Seleção feminina volta a perder nos pênaltis e fica com a prata no futebol (Postado por Lucas Pinheiro)
Quem mostrou mais agressividade no início foi o Canadá. Com a marcação adiantada, a equipe pressionava no campo defensivo do Brasil, porém deixava brechas para contra-golpes. E foi aproveitando os espaços que a Seleção Brasileira achou um gol aos três minutos. Débora partiu em velocidade e, de fora da área, arriscou o chute. A bola foi no ângulo, sem chances para a goleira Karina LeBlanc.
Com o placar a seu favor, o Brasil recuou ainda mais, dando ao adversário os espaços necessários para atacar. Apenas Débora ficava no campo ofensivo quando a Seleção não tinha a bola, facilitando o inicio das jogadas do quadro canadense, que criou chances de gol e por pouco não ampliou o placar. Sinclair e Sesselmann tiveram boas oportunidades, mas não acertaram o alvo.
Na base dos chutões, faltas e raros lances de habilidade individual, o Brasil foi para o intervalo com a vantagem no placar. Mas, em campo, o clima estava longe de ser de tranquilidade. Quando a árbitra determinou o fim do primeiro tempo, o apito soou como alívio para a equipe de Kleiton Lima.
O Brasil voltou para o segundo tempo mais organizado em campo, principalmente na defesa. Como resultado, sofreu menos pressão do Canadá que, mesmo assim, tinha mais posse de bola. No entanto, a Seleção apresentava bom toque e conseguia criar contra-ataques, apesar de não construir sólidas oportunidades para aumentar a contagem.
Mas foi apostando na troca de passes que o Brasil começou a se impor na partida. Aos 22 minutos, a dupla de ataque combinou uma tabela que quase resultou em gol. Thaís lançou Débora e se posicionou na área para receber o passe da companheira. A atacante chutou, e LeBlanc defendeu. Na sequência, Maurine cobrou escanteio, e a goleira salvou o que seria um gol olímpico.
Sem ser tão ameaçado pelo Canadá, o Brasil passou a valorizar mais a posse de bola, praticamente anulando as jogadas ofensivas do adversário. A equipe nacional criou chances claras de gol, mas foi incompetente nas conclusões. Em um lance de desatenção na marcação, a Seleção sofreu o empate. Após cobrança de escanteio aos 42 minutos, Christine Sinclair subiu mais do que a goleira Bárbara e cabeceou para fazer 1 a 1. Assim, a decisão foi para a prorrogação.
No tempo extra, ficou clara a diferença entre a condição física das equipes. Enquanto o Canadá se mostrava inteiro e tomava a iniciativa do ataque, o Brasil aparentava cansaço e se limitava a dar chutões para afastar o perigo. Na arquibancada, a torcida mexicana não estava nem aí. A maior distração era pegar as bolas que chutadas para o setor e passar de mão e mão, sem devolvê-las para o campo.
O empate se manteve, e a decisão foi para os pênaltis. Matheson, Sinclair, Booth e Schmidt aproveitaram suas cobranças para o quadro canadense. Francielle, Maurine e Ketlen anotaram para o Brasil, mas Grazielle perdera o terceiro tiro. Com 4 a 3 a seu favor, o Canadá já poderia ter garantido o ouro se Chapman convertesse o quinto arremate, porém a finalização foi na trave, reacendendo as esperanças brasileiras. No entanto, LeBlanc defendeu a cobrança de Débora e selou a conquista do time da América do Norte..
O Brasil jogou com a seguinte formação: Bárbara, Karen, Bagé e Tânia Maranhão; Maurine, Francielle, Formiga, Rosana (Ketlen) e Maicon; Thaís (Grazielle) e Débora.
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