perdeu duas posições metros antes da bandeirada.

Confira como foi o GP da Itália deste domingo:
Ao contrário do que aconteceu na semana passada, nada de toques ou acidentes na largada em Monza. Lewis Hamilton saltou bem, mas Felipe Massa foi ainda melhor. O brasileiro passou por Jenson Button e tentou colocar por fora para passar pelo pole-position, mas recuou. A seguir, Massa precisou defender o segundo lugar, e o fez bem.
Para a Ferrari, o bom começo não foi só o de Felipe, mas também de Fernando Alonso, que largou em décimo e completou a segunda volta na sexta colocação. Bruno Senna ganhou três posições na primeira volta. Quem se deu muito mal foi Mark Webber, que perdeu três lugares e se viu na 14ª posição nos momentos iniciais da prova.
Sebastian Vettel passou por Michael Schumacher e subiu para quarto na terceira passagem. Aí começou uma boa briga. De fato, Alonso não tinha mais o problema na suspensão que sua F2012 apresentou no Q3 e o relegou ao 10º lugar no grid de largada e estava disposto a arriscar em Monza. Por cinco voltas, o espanhol atacou o heptacampeão, sem conseguir a manobra, até que saiu colado da Parabolica no fim da sexta volta para abrir a sétima já à frente.
Senna estava aparecendo bastante em meio às disputas que protagonizava. Primeiro, tentou atacar Nico Rosberg, mas acabou ficando por fora e passou reto pela Variante del Rettifilo. Depois, na Della Roggia, o piloto da Williams levou um chega pra lá de Paul di Resta e precisou pegar novo atalho. Com isso, o brasileiro perdeu dois lugares e caiu para 12º, atrás de Webber. Pouco depois, o australiano também passou pelo escocês.
Na décima volta, a primeira bandeira amarela, provocada por Jean-Éric Vergne. O francês perdeu o controle de sua Toro Rosso no fim da reta dos boxes, sozinho, e saiu rodando. Seu carro saiu do chão após o choque com a zebra, mas nada demais aconteceu – nem mesmo uma intervenção do safety-car se mostrou necessária.
Completadas 12 voltas, Hamilton construía uma vantagem de 4s para Massa, que tinha mais 1s7 para Button. Vettel era o quarto, 1s2 atrás de Jenson e 1s9 à frente de Alonso.
Os pit-stops começaram na 14ª, mas com a turma do fundão. Primeiro, Pastor Maldonado, depois, Nico Rosberg. Nenhum deles aparecia no top-10.
A primeira parada importante foi de Michael Schumacher, sexto, que era pressionado por Kimi Räikkönen e Sergio Pérez. Räikkönen foi pro box na volta seguinte e voltou à frente do alemão. E Pérez, que estava rápido, continuou na pista.
Na 19ª volta, Massa, que não tinha mais rendimento, foi ultrapassado por Button. O inglês conseguiu a manobra com tamanha facilidade. Não à toa, a Ferrari se aprontou imediatamente para realizar o primeiro pit-stop do brasileiro.
O problema é que o brasileiro voltou atrás de um pelotão de carros. Uma volta depois, Vettel e Alonso pararam e voltaram colados no brasileiro, que não se encolheu. Partiu para cima de Ricciardo e passou, levando consigo a dupla que vinha atrás. Na volta seguinte, foi a vez de Senna. Vettel e Alonso, de novo, seguiram.
Com 23 voltas, dos seis primeiros, só Pérez não havia parado e liderava. A sequência da fila era a mesma de antes das paradas.
Aí o fã mais apaixonado ficou empolgado com o duelo de campeões que começou. Alonso estava mais rápido que Vettel e foi pra cima. Tentou por fora uma vez, não deu. Tentou a segunda e ficou com as quatro rodas na grama, depois de levar uma fechada da Red Bull. Pelo rádio, a reclamação foi imediata, é claro. Não podia ser diferente.
Minutos mais tarde, o incidente começou a ser investigado pela FIA. O resultado, controverso, foi adverso para Vettel. Drive-through para o alemão, que cumpriu a passagem pelos boxes e voltou em nono.
Pérez, não tão rápido, perdeu a ponta para Hamilton antes mesmo de entrar nos boxes – o que fez no fim da 29ª volta; ao retornar à pista, era oitavo, atrás de Räikkönen, assim como antes do início dos pit-stops. Segundos depois, Alonso enfim conseguiu passar por Vettel. A Ferrari era visivelmente mais rápida que a Red Bull. A diferença de Massa para o espanhol era de 3s.
Parecia que a McLaren celebraria uma dobradinha na casa da Ferrari. Parecia (Foto: McLaren)
A sorte de Alonso, que parecia ter acabado, voltou a dar as caras. Segundo colocado, Jenson Button parou na pista na reta oposta. Era a bomba de combustível que não funcionava mais. A chance de mais um pódio e de voltar de vez à briga pelo título evaporar.
36 voltas completadas: Hamilton, 12s3 para Massa, 2s1 para Alonso. Schumacher vinha em quarto, com uma boa vantagem de 7s1 para dois pilotos que protagonizavam uma grande disputa: Räikkönen e Pérez.
Piloto mais rápido da pista, o representante da Sauber passou pelo finlandês e foi-se embora. Kimi, por sua vez, era mais lento e agora se defendia de Rosberg.
Pérez virou o astro da corrida. O desempenho da Sauber era absurdamente superior ao dos adversários. Com facilidade, ele chegou e passou Felipe Massa. Três voltas depois, na 46ª, ele passou Alonso. Daria tempo de alcançar Hamilton? De qualquer forma, já era uma prova brilhante do garoto, que largara em 12º.
E cada vez fica mais provado que, apesar de toda a sua competência, Alonso é também o piloto mais sortudo na F1. Disparado. Sexto colocado depois daquela punição, Vettel ouviu um apelo desesperado pelo rádio: “Stop the car, please, stop the car!”. E o fez. A quatro voltas do fim, o bicampeão perdia pontos preciosos na luta pelo tri.
Não parava por aí. Webber também não conseguiria concluir entre os dez primeiros, após rodar sozinho na saída da Variante Ascari, o australiano bem que tentou continuar, mas acabou mesmo foi voltando lentamente para a garagem da Red Bull.
Senna brigou no pelotão intermediário durante toda a corrida e terminou na décima posição (Foto: Force India)
Na última volta, Senna ainda conseguiu garantir um ponto. Em meio aos abandonos supracitados e a um problema enfrentado no giro final por Daniel Ricciardo, o piloto da Williams colocou no bolso mais um pontinho, o 25º de 2012. Pastor Maldonado terminou logo atrás dele, em 11º, que segue sem pontuar desde sua vitória no GP da Espanha.
Agora a F1 deixa o continente europeu e ruma ao Oriente. Restando sete corridas, a próxima parada do circo está agendada para daqui a duas semanas, em Cingapura, para a charmosa prova noturna nas ruas da cidade-estado, onde o líder do Mundial de 2012 já venceu duas vezes, nos anos de 2008 e 2010.
Será a primeira de uma sequência de cinco corridas na Ásia, antes da categoria voltar a atravessar o globo e chegar à América para seu gran-finale, com os GPs dos Estados Unidos e do Brasil.

Hamilton no pódio em Monza (Foto: Getty Images)
F1, GP da Itália, Monza, final:

Siga ao vivo o Grande Prêmio de Fórmula 1 de Monza

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Alan se mostra triste com frieza de Pistorius e diz: ‘Quero seguir amigo’ (Postado por Lucas Pinheiro)

 Alan Fonteles sorri, grita, comemora. O paraense tem exata noção da grandeza do que realizou na noite de domingo. Ao desbancar Oscar Pistorius na final dos 200m rasos T44, ele não só calou e chocou os 80 mil torcedores presentes ao Estádio Olímpcio de Londres, como também entrou na história do movimento paralímpico. A alegria, no entanto, não está completa. Em alguns momentos, o campeão volta a ser fã e mostra desconforto pelas críticas que tem recebido do ídolo.

Publicamente, Pistorius tem colocado em dúvida os méritos de Alan Fonteles ao reclamar do aumento de cinco centímetros em suas próteses do Mundial da Nova Zelândia, no ano passado, para os Jogos de Londres. Nos bastidores, a postura do atleta paralímpico mais popular da história tem sido ainda mais decepcionante para o brasileiro. Desde a semifinal dos 200m rasos, quando Fonteles mostrou força ao bater o recorde mundial em sua eliminatória, o sul-africano tem tido comportamento frio com o adversário.

- Está uma situação desagradável. Ele passa por mim e não fala, só me deu um "oi". Estou vendo que ele está fechado. Cara, eu quero continuar minha amizade com o Pistorius. Não quero polêmica. Quero seguir amigo de todos. Não é por eu estar ou não grande... Repito, estou dentro das regras do IPC. Isso que importa. Essa polêmica é dele com não sei quem. Comigo não é – revelou Fonteles.

Na manhã desta segunda-feira, os dois se reencontraram na cerimônia de premiação da prova e não se falaram antes de subir no pódio. Lá, com o sul-africano visivelmente desconfortável, trocaram poucas palavras, com o contato partindo de Alan. Apesar de ter emitido uma nota oficial pedindo desculpas pela postura, Pistorius não buscou o perdão do brasileiro.

- Não. Ele ficou sozinho, falando no telefone por uns 40 minutos, com uma cara de choro, não sei se chorou ou não. Como eu disse ontem, quero seguir amigo dele. Não quero essa polêmica que estão tentando fazer. Pensei em falar com ele antes de entrarmos para o pódio, mas vi que era melhor esperar. Lá eu o abracei e disse: "Parabéns, meu amigo". Ele respondeu: "Obrigado" - contou Alan, muito assediado pela imprensa nesta segunda.

O tratamento seco de Pistorius até certo ponto contradiz o comunicado divulgado por ele na manhã desta segunda. Em suas palavras, manteve a opinião sobre as próteses, mas se desculpou pelos comentários em momento inoportuno e disse respeitar Alan.

- Eu nunca iria diminuir um outro atleta após um triunfo. Quero pedir desculpas pelo momento dos meus comentários. Realmente acho que há controvérsias que devem ser discutidas, mas concordo que questioná-las logo após a prova foi errado. Era o momento do Alan e eu quero deixar claro meu respeito por ele. Tenho orgulho de ser paralímpico e acredito na justiça do esporte. Sou feliz por trabalhar junto com o IPC, que também busca os mesmos objetivos.

 Ainda na pista do Estádio Olímpico, Pistorius deixou clara a frustração ao cruzar a linha de chegada em segundo e cumprimentou timidamente o brasileiro. Todo clima pesado passa a ser ainda mais estranho diante do fato de que o próprio sul-africano admite que o rival não burla nenhuma regra do comitê internacional com os novos acessórios. Alan, por sua vez, tem tentado colocar panos quentes na situação:

- O Pistorius conhece as regras. Ele mesmo já falou isso. Deixei para mostrar nas pistas. Não quero polêmica, não quero briga... Só entrei para história do movimento paralímpico. Isso é o que importa.

E seguir deixando sua marca no segmento é a única pretensão de Alan. Pelo menos até o momento. Apesar de Pistorius sempre ter sido uma inspiração para o brasileiro, ele não pensa em repetir o sul-africano e se aventurar no esporte convencional nos Jogos do Rio.

- Primeiro, quero fazer mais história ainda em Londres. Tenho as provas dos 100m, 400m e 4 x 100m. Quero fazer história também em 2016, na minha casa, com todos os brasileiros. Aí então vamos pensar.

Antes disso, o brasileiro volta a encontrar Pistorius em mais três oportunidades em Londres. Os dois também dividirão as raias do Estádio Olímpico nos 100m e 400m T44 e no revezamento 4x100m T42/T46. Resta saber se com a amizade já refeita ou não.