Ministro Orlando Silva se reúne com Dilma no Palácio do Planalto (Postado por Lucas Pinheiro)
É o primeiro encontro entre Silva e a presidente depois da divulgação de denúncia de que ele participou de um suposto esquema de desvio de verbas no ministério.
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, pediu nesta sexta ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de inquérito para investigar Orlando Silva.
Diante das denúncias, Dilma e Orlando Silva deverão discutir sobre a conveniência da permanência dele no comando do ministério.
Pela manhã, o ministro Orlando Silva afirmou, por meio do microblog Twitter, que preparou um relatório sobre as acusações publicadas pela imprensa durante a semana, as quais ele classificou como "mentiras".
Ao responder a uma indagação sobre se teria audiência marcada com a presidente Dilma Rousseff nesta sexta, Orlando Silva disse: "Não [tenho audiência marcada]. Mas preparei um relatório com mentiras publicadas desde [o] fim de semana. Impressiona tantos ataques sem qualquer prova."
"Mais um dia e nenhuma prova contra mim foi apresentada. Não serão, porque não existem provas, não existem fatos. É tudo mentira", disse ele em outro post.
Denúncias
O policial militar João Dias Ferreira é o pivô das denúncias contra Orlando Silva, publicadas em reportagem da revista "Veja" do último fim de semana. Em entrevista, ele disse que o ministro teria recebido um pacote com notas de R$ 50 e R$ 100 na garagem do ministério.
O policial foi preso no ano passado na Operação Shaolin, deflagrada pela Polícia Civil do DF para investigar fraudes no programa Segundo Tempo, destinado a promover o esporte em comunidades carentes. As ONGs de João Dias, relacionadas ao kung-fu, são suspeitas de desviar verba de convênios assinados com o Ministério do Esporte.
A Controladoria-Geral da União (CGU) pede a devolução de mais de R$ 4 milhões repassados pelo Ministério do Esporte a entidades de João Dias.
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