sábado, 29 de outubro de 2011

Kitadai vence e Brasil bate recorde de ouros no judô masculino em Pans (Postado por Lucas Pinheiro)

A lembrança de estar frente a frente com Felipe Kitadai não era das melhores. Em abril, também em Guadalajara, Nabor Castillo viu o brasileiro calar a torcida e comemorar o título pan-americano da modalidade. Neste sábado, pisou no tatame disposto a mudar aquela imagem. Em vão. Kitadai manteve a freguesia com um ippon. Vestindo o quimono emprestado de Sarah Menezes - já que a calça do seu ganhou uma mancha indiscreta após ter feito muita força na luta semifinal -, levou o ouro da categoria ligeiro (-60kg) e fez o Brasil ser o primeiro país a ganhar seis medalhas douradas no masculino em Pans. No feminino, Cuba faturou todas as sete na edição de Mar del Plata-95.
Desta vez, Kitadai deixou a área de competição campeão e sem a pressa que apresentou após o penúltimo combate, quando foi avisado de que a calça  estava suja, o que arrancou risadas dos companheiros de seleção. Até chegar ao alto do pódio, o judoca paulista deixou para trás o venezuelano Javier Antônio Guedes, vencendo o combate em 1m40s por imobilização. Depois, passou pelo americano Aaron Kunihiro, aplicando um ippon.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Seleção feminina volta a perder nos pênaltis e fica com a prata no futebol (Postado por Lucas Pinheiro)

Passaram-se pouco mais de três meses e o triste roteiro se repetiu. Assim como no último Mundial, a Seleção Brasileira sofreu um gol no fim do tempo regulamentar e, nos pênaltis, foi derrotada, perdendo o título. Se na competição anterior o adversário eram os Estados Unidos, pelas quartas de final, nesta quinta-feira o algoz foi o Canadá, que tirou da equipe a medalha de ouro dos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara. Após empate em 1 a 1 nos 90 minutos e sem gols na prorrogação, o Brasil perdeu por 4 a 3 nos pênaltis, ficando com a prata.

debora Futebol feminino Brasil x Canadá (Foto: Jefferson Bernardes/VIPCOMM)

Quem mostrou mais agressividade no início foi o Canadá. Com a marcação adiantada, a equipe pressionava no campo defensivo do Brasil, porém deixava brechas para contra-golpes. E foi aproveitando os espaços que a Seleção Brasileira achou um gol aos três minutos. Débora partiu em velocidade e, de fora da área, arriscou o chute. A bola foi no ângulo, sem chances para a goleira Karina LeBlanc.

Com o placar a seu favor, o Brasil recuou ainda mais, dando ao adversário os espaços necessários para atacar. Apenas Débora ficava no campo ofensivo quando a Seleção não tinha a bola, facilitando o inicio das jogadas do quadro canadense, que criou chances de gol e por pouco não ampliou o placar. Sinclair e Sesselmann tiveram boas oportunidades, mas não acertaram o alvo.

Na base dos chutões, faltas e raros lances de habilidade individual, o Brasil foi para o intervalo com a vantagem no placar. Mas, em campo, o clima estava longe de ser de tranquilidade. Quando a árbitra determinou o fim do primeiro tempo, o apito soou como alívio para a equipe de Kleiton Lima.

O Brasil voltou para o segundo tempo mais organizado em campo, principalmente na defesa. Como resultado, sofreu menos pressão do Canadá que, mesmo assim, tinha mais posse de bola. No entanto, a Seleção apresentava bom toque e conseguia criar contra-ataques, apesar de não construir sólidas oportunidades para aumentar a contagem.

Mas foi apostando na troca de passes que o Brasil começou a se impor na partida. Aos 22 minutos, a dupla de ataque combinou uma tabela que quase resultou em gol. Thaís lançou Débora e se posicionou na área para receber o passe da companheira. A atacante chutou, e LeBlanc defendeu. Na sequência, Maurine cobrou escanteio, e a goleira salvou o que seria um gol olímpico.

Sem ser tão ameaçado pelo Canadá, o Brasil passou a valorizar mais a posse de bola, praticamente anulando as jogadas ofensivas do adversário. A equipe nacional criou chances claras de gol, mas foi incompetente nas conclusões. Em um lance de desatenção na marcação, a Seleção sofreu o empate. Após cobrança de escanteio aos 42 minutos, Christine Sinclair subiu mais do que a goleira Bárbara e cabeceou para fazer 1 a 1. Assim, a decisão foi para a prorrogação.

No tempo extra, ficou clara a diferença entre a condição física das equipes. Enquanto o Canadá se mostrava inteiro e tomava a iniciativa do ataque, o Brasil aparentava cansaço e se limitava a dar chutões para afastar o perigo. Na arquibancada, a torcida mexicana não estava nem aí. A maior distração era pegar as bolas que chutadas para o setor e passar de mão e mão, sem devolvê-las para o campo.

O empate se manteve, e a decisão foi para os pênaltis. Matheson, Sinclair, Booth e Schmidt aproveitaram suas cobranças para o quadro canadense. Francielle, Maurine e Ketlen anotaram para o Brasil, mas Grazielle perdera o terceiro tiro. Com 4 a 3 a seu favor, o Canadá já poderia ter garantido o ouro se Chapman convertesse o quinto arremate, porém a finalização foi na trave, reacendendo as esperanças brasileiras. No entanto, LeBlanc defendeu a cobrança de Débora e selou a conquista do time  da América do Norte..

O Brasil jogou com a seguinte formação: Bárbara, Karen, Bagé e Tânia Maranhão; Maurine, Francielle, Formiga, Rosana (Ketlen) e Maicon; Thaís (Grazielle) e Débora.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Na prova que o consagrou, Hypolito brilha e garante bicampeonato no solo (Postado por Lucas Pinheiro)






Há dois dias, Diego Hypolito foi à exaustão na final por equipes. Competiu “na fogueira” na barra fixa, sentiu a pressão baixar e recebeu o ouro, inédito, como recompensa. Nesta quinta-feira, era a vez dele. Só dele. E no aparelho que o consagrou bicampeão mundial. No solo do centro esportivo López Mateos, uma apresentação segura e mais uma medalha de ouro para a ginástica masculina. Campeão no Rio de Janeiro, em 2007, bicampeão em Guadalajara. O chileno Enrique González ficou com prata, e o portorriquenho Alexander Rodriguez levou bronze.

- Estava bem seguro. Este ano foi um ano muito bom. Fiz essa série muitas vezes e não me lembro de ter errado nenhuma vez, nem em treinamento. Achei a nota do chileno alta, mas consegui fazer meu trabalho. Tenho algumas coisas para melhorar. Vou aumentar o grau de dificuldade dessa série para o Mundial de janeiro e para as Olimpíadas. Essa série só me deixou seguro porque treinei muito e acertei muito. É estatística - disse Diego, bronze no solo no Mundial do Japão.

Sérgio Sasaki, que desistiu do solo por uma lesão no pé direito, perdeu força na saída do cavalo com alças e caiu. Terminou em sétimo. Ainda nesta quinta, Arthur Zanetti disputará a final das argolas.

O Brasil disputará outras cinco finais na sexta, último dia da ginástica. Diego compete no salto, e Daniele, no solo e na trave. Sérgio Sasaki briga por medalhas nas barras paralelas; Petrix Barbosa, na barra fixa.

Bronze no solo em 2007, o chileno Enrique Tomás González, segundo a se apresentar, assustou. Tirou 15.625, mais que a nota de Diego na classificatória (15.600). Depois, o portorriquenho Alexander Rodriguez, campeão do individual geral no Rio, mostrou estar na briga por medalhas (14.900).

Os americanos decepcionaram. Tyler Mizoguchi somou apenas 14.125 e Paul Ruggeri caiu três vezes: 11.400. Diego viu canadense Scott Morgan levar 14.675 e praticamente sair da briga pelo pódio. O brasileiro fez uma série segura e comemorou com discrição. Ainda faltava Luis Rivera. Foi só uma questão de tempo.

Resultado do solo masculino:

Diego Hypolito (BRA) – 15.800
Enrique González (CHI) - 15.625
Alexander Rodriguez (PUR) - 14.900
Scott Morgan (CAN) - 14.675
Jossimar Calvo (COL) - 14.350
Luis Rivera (PUR) - 14.250
Tyler Mizoguchi (EUA) - 14.125
Paul Ruggeri (CAN) - 11.400

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Por um centésimo, PM Leandro Prates conquista o ouro nos 1.500m (Postado por Lucas Pinheiro)

Ele veio correndo por fora. Ali, entre o sexto e sétimo lugares.  Até que na última volta, Leandro Prates acelerou o passo e foi deixando todos os adversários para trás. Na sua cola vinha o equatoriano Byron Efren Piedra mas, apesar do fôlego que começou a faltar nos últimos metros dos 1.500m, o brasileiro levou a melhor. O adversário bem que estufou o peito, só que ainda faltou um pouquinho para evitar a derrota para o policial militar por apenas um centésimo: 3m53s44 contra 3m53s45. O bronze foi para o venezuelano Eduar Villanueva (3m54s06).

Piedra dava como certo o alto do pódio. Comemorava antes mesmo do resultado oficial. Enquanto isso, o brasileiro ainda no chão, não escondia a apreensão. E ela só terminou depois que o o "photo finish"  confirmou que ele era o dono da medalha dourada. Um prêmio e tanto para o baiano, natural de Vitória da Conquista, que pediu afastamento do quartel para pode competir em Guadalajara.

- Eu fiquei tremendo. Queria uma medalha, independentemente da cor dela, se fosse dourada, se fosse de bronze... Eu queria levá-la porque tem muitas pessoas no Brasil torcendo por mim. Ficava pensando: “Será que eu vou conseguir, será que não vou?”. Quando eu vi no painel que eu tinha ganho, fui comemorar - disse Leandro.

Piedra, com cara de poucos amigos, disse que o Ministério Equatoriano iria recorrer do resultado.

- Ele também é um colega de competição, sempre estou competindo com ele. Eu aqueci com ele, conversamos antes da prova. É um amigo. Mesmo se eles recorrerem, se pegarem a medalha, eu estou tranquilo, fiz o meu melhor. O mais difícil foi treinar para poder vencer. Estou há 30 e poucos dias aqui para suportar a altitude e, graças a Deus, o treinamento que nós fizemos aqui valeu a pena - afirmou o brasileiro.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

James Bond de ouro: fuga de vilão de novela inspirou escolha de música (Postado por Erick Oliveira)

Marcel Stürmer não gosta de ver novelas, mas não conseguiu ficar alheio a uma cena dos últimos capítulos de “Insensato Coração”, da TV Globo. O vilão Leo, interpretado por Gabriel Braga Nunes, fugiu em um helicóptero e forjou a própria morte para escapar da prisão. Os comentários em redes sociais chegaram até o patinador, que escolheu ali o tema que, na segunda-feira, o levou ao tricampeonato dos Jogos Pan-Americanos, em Guadalajara.

A ideia inicial era usar uma música de hip hop, seu estilo preferido. Mas acabou tendo um estalo (reveja a cena).

- Não sabia o que fazer de performance para o Pan. Li no Twitter sobre um vilão que tinha feito uma fuga de helicóptero. Uma pessoa disse: “parece o James Bond brasileiro”. Aí pensei: é isso - conta o patinador.

No capítulo em questão, Leo mata o piloto e salta de para-quedas para que a polícia pense que ele morreu na queda do helicóptero. A cena veio seguida de uma frase que ficou famosa: “Pronto. Morri”. E termina com o personagem fazendo guitarra aérea, ao som de “Satisfaction”, música da banda The Rolling Stones.
Em Guadalajara, o gaúcho Marcel simulou perseguições, tiroteios e levantou o público.
- O nome da patinação é artística por uma razão. Tem que ter a parte técnica, mas é muito importante entregar ao público o que ele vem aqui para ver, uma performance, um show.

Marcel viveu uma semana digna do agente secreto 007. Antes do embarque, em Porto Alegre, teve as roupas e os equipamentos roubados em um assalto ao carro de sua treinadora. Teve de mandar fazer novos uniformes e usar patins não amaciados.

- Essa conquista foi uma superação para mim nesse momento.

Os patins usados no México vão se aposentar. O modelo não é o ideal, de qualidade inferior, mas...

- Vou guardá-los.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Sem Jade, Daiane e Daniele apostam na maturidade para comandar o Brasil (Postado por Erick Oliveira)

Elas chegaram exaustas e, brincando, botaram parte da culpa no peso da idade. Daiane dos Santos, de 28 anos, e Daniele Hypolito, de 27, apostam na maturidade para nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara. Sem Jade Barbosa, lesionada, a dupla é a referência na equipe, que compete nesta segunda-feira, e esperança de medalhas nas disputas individuais, a partir de quarta.

Daiane já marcou a aposentadoria para depois das Olimpíadas de Londres-2012. Dani quer competir até Rio-2016. Quatro anos atrás, as duas eram estrelas da ginástica e viam a consagração de Jade, então com 17 aninhos.

- Muitas coisas aconteceram do Pan de 2007 para cá. Fiquei um tempão fora da ginástica, voltei agora há quase quatro meses para a seleção. Hoje estamos todas mais maduras. Principalmente eu e a Dani, por sermos mais velhas. A maturidade é o que temos de melhor agora - conta Daiane, referindo-se ao período de quase três anos em que ficou afastas por lesões e por uma punição por doping.

Na competição por equipe, elas terão ainda mais trabalho. Há dois anos parada, Shaun Johnson vai fazer em Guadalajara seu retorno. Segundo Daniele, a única saída é torcer para que as americanas sintam a pressão da torcida, já que competem na mesma subdivisão que o México.

- Os Estados Unidos são 'hours concours', venham eles com a equipe A ou B, porque são muito parecidas. O segundo e terceiro lugares serão disputados por Brasil, Canadá e México. Vão ficar entre essas três a prata e o bronze. A não ser que as americanas errem demais, por elas estarem no rodízio do México - disse Dani.

A baixa de Jade pegou a equipe de surpresa, mas não há tempo para lamentar. Com uma lesão no pé esquerdo, ela precisa se recuperar até janeiro, quando o país terá a última chance de se classificar para as Olimpíadas. No Pan, Gabriela Soares será a substituta. Adrian Gomes, Bruna Leal e Priscila Cobello completam o time

- A Jade é uma nota forte em todos os aparelhos, importante para a equipe, mas, fazer o quê? Ela precisa se recuperar para janeiro – disse Daiane.

sábado, 22 de outubro de 2011

Alison e Emanuel torcem por público a favor na final: 'Que fique do nosso lado' (Postado por Erick Oliveira)

Alison e Emanuel torcem para que os gritos mudem de lado neste sábado. Após vencer a pressão da torcida mexicana nas semifinais, contra Miramontes e Virgen, a dupla brasileira espera contar com o apoio do público anfitrião neste sábado, na final do vôlei de praia dos Jogos Pan-Americanos, em Puerto Vallarta. Diante dos venezuelanos Igor Hernández e Farid Mussa, às 16h (horário de Brasília), a parceria não quer pressão contra.
- Tomara que eles fiquem do nosso lado dessa vez, né? – brincou Alison.
Os adversários também são um mistério. Alison e Emanuel admitem não conhecer muito bem os venezuelanos, que chegaram à final depois de derrotarem a dupla argentina Etchegaray e Suárez.
- Não conhecemos muito bem os venezuelanos. Mas agora é estudar. O carro já está pronto, mas temos de estudar bem as peças – disse Alison.
Para Emanuel, os venezuelanos podem surpreender, principalmente pela forma física.
- Não os conheço muito bem. Mas sei que eles são muito fortes fisicamente. Vai ser um jogo intenso e precisamos aprender a jogar contra eles – afirmou Emanuel.
A dupla brasileira espera terminar de pintar as areias de Puerto Vallarta com as cores do país. Na sexta-feira, Juliana e Larissa levaram o bicampeonato dos Jogos Pan-Americanos ao vencerem a dupla mexicana Bibiana Hernandez e Mayra Garcia.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Ministro Orlando Silva se reúne com Dilma no Palácio do Planalto (Postado por Lucas Pinheiro)

O ministro do Esporte, Orlando Silva, chegou por volta das 19h desta sexta (21) ao Palácio do Planalto, para uma reunião com a presidente Dilma Rousseff. A reunião foi confirmada pela Secretaria de Comunicação da Presidência da República.

É o primeiro encontro entre Silva e a presidente depois da divulgação de denúncia de que ele participou de um suposto esquema de desvio de verbas no ministério.

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, pediu nesta sexta ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de inquérito para investigar Orlando Silva.

Diante das denúncias, Dilma e Orlando Silva deverão discutir sobre a conveniência da permanência dele no comando do ministério.

Pela manhã, o ministro Orlando Silva afirmou, por meio do microblog Twitter, que preparou um relatório sobre as acusações publicadas pela imprensa durante a semana, as quais ele classificou como "mentiras".

Ao responder a uma indagação sobre se teria audiência marcada com a presidente Dilma Rousseff nesta sexta, Orlando Silva disse: "Não [tenho audiência marcada]. Mas preparei um relatório com mentiras publicadas desde [o] fim de semana. Impressiona tantos ataques sem qualquer prova."

"Mais um dia e nenhuma prova contra mim foi apresentada. Não serão, porque não existem provas, não existem fatos. É tudo mentira", disse ele em outro post.

Denúncias
O policial militar João Dias Ferreira é o pivô das denúncias contra Orlando Silva, publicadas em reportagem da revista "Veja" do último fim de semana. Em entrevista, ele disse que o ministro teria recebido um pacote com notas de R$ 50 e R$ 100 na garagem do ministério.

O policial foi preso no ano passado na Operação Shaolin, deflagrada pela Polícia Civil do DF para investigar fraudes no programa Segundo Tempo, destinado a promover o esporte em comunidades carentes. As ONGs de João Dias, relacionadas ao kung-fu, são suspeitas de desviar verba de convênios assinados com o Ministério do Esporte.

A Controladoria-Geral da União (CGU) pede a devolução de mais de R$ 4 milhões repassados pelo Ministério do Esporte a entidades de João Dias.

Fantasma assusta, mas Brasil passa pelas cubanas e leva o ouro no vôlei (Postado por Erick Oliveira)

O fantasma de quatro anos atrás estava lá de novo para assombrar a seleção feminina de vôlei. O adversário na final desta quinta-feira, em Guadalajara, era a mesma Cuba do Pan do Rio, quando o Brasil viu evaporar meia dúzia de match points e amargou uma derrota dolorosa no Maracanãzinho. Era hora da revanche, e ela não foi nem de perto tranquila como o confronto da primeira fase. Em cinco sets como no Rio, as meninas comandadas por Zé Roberto Guimarães resolveram mudar o roteiro no tie-break. Com cinco pontos de vantagem no set desempate, cravaram os 3 a 2 (25/15, 21/25, 25/21, 21/25 e 15/10). De uma só tacada, foi-se o fantasma cubano e veio a medalha de ouro que faltava para esta geração.
A conquista não vinha desde 1999, em Winnipeg. E começou com um susto de verdade – a lesão de Jaque na estreia, ao bater cabeça com Fabi. Coube justamente à líbero pendurar duas medalhas no pescoço durante a cerimônia de premiação. Vestindo a camisa da ponteira e com uma bandeira brasileira nas costas, Fabi comandou a festa no pódio.
Vingança contra as rivais? Não para Zé Roberto, que prefere ver o título como um marco.
- Ganhar o Pan é muito importante para o nosso país e para esta geração. Foi um jogo difícil, Cuba mostrou que vai crescer muito até os Jogos de 2012. Não é vingança, mas era uma responsabilidade que a gente tinha desde que chegou aqui. Desde que pisamos na Vila, falávamos que tínhamos que tentar. Até aprendi um verbo em espanhol “intentar” – afirmou o treinador.
Para Zé, a vitória no Pan é um sabor novo. Quando ainda era um promissor levantador, em 1975, ele sequer teve a chance de “intentar”, cortado pouco antes da competição. Agora, já com currículo de bicampeão olímpico, festeja a conquista com suas meninas.
Em quatro anos, o time cubano se desmantelou. Ainda assim, era um fantasma que parecia assustar antes mesmo do início do jogo. A torcida era forte, e ganhou reforço na equipe masculina de vôlei. Os mexicanos, esses sim se juntavam aos brasileiros no ginásio. A cada manifestação, porém, eram abafados pelos gritos de “Cuba, Cuba”.
A pressão que vinha das arquibancadas diminuiu nos primeiros pontos. No primeiro tempo-técnico, a vantagem brasileira já era de 8 a 3. E aumentou para dez um pouco antes do segundo, com Sheilla pela diagonal. Palacio deu uma pancada e encarou as brasileiras. Queria sim, esquentar o jogo. Mas precisaria de muito mais do que isso para evitar a derrota no set. Silie ainda salvou um set point, mas Mari fechou em 25 a 15.
Cleger comanda, e Cuba esboça reação
Carcaces e Cleger, numa sequência de ataques, abriram 4 a 1, e a torcida, morna depois da derrota na parcial anterior, voltou a gritar. Mari errou um ataque e viu Cuba ampliar para 8 a 3. Na volta do tempo-técnico, a ponteira chamou a bola e acertou o braço. Na sequência, subiu em um bloqueio junto com Thaísa. E Dani Lins diminuiu para dois pontos a diferença. As cubanas não afrouxaram e, num bloqueio duplo sobre Mari, abriram cinco pontos e comemoraram. Muito. Um toque de rede do time brasileiro fez a diferença subir para seis antes da segunda parada. A esta altura, a torcida arriscava até uma “ola”.
Palacio voou pelo corredor e, ao marcar o 18º ponto, balançou os braços pedindo apoio. Silie também parecia querer ânimos exaltados. Paula Pequeno, ao bloquear Cleger, se controlou para não comemorar na frente da adversária. O Brasil conseguiu cortar quatro pontos e encostar em 21 a 20, mas um ataque de Carcaces e dois erros de recepção de Fabi deram o set point às cubanas. Fabiana ainda salvou um pontinho. Cleger fechou em 25 a 21.
Paula comete erros, e Garay ganha chance
Paula Pequeno acertou uma e errou três bolas nos primeiros oito pontos do set. E coube a Thaisa, com dois pontos seguidos – e um de bandeja, em erro de posicionamento cubano -, deixar em vantagem na parada-técnica: 8 a 5. Carcaces, com uma medalhada no saque, empatou o jogo. E Cuba passou à frente em um erro de posicionamento das brasileiras.
Zé Roberto trocou Paula por Fernanda Garay, estreante no Pan, e Mari comandou a virada. Palacio caiu sobre as placas ao tentar salvar uma bola. Não conseguiu. O jogo parecia de volta aos eixos. No segundo tempo-técnico, uma folga de cinco pontos.
Cleger soltava o braço, Palacio comemorava cada bola que, por erro brasileiro, dava ponto a Cuba. E, numa bola para fora de Mari, ali estavam as cubanas de novo na cola - 19 a 18. E foi de Fernanda o ponto, pelo meio, que fez o Brasil voltar a respirar: 21 a 18. Silie sacou na rede, e deu o set pont em 24 a 20. Thaísa fez o mesmo, mas Palacio resolveu imitá-la.
Brasil sofre apagão e Cuba força o tie-break

O quarto set foi tenso desde o início, com as duas equipes se alternando na frente do placar. Sheilla atacou no corredor para deixar o Brasil na frente no primeiro tempo técnico (8/6), mas Cuba respondeu rápido. Nervosas, as brasileiras reclamavam com a arbitragem e cometiam erros. Enquanto isso, as adversárias aproveitamvam para abrir cinco pontos de distância (14/9).
A seleção brasileira sentiu o golpe e viu as cubanas dominarem o jogo e abrir nove pontos (22/13) depois de bom saque de Carcases. Apenas quando cuba chegou ao set point foi que o Brasil acordou. Foram seis pontos para diminuir a diferença para três, mas não foi o suficiente. Cleger soltou a pancada para fazer 25/21 e forçar o tie-break.
Enfim, o ouro!
A tensão no último set era inevitável, mas a qualidade brasileira começou a fazer diferença. Dani Lins acertou uma grande bola de segunda, e Sheilla explorou o bloqueio cubano para abrir dois pontos de vantagem (8/6). A distância aumentou para três com o toque de rede cubano (10/7), que fez com que o técnico pedisse tempo.
Para o Brasil, bastava virar os pontos, mas as jogadoras fizeram mais. Fabiana abriu o caminho, Paula Pequeno acertou uma diagonal no fundo da quadra, e Tandara soltou a pancada no corredor para deixar a líbero cubana no chão. Fechar em15/10 e fez a seleção explodir em alegria.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Muricy passa noite no hospital e não tem previsão de alta (Postado por Lucas Pinheiro)

O técnico Muricy Ramalho, do Santos, passou a noite no hospital São Luiz, em São Paulo, por causa de dores lombares que o atormentam desde o jogo contra o Fluminense, disputado no dia 1º de outubro, em Volta Redonda (RJ). O quadro se agravou na última quarta-feira e ele precisou ser internado. Por isso, não pôde estar no banco contra o Botafogo, na última quarta-feira, na Vila Belmiro.

De acordo com boletim médico divulgado nesta quinta-feira, o treinador está sendo submetidos a exames para se detectar a causa das dores. Ainda não há previsão de alta. Por enquanto, a equipe vai sendo comandada pelo auxiliar de Muricy, Mário Felipe Peres, o Tata.

No Hospital São Luiz, Muricy está sob cuidados do ortopedista Joaquim Grava, médico do Corinthians.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Thiago Pereira vence 100m costas e volta a colar na 'disputa' com Hoyama (Postado por Erick Oliveira)

No fim da tarde desta segunda-feira, Hugo Hoyama venceu a disputa por equipes do tênis de mesa e abriu distância como o brasileiro com mais medalhas de ouro em Jogos Pan-Americanos, com dez no total. Mas Thiago Pereira não deixou o mesa-tenista se distanciar. À noite, o nadador apertou o ritmo no fim dos 100m costas, fez o tempo de 54s56, chegou a seu terceiro ouro em Guadalajara e agora soma nove ouros em sua carreira. Guilherme Guido (54s81) também subiu ao pódio, com um bronze.
Nesta terça-feira, Thiago tem a chance de empatar a “disputa” com Hoyama, se vencer os 200m peito. E terá também outras quatro oportunidades de conquistar o ouro, enquanto o mesa-tenista pode subir ao lugar mais alto do pódio apenas mais uma vez, no torneio individual do tênis de mesa. O nadador, porém, garante que não se preocupa.
- Ele é brasileiro e é mais uma medalha para o Brasil. Acho que quanto mais a gente conseguir, melhor para o país – disse Thiago.
O terceiro ouro em Guadalajara veio por pouco. Para ser mais exato, Thiago Pereira chegou apenas 0s05 na frente do americano Eugene Godsoe. E o próprio brasileiro ficou em dúvida se conseguiria vencer a prova em que não é especialista.
- Estou feliz com essa prova. É uma prova que não estou muito acostumado a nadar. Tive um errinho ali na chegada, faltou uma braçada. Quando vi a borda longe, fiquei pensando ‘Será que deu? Será que deu?’, e acabou dando. O importante é que conquistei essa medalha de ouro – comemorou.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Rivalidade entre Brasil e Cuba no vôlei feminino agita o terceiro dia do Pan (Postado por Lucas Pinheiro)

Em dia de mais um capítulo da disputa particular entre Hugo Hoyama e Thiago Pereira na briga pelo brasileiro com mais ouros em Jogos Pan-Americanos, caberá a uma antiga rivalidade fechar esta segunda-feira. Às 20h (de Brasília), as seleções femininas de vôlei de Brasil e Cuba colocam toda a história em quadra e se enfrentam para definir a primeira posição do Grupo A.

- Na verdade, espero que o jogo seja brigado apenas dentro da quadra. Posso ser boa de briga, mas elas são muito grandes (risos). É o jogo mais difícil até agora. O time delas sempre encrenca. Não importa a fase que elas estejam, isso elas sempre fazem. Entram muito pilhadas e provocam mesmo. Que a gente não caia na pilha. Vamos jogar alegres e felizes. É assim que a gente gosta de jogar - afirmou a líbero Fabi.

Depois de ganhar o ouro do revezamento 4 x 100m livre sem disputar a final (nadou apenas nas eliminatórias), seu segundo no Pan de Guadalajara, Pereira pode igualar Hoyama no número de ouros se vencer os 100m costas nesta segunda, chegando a nove no total. Mas o mesa-tenista pode chegar ao seu décimo título pan-americano também nesta segunda, quando disputa a final por equipes. Clique aqui para ver o calendário completo de provas e confira abaixo os destaques brasileiros no terceiro dia em Guadalajara.

Vôlei feminino
Brasil e Cuba tem um histórico de grandes duelos. Entre eles, a final do último Pan-Americano, no Rio de Janeiro, quando as cubanas levaram a melhor, venceram por 3 sets a 2 e garantiram o ouro. Nesta segunda, às 20h (de Brasília), as seleções duelam pela invencibilidade na primeira fase e para definir quem termina na primeira posição do Grupo A.

Tênis de mesa
Hugo Hoyama, Gustavo Tsuboi e Thiago Monteiro asseguraram o pódio na competição por equipes do tênis de mesa ao garantir uma vaga nas finais. Nesta segunda, a partir das 15h (de Brasília), os brasileiros encaram a Argentina para definir se a medalha será dourada ou prateada.

Natação
Thiago Pereira já tem dois ouros neste Pan – um deles sem entrar na piscina na final – e vai em busca de mais um. No início da tarde (no Brasil), ele nada a preliminar dos 100m costas. Se for à final, disputa uma medalha por volta de 23h (de Brasília). Joanna Maranhão, Kaio Márcio e Tatiane Sakemi são outros brasileiros que entram na água nesta segunda.

Ginástica rítmica
Com um ouro e um bronze, a ginástica rítmica brasileira disputa mais três finais nesta segunda-feira, a partir das 19h (de Brasília): individual arco (Angelica Kvieczynski e Natalia Gaudio) , individual bola (Angelica Kvieczynski) e grupo cinco bolas.

sábado, 15 de outubro de 2011

Polícia encerra festa rave na casa de Vagner Love no Rio (Postado por Lucas Pinheiro)

A Polícia Civil encerrou na madrugada deste sábado (15) uma festa rave na casa do jogador Vagner Love, em Vargem Grande, Zona Oeste do Rio. A ação terminou com duas pessoas detidas por servirem bebida alcoólica para menores. Não foram encontradas drogas no local.

Vagner Love não estava na festa. Ele está na Rússia, onde joga no CSKA Moscou. De acordo com a polícia, a responsável pela residência é a ex-mulher do jogador, Martha Love, que não foi encontrada para falar sobre o caso.

Segundo a polícia, o evento foi organizado por um enteado do jogador e outros três amigos, todos com menos de 18 anos, e foi difundida na internet e também através de panfletos. O evento, chamado de “Royal Ibiza”, prometia no convite bebida liberada e “drinques afrodisíacos”.

A festa rave, que começou por volta de 22h de sexta-feira (14), foi encerrada pelos policiais pouco depois da meia-noite. Cerca de 800 pessoas estavam no local. De acordo com a polícia, muitos eram adolescentes.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011


Brasil vence o México de virada

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Quando Daniel Alves cometeu pênalti em Chicharito, aos 44min do primeiro tempo, o jogo parecia acabado para a seleção brasileira.

Isso porque o México já vencia por 1 a 0, com gol contra do zagueiro David Luiz, e o Brasil teria que jogar todo o segundo tempo com um homem a menos.

Mas o roteiro foi exatamente o oposto. Jefferson defendeu o pênalti e, mesmo com apenas dez jogadores, o time de Mano Menezes conseguiu a virada e venceu por 2 a 1, com belos golaços de Ronaldinho e Marcelo.

O flamenguista ainda acabou com um jejum que já durava quatro anos e 13 partidas sem marcar com a camisa verde-amarela.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Apático, Portugal de CR7 perde para a Dinamarca e vai para a repescagem (Postado por Lucas Pinheiro)

Cristiano Ronaldo só lembrou suas grandes atuações pelo Real Madrid nos acréscimos. Apesar do belo gol de falta, o craque gajo não fez a diferença para um apático time de Portugal nesta terça-feira. Muito superior no Parken Stadium, em Copenhague, a Dinamarca venceu merecidamente por 2 a 1, pela última rodada do Grupo H das eliminatórias, e carimbou o seu passaporte para a principal competição do continente, em junho de 2012, na Polônia e Ucrânia. Os lusos terão mesmo de se contentar com a repescagem.

Os gols dos donos da casa foram marcados por Michael Krohn-Dehli, aos 12 do primeiro tempo, e Nicklas Bendtner, aos 17 do segundo. Cristiano Ronaldo diminuiu aos 47. O placar poderia ter sido ainda maior caso o árbitro não tivesse anulado gol legal dos donos da casa logo aos seis minutos de jogo.

Segundos colocados da chave, com 16 pontos, já que a Noruega não conseguiu tirar uma diferença de nove gols de saldo, os lusos agora torcem por um adversário teoricamente fácil no sorteio organizado pela Uefa na próxima quinta-feira, na qual serão conhecidos os quatro confrontos do mata-mata. Os dinamarqueses só precisam se preocupar com outro sorteio, o de dezembro, que definirá todos os grupos da Eurocopa.

A seleção de Portugal deixou o primeiro tempo no Parken Stadium sem poder lamentar. A vitória parcial dos donos da casa somente por 1 a 0 saiu barato para um time apático, que viu sua principal estrela fazer muito pouco. Bem marcado, Cristiano Ronaldo e outros tantos assistiram à Dinamarca.
O gol saiu logo aos 12 minutos, mas poderia ter vindo aos seis caso o juiz italiano Nicola Rizzoli não tivesse anulado gol legal ao seis. Eriksen cobrou falta na grande área, Rommedahl desviou e complicou a vida de Patrício, que não conseguiu segurar. Os dinamarqueses pressionaram e empurraram para dentro.
O que valeu foi um tanto mais simples. Krohn-Dehli recebeu na ponta-esquerda, fintou João Pereira e chutou cruzado. A bola desviou na cabeça de Rolando e entrou no cantinho esquerdo, com direito a toque na trave.
A melhor oportunidade dos visitantes veio já no fim, aos 42 minutos. Carlos Martins cobrou falta rápida para João Pereira, que cruzou rasteiro. Sorensen cortou e Nani não conseguiu aproveitar o rebote. Era, definitivamente, uma das piores apresentações dos lusos desde que Paulo Bento assumiu a seleção, em setembro de 2010.

Panorama pouco muda
Portugal voltou com outro ímpeto na etapa final, mas sem a inspiração que lhe faria reagir. A Dinamarca, por sua vez, seguiu sendo melhor em campo e aproveitou os espaços livres para ampliar. Aos 17, quando já havia desperdiçado chances, Rommedahl arrancou pela direita e cruzou para Bendtner só completar: 2 a 0.
Foi o necessário para Paulo Bento colocar o time no ataque. Entraram Miguel Veloso e Quaresma nos lugares de Eliseu e Carlos Martins, mas o fato é que Portugal pouco mudou e viu ainda a Dinamarca se lamentar por mais gols perdidos, fazendo do goleiro Rui Patrício o melhor dos lusos. No fim, ainda pôde sonhar após Cristiano Ronaldo acertar um chutaço em cobrança de falta, mas teve mesmo de se contentar com a repescagem.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Ex-jogador Neto tem casa assaltada em Campinas e lamenta: 'Muito triste' (Postado por Lucas Pinheiro)

A casa do comentarista e ex-jogador Neto foi roubada no último domingo, em Campinas. Ele e a família não estavam no imóvel no momento do furto, mas o ex-atleta falou sobre o ocorrido durante um programa esportivo na TV Bandeirantes, do qual participa.
- Para falar a verdade, é muito triste ser furtado. Graças a Deus não fui assaltado com a minha família. Sou muito forte para ficar abatido com safado e vagabundo. Eu vou ganhar tudo de novo com trabalho e esforço - explicou ele, durante a transmissão, também no último domingo.
Neto é um dos ídolos do Corinthians, principalmente por ter sido decisivo na campanha do título brasileiro do clube de 1990. Mas também passou pelos outros três grandes paulistas: São Paulo, Palmeiras e Santos.

sábado, 8 de outubro de 2011

Investigados, Diguinho e Kleberson dizem que carros estão legalizados (Postado por Lucas Pinheiro)

Três jogadores do futebol brasileiro tiveram seus carros apreendidos pela Polícia Federal nesta sexta-feira durante a operação chamada de “Black Ops” (expressão em inglês para operações clandestinas). Emerson, do Corinthians, Diguinho, do Fluminense, e Kleberson, do Atlético-PR, tiveram os veículos retidos para investigação de um esquema montado pela máfia israelense e por bicheiros do Rio de Janeiro para vender automóveis de luxo importados por preços muito abaixo do mercado.

O carro de Kleberson foi o único investigado em Curitiba. O mandado de apreensão do veículo foi cumprido às 6h desta sexta-feira, na casa do jogador. De acordo com informações do G1, o pentacampeão mundial não resistiu ao cumprimento do mandado de retenção e foi atencioso com os policiais, que disseram acreditar que ele esteja agindo “de boa fé”.

Em nota divulgada por sua assessoria de imprensa, Kleberson informou que comprou o automóvel em “uma empresa em regular funcionamento” no Rio de Janeiro e que o valor foi “integralmente pago, da forma ajustada, e consta da nota fiscal que foi emitida em seu nome”. O jogador acrescenta que “desconhece qualquer irregularidade”.

De acordo com a PF, o modelo Jeep Hummer, que novo custaria R$ 200 mil, foi importado dos Estados Unidos de forma ilegal, por isso Kleberson deve prestar esclarecimentos à polícia futuramente.

Diguinho também fez questão de esclarecer que a documentação de seu carro está legal. Em nota divulgada por sua assessoria, o volante do Fluminense afirmou que deve buscar o automóvel, um BMW X5, no início da próxima semana no pátio da Receita Federal, já que “nenhuma irregularidade foi constatada”. O jogador treinou normalmente na manhã deste sábado nas Laranjeiras para o duelo com o Flamengo, neste domingo, às 16h, no Engenhão.

Emerson também é investigado por lavagem de dinheiro

Já Emerson ainda não se pronunciou sobre o caso. Mas deu declarações sobre outra denúncia envolvendo seu nome. De acordo com informações do jornal O Globo, o atacante está sendo investigado pela Polícia Federal por suspeita de lavagem de dinheiro e evasão de divisas. A Delegacia de Combate a Crimes Financeiros (Delefin) do Rio de Janeiro pediu à Justiça a quebra do sigilo fiscal do jogador, que, entre 2006 e 2007, teria movimentações atípicas de milhões de reais em suas contas bancárias.

- Minha vida é um livro abertíssimo. Essa história não procede. Sou um atleta e não um maloqueiro. Sou um trabalhador. Foi tudo esclarecido - afirmou o atacante ao jornal.

Sheik atuava no Qatar quando as transações suspeitas ocorreram. A PF também investiga pessoas e empresas ligadas ao atleta para rastrear o dinheiro que saiu de suas contas e ainda suspeita que ele teria utilizado nome falso para movimentar os valores. Em 2007, Emerson, cujo nome verdadeiro é Márcio Passos Albuquerque, foi condenado a um ano e dois meses de reclusão por utilizar nome e data de nascimento falsos no passaporte. Ele recorreu e cumpriu a pena prestando serviços comunitários.

Suspenso para o jogo deste domingo, contra o Atlético-GO, Sheik apareceu no treino do Corinthians na manhã deste sábado, porém só caminhou pelo campo.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Justiça alemã libera Breno da prisão (Postado por Erick Oliveira)

A Justiça alemã aceitou liberar o zagueiro Breno, do Bayern de Munique, que estava preso desde o dia 24 de setembro por suspeita de ter incendiado a própria casa. De acordo com o jornal "Bild" e a revista "Focus", o jogador ganhou liberdade condicional e terá que pagar uma fiança cujo valor não foi revelado.
- Estamos muito felizes que Breno tenha sido libertado hoje (quinta-feira) da custódia e que ele poderá voltar para sua família - disse Karl-Heinz Rummenigge, diretor-executivo do Bayern de Munique.
O clube informou que dará todo o apoio necessário para que o jogador volte a treinar em pouco tempo.
- Nossa equipe médica irá garantir que Breno tenha o tratamento adequado até que o joelho machucado esteja completamente curado para que ele possa ser reintegrado às atividades da equipe - destacou Christian Nerlinger, diretor esportivo do clube.
Breno é investigado por suspeita de ter incendiado a própria casa, avaliada em € 1,5 milhão (R$ 3,6 milhões), para ficar com o dinheiro do seguro por estar recebendo apenas parte de seu salário por causa das lesões que o afastaram dos gramados por um longo período. Segundo a imprensa alemã, o brasileiro estaria ganhando cerca de R$ 12 mil.
Segundo os jornais da Alemanha, antes do incêndio, houve uma discussão entre o zagueiro e a esposa, que deixou a casa com os três filhos do casal. Logo após o incidente, Breno, que estava sozinho, entregou três isqueiros a um membro dos serviços de emergência que o atendeu.