domingo, 9 de setembro de 2012


Hamilton vence na Itália. Pérez dá show e vai ao pódio ao lado de Alonso. Massa é quarto

Lewis Hamilton venceu em Monza, mas o nome da corrida foi Sergio Pérez. Depois de largar em 12º, o mexicano brilhou diante da torcida ferrarista, passou por Fernando Alonso e Felipe Massa e conquistou mais um pódio em 2012

Warm Up, de MonzaRENAN DO COUTO, de São Paulo

As imagens deste domingo da F1 na Itália
Confira a classificação do campeonato após 13 de 20 etapas
Lewis Hamilton dominou o GP da Itália, que marcou o encerramento da temporada europeia, e conquistou sua terceira vitória em 2012, a terceira consecutiva da McLaren no campeonato. O resultado colocou o inglês na vice-liderança do Mundial. Mas o nome da prova foi Sergio Pérez, que terminou na segunda colocação, com mais uma apresentação brilhante.
Foi o terceiro pódio do ano do talentoso mexicano.
Apenas os dois ocuparam a primeira posição da corrida. Pérez chegou ao primeiro lugar no momento em que Hamilton entrou nos boxes para realizar seu pit-stop obrigatório.
Quando realizou a sua própria parada, Pérez retornou à pista em oitavo lugar e começou a superar, um por vez, os adversários. Diante dos olhares apaixonados dos tifosi, ultrapassou, por fim, Felipe Massa e Fernando Alonso para ser o segundo a cruzar a linha de chegada.

Hamilton, Pérez e Alonso fizeram por merecer o pódio do GP da Itália (Foto: Red Bull/Getty Images)

Em terceiro, Fernando Alonso voltou a contar com a sorte, que se afastara dele desde o último domingo.
O espanhol largou em décimo e fez uma prova magnânima, alcançando, com méritos, o degrau mais baixo do pódio. Mas não foi isso que ele mais comemorou na disputa pelo título, e sim os abandonos de Jenson Button, Sebastian Vettel e Mark Webber nas voltas finais em Monza. Trocando em miúdos: três pilotos adversários diretos na briga pelo título não receberam a bandeirada.
Massa, por sua vez, terminou o GP da Itália em quarto lugar. O brasileiro chegou a ultrapassar Button na largada e assumir o segundo posto, mas levou o troco do inglês da McLaren antes mesmo do pit-stop.
No trecho final da corrida, ele obedeceu ao jogo de equipe da Ferrari e abriu caminho para Alonso.
Quinto colocado, Kimi Räikkönen, que ainda não venceu em 2012, alcançou a terceira posição no campeonato.
Michael Schumacher terminou em sexto, seguido por Nico Rosberg, Paul di Resta e Kamui Kobayashi.
Em décimo, Bruno Senna completou a zona de pontuação. O piloto da Williams ganhou mais este ponto na última volta, depois que Daniel Ricciardo teve problemas e perdeu duas posições metros antes da bandeirada.

Confira como foi o GP da Itália deste domingo:
Ao contrário do que aconteceu na semana passada, nada de toques ou acidentes na largada em Monza. Lewis Hamilton saltou bem, mas Felipe Massa foi ainda melhor. O brasileiro passou por Jenson Button e tentou colocar por fora para passar pelo pole-position, mas recuou. A seguir, Massa precisou defender o segundo lugar, e o fez bem.
Para a Ferrari, o bom começo não foi só o de Felipe, mas também de Fernando Alonso, que largou em décimo e completou a segunda volta na sexta colocação. Bruno Senna ganhou três posições na primeira volta. Quem se deu muito mal foi Mark Webber, que perdeu três lugares e se viu na 14ª posição nos momentos iniciais da prova.
Sebastian Vettel passou por Michael Schumacher e subiu para quarto na terceira passagem. Aí começou uma boa briga. De fato, Alonso não tinha mais o problema na suspensão que sua F2012 apresentou no Q3 e o relegou ao 10º lugar no grid de largada e estava disposto a arriscar em Monza. Por cinco voltas, o espanhol atacou o heptacampeão, sem conseguir a manobra, até que saiu colado da Parabolica no fim da sexta volta para abrir a sétima já à frente.
Senna estava aparecendo bastante em meio às disputas que protagonizava. Primeiro, tentou atacar Nico Rosberg, mas acabou ficando por fora e passou reto pela Variante del Rettifilo. Depois, na Della Roggia, o piloto da Williams levou um chega pra lá de Paul di Resta e precisou pegar novo atalho. Com isso, o brasileiro perdeu dois lugares e caiu para 12º, atrás de Webber. Pouco depois, o australiano também passou pelo escocês.
Na décima volta, a primeira bandeira amarela, provocada por Jean-Éric Vergne. O francês perdeu o controle de sua Toro Rosso no fim da reta dos boxes, sozinho, e saiu rodando. Seu carro saiu do chão após o choque com a zebra, mas nada demais aconteceu – nem mesmo uma intervenção do safety-car se mostrou necessária.
Completadas 12 voltas, Hamilton construía uma vantagem de 4s para Massa, que tinha mais 1s7 para Button. Vettel era o quarto, 1s2 atrás de Jenson e 1s9 à frente de Alonso.
Os pit-stops começaram na 14ª, mas com a turma do fundão. Primeiro, Pastor Maldonado, depois, Nico Rosberg. Nenhum deles aparecia no top-10.
A primeira parada importante foi de Michael Schumacher, sexto, que era pressionado por Kimi Räikkönen e Sergio Pérez. Räikkönen foi pro box na volta seguinte e voltou à frente do alemão. E Pérez, que estava rápido, continuou na pista.
Na 19ª volta, Massa, que não tinha mais rendimento, foi ultrapassado por Button. O inglês conseguiu a manobra com tamanha facilidade. Não à toa, a Ferrari se aprontou imediatamente para realizar o primeiro pit-stop do brasileiro.
O problema é que o brasileiro voltou atrás de um pelotão de carros. Uma volta depois, Vettel e Alonso pararam e voltaram colados no brasileiro, que não se encolheu. Partiu para cima de Ricciardo e passou, levando consigo a dupla que vinha atrás. Na volta seguinte, foi a vez de Senna. Vettel e Alonso, de novo, seguiram.
Com 23 voltas, dos seis primeiros, só Pérez não havia parado e liderava. A sequência da fila era a mesma de antes das paradas.
Aí o fã mais apaixonado ficou empolgado com o duelo de campeões que começou. Alonso estava mais rápido que Vettel e foi pra cima. Tentou por fora uma vez, não deu. Tentou a segunda e ficou com as quatro rodas na grama, depois de levar uma fechada da Red Bull. Pelo rádio, a reclamação foi imediata, é claro. Não podia ser diferente.
Minutos mais tarde, o incidente começou a ser investigado pela FIA. O resultado, controverso, foi adverso para Vettel. Drive-through para o alemão, que cumpriu a passagem pelos boxes e voltou em nono.
Pérez, não tão rápido, perdeu a ponta para Hamilton antes mesmo de entrar nos boxes – o que fez no fim da 29ª volta; ao retornar à pista, era oitavo, atrás de Räikkönen, assim como antes do início dos pit-stops. Segundos depois, Alonso enfim conseguiu passar por Vettel. A Ferrari era visivelmente mais rápida que a Red Bull. A diferença de Massa para o espanhol era de 3s.
Parecia que a McLaren celebraria uma dobradinha na casa da Ferrari. Parecia (Foto: McLaren)
A sorte de Alonso, que parecia ter acabado, voltou a dar as caras. Segundo colocado, Jenson Button parou na pista na reta oposta. Era a bomba de combustível que não funcionava mais. A chance de mais um pódio e de voltar de vez à briga pelo título evaporar.
36 voltas completadas: Hamilton, 12s3 para Massa, 2s1 para Alonso. Schumacher vinha em quarto, com uma boa vantagem de 7s1 para dois pilotos que protagonizavam uma grande disputa: Räikkönen e Pérez.
Piloto mais rápido da pista, o representante da Sauber passou pelo finlandês e foi-se embora. Kimi, por sua vez, era mais lento e agora se defendia de Rosberg.
Pérez virou o astro da corrida. O desempenho da Sauber era absurdamente superior ao dos adversários. Com facilidade, ele chegou e passou Felipe Massa. Três voltas depois, na 46ª, ele passou Alonso. Daria tempo de alcançar Hamilton? De qualquer forma, já era uma prova brilhante do garoto, que largara em 12º.
E cada vez fica mais provado que, apesar de toda a sua competência, Alonso é também o piloto mais sortudo na F1. Disparado. Sexto colocado depois daquela punição, Vettel ouviu um apelo desesperado pelo rádio: “Stop the car, please, stop the car!”. E o fez. A quatro voltas do fim, o bicampeão perdia pontos preciosos na luta pelo tri.
Não parava por aí. Webber também não conseguiria concluir entre os dez primeiros, após rodar sozinho na saída da Variante Ascari, o australiano bem que tentou continuar, mas acabou mesmo foi voltando lentamente para a garagem da Red Bull.
Senna brigou no pelotão intermediário durante toda a corrida e terminou na décima posição (Foto: Force India)
Na última volta, Senna ainda conseguiu garantir um ponto. Em meio aos abandonos supracitados e a um problema enfrentado no giro final por Daniel Ricciardo, o piloto da Williams colocou no bolso mais um pontinho, o 25º de 2012. Pastor Maldonado terminou logo atrás dele, em 11º, que segue sem pontuar desde sua vitória no GP da Espanha.
Agora a F1 deixa o continente europeu e ruma ao Oriente. Restando sete corridas, a próxima parada do circo está agendada para daqui a duas semanas, em Cingapura, para a charmosa prova noturna nas ruas da cidade-estado, onde o líder do Mundial de 2012 já venceu duas vezes, nos anos de 2008 e 2010.
Será a primeira de uma sequência de cinco corridas na Ásia, antes da categoria voltar a atravessar o globo e chegar à América para seu gran-finale, com os GPs dos Estados Unidos e do Brasil.

Hamilton no pódio em Monza (Foto: Getty Images)
F1, GP da Itália, Monza, final:

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