terça-feira, 29 de novembro de 2011

Brasil abusa dos erros, perde para a Sérvia e se enrola na Copa do Mundo (Postado por Erick Oliveira)

O repertório de erros foi vasto e ofuscou o lampejo solitário no segundo set. Com 32 falhas ao longo do jogo, grande parte delas no saque, o Brasil foi superado pela Sérvia e se complicou na Copa do Mundo. A equipe europeia, que não tem mais pretensões no torneio, contou com grandes atuações do capitão Miljkovic e de Nikic para vencer por 3 sets a 1 (parciais de 27/25, 20/25, 25/20, 25/22) e tumultuar ainda mais a campanha brasileira no Japão. Na quarta posição, o time verde e amarelo deixa temporariamente a zona de classificação para os Jogos de Londres, em 2012.
O Brasil disputará a quarta e última fase em Tóquio. O próximo desafio será na madrugada de sexta-feira, contra o Irã. Em seguida, os adversários serão Polônia e Japão.
Seleção erra a mão no saque
A seleção começou a partida com Marlon, Giba, Murilo, Lucão, Sidão, Leandro Vissotto e o líbero Serginho. Afobada e com muitos erros, sobretudo no saque, a equipe verde e amarela viu a Sérvia chegar com três pontos de vantagem na segunda parada técnica. Quando os rivais alcançaram 24/22, o Brasil se aproveitou de um ataque para fora e uma pisada na linha de três metros para empatar. Em uma cortada de Vissotto para fora, porém, os europeus fecharam em 27/25.
No segundo set, a bronca de Bernardinho surtiu efeito em quadra. A seleção abriu 3 a 0, e os rivais pediram tempo. Os erros sérvios foram se acumulando e dando ainda mais vantagem ao Brasil. Após a segunda parada técnica, Bruninho e Théo entraram nas vagas de Marlon e Vissotto. Com a boa sequência de Miljkovic no saque no fim da parcial, o treinador brasileiro parou o jogo e lançou Wallace para igualar a partida: 25/20.
O Brasil abriu a terceira etapa na frente, mas sofreu a virada em dois erros seguidos de contra-ataque. As falhas em série, principalmente - e novamente - no saque, deixaram a Sérvia com folga no placar na segunda parada técnica. Um a um, os brasileiros foram parados em bloqueios simples de Nikic e Miljkovic e viram mais um set escapar: 25/20.
A seleção voltou à quadra no quarto set com Bruninho e Wallace nas vagas de Marlon e Vissotto. Quando a Sérvia fez 6 a 4, Bernardinho também colocou Rodrigão na rede no lugar de Sidão. As alterações não surtiram o efeito esperado, e a eficiência de Miljkovic e Nikic desequilibrou os brasileiros emocionalmente. Com Théo, o time verde e amarelo reagiu e reduziu a desvantagem de cinco para apenas um ponto. O treinador sérvio parou o jogo e esfriou a reação, e os rivais marcaram 24/20. Bernardinho também pausou a partida e roubou mais dois pontos, mas Mljkovic fechou a conta: 25/22.
Veja o resultado dos outros jogos desta terça:
Rússia 3 x 1 Cuba (25/23, 25/27, 25/18 e 25/12) - veja os pontos finais no vídeo ao lado
Polônia 3 x 0 Egito (25/21, 26/24 e 25/21)
Itália 3 x 1 Argentina (34/36, 25/20, 25/19 e 25/20)
China 3 x 0 Irã (25/19, 25/19 e 25/17)
EUA 3 x 0 Japão (39/37, 25/16 e 25/15)
Classificação, com pontos e jogos, com número de vitórias entre parênteses
1º - Polônia 22 e 8 (7)
2º - Rússia 21 e 8 (7)
3º - Itália 17 e 8 (6)
4º - Brasil 16 e 8 (5)
5º - Cuba 14 e 8 (5)
6º - Irã 12 e 8 (5)
7º - EUA 12 e 8 (4)
8º - Argentina 9 e 8 (3)
9º - Japão 8 e 8 (2)
10º - Sérvia 6 e 8 (2)
11º - China 4 e 8 (1)
12º - Egito 3 e 8 (1)

domingo, 27 de novembro de 2011


Webber vence GP do Brasil com dobradinha da Red Bull

Apesar da vitória, Webber não conquistou vice-campeonato

Felipe Mendes, da 
Mark Thompson/Getty Images
mark webber red bull
Ele não ganhava uma corrida desde agosto do ano passado
São Paulo - Sem a esperada chuva, frustrando todas as previsões, a 40ª edição do GP do Brasil de Fórmula 1 teve uma dobradinha da favorita Red Bull, neste domingo, no circuito de Interlagos, em São Paulo. Dessa vez, porém, a vitória ficou com o australiano Mark Webber, que, já na última etapa da temporada, finalmente conseguiu superar o seu companheiro de equipe, o alemão Sebastian Vettel.
Webber não ganhava uma corrida desde agosto do ano passado, na Hungria. Nesse período, ele viu Vettel conquistar o bicampeonato da Fórmula 1 - o título desta temporada já tinha sido garantido por antecipação pelo alemão, assim como a Red Bull ganhou também entre os construtores. E, para vencer em Interlagos, o australiano contou com problemas no carro do companheiro.
Apesar da vitória em Interlagos, Webber não conseguiu conquistar o vice-campeonato da Fórmula 1. Essa honraria ficou com o inglês Jenson Button, da McLaren, que completou o pódio do GP do Brasil com a terceira colocação e terminou a temporada com 270 pontos, atrás apenas do campeão Vettel. Já o australiano levou o terceiro lugar no Mundial, com 258 pontos.
Para os pilotos brasileiros, a última etapa da temporada da Fórmula 1 foi frustrante. Felipe Massa esteve sempre entre os primeiros colocados com a sua Ferrari, mas não teve chances de lutar efetivamente por pódio, terminando em quinto lugar. Rubens Barrichello (Williams) e Bruno Senna (Renault) enfrentaram problemas, ficando na 14ª e 17ª posições, respectivamente.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Em treino livre recheado de novatos, experiência de Webber fala mais alto (Postado por Erick Oliveira)

Em um treino livre recheado de novatos, a experiência de Mark Webber, da RBR, falou mais alto. Aos 35 anos, o australiano foi o mais rápido na primeira sessão para o GP do Brasil, em Interlagos, com o tempo de 1m13s811. Várias equipes aproveitaram a atividade para avaliar seus pilotos de testes, como o brasileiro Luiz Razia, na Lotus, e os franceses Romain Grosjean, na Renault-Lotus, e Jean-Eric Vergne,da STR. Ao todo, cinco reservas entraram na pista.Favorito na luta pelo vice-campeonato de 2011, o inglês Jenson Button ficou com o segundo tempo da manhã em Interlagos, logo atrás de Webber: 1m13s825, um décimo melhor que o compatriota Lewis Hamilton, seu companheiro na McLaren. Bicampeão antecipado, Sebastian Vettel experimentou algumas inovações no carro da RBR e ficou apenas com o quarto tempo.Massa marca o quinto tempo; Alonso sofre problema no motor
Na corrida em que completa 100 GPs pela Ferrari e dez anos na Fórmula 1, Felipe Massa se aproveitou do bom conhecimento do circuito de Interlagos e marcou o quinto tempo da manhã. Com 1m14s507, ele ficou apenas 34 milésimos à frente do companheiro Fernando Alonso. O bicampeão espanhol sofreu uma falha no motor a apenas cinco minutos do fim da sessão, precisou parar sua Ferrari na entrada da Curva do Sol e terminou em sexto.
Ainda na busca por uma vaga de titular na temporada 2012, Rubens Barrichello superou Pastor Maldonado, seu colega na Williams. O brasileiro ficou em 13º, três posições à frente do venezuelano, o 16º colocado. Bruno Senna ficou logo atrás de Rubinho, na 14ª posição, mas perdeu o duelo com o francês Romain Grosjean. A briga pode valer um lugar na Renault-Lotus em 2012, que ainda tem dois cockpits vagos. A equipe informou nesta semana que não poderá contar com o polonês Robert Kubica.
Além de Massa, Rubinho e Senna, o treino teve a participação de mais um brasileiro. O baiano Luiz Razia, de 22 anos, deu 31 voltas com a Lotus e ficou na 20ª colocação, um segundo atrás do outro carro da equipe, do finlandês Heikki Kovalainen. Entretanto, a equipe anglo-malaia elogiou o desempenho do piloto, que também andou bem no teste para novatos em Abu Dhabi.
Entre os reservas, o melhor tempo ficou com Nico Hulkenberg, da Force India. Surpresa do último GP do Brasil, quando marcou a pole com a Williams, ele fez novamente um bom trabalho e ficou em oitavo, à frente do companheiro Paul di Resta. Mais rápido entre os novatos em Abu Dhabi com a RBR, o francês Jean-Eric Vergne foi apenas o 18ºcom uma STR em Interlagos, mais de dois segundos atrás do outro piloto da equipe, o espanhol Jaime Alguersuari.
Confira os melhores tempos do primeiro treino livre em Interlagos:
1 - Mark Webber (AUS/RBR-Renault) - 1m13s811 (26 voltas)
2 - Jenson Button (ING/McLaren-Mercedes) - 1m13s825 (25)
3 - Lewis Hamilton (ING/McLaren-Mercedes) - 1m13s961 (20)
4 - Sebastian Vettel (ALE/RBR-Renault) - 1m14s025 (28)
5 - Felipe Massa (BRA/Ferrari) - 1m14s507 (34)
6 - Fernando Alonso (ESP/Ferrari) - 1m14s541 (26)
7 - Michael Schumacher (ALE/Mercedes) - 1m15s162 (28)
8 - Nico Hulkenberg (ALE/Force India-Mercedes) - 1m15s178 (28)
9 - Paul di Resta (ESC/Force India-Mercedes) 1m15s241 (31)
10 - Nico Rosberg (ALE/Mercedes) - 1m15s321 (29)
11 - Jaime Alguersuari (ESP/STR-Ferrari) - 1m15s468 (29)
12 - Romain Grosjean (FRA/Renault-Lotus) - 1m15s547 (18)
13 - Rubens Barrichello (BRA/Williams-Cosworth) - 1m15s663 (27)
14 - Bruno Senna (BRA/Renault-Lotus) - 1m15s732 (32)

15 - Kamui Kobayashi (JAP/Sauber-Ferrari) - 1m15s747 (31)
16 - Pastor Maldonado (VEN/Williams-Cosworth) - 1m15s836 (27)
17 - Sergio Pérez (MEX/Sauber-Ferrari) - 1m15s979 (35)
18 - Jean-Eric Vergne (FRA/STR-Ferrari) - 1m16s052 (33)
19 - Heikki Kovalainen (FIN/Lotus-Renault) - 1m16s514 (33)
20 - Luiz Razia (BRA/Lotus-Renault) - 1m17s595 (31)
21 - Timo Glock (ALE/MVR-Cosworth) - 1m18s140 (29)
22 - Jerome D'Ambrosio (BEL/MVR-Cosworth) - 1m18s653 (29)
23 - Daniel Ricciardo (AUS/Hispania-Cosworth) - 1m18s952 (33)
24 - Jan Charouz (TCH/Hispania-Cosworth) - 1m19s577 (37)

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Após tie-break de tirar o fôlego, Brasil perde para a Itália na Copa do Mundo (Postado por Erick Oliveira)

Após um tie-break desaconselhável para cardíacos, o Brasil foi derrotado pela Itália por 3 a 2 (25/16, 20/25, 18/25, 25/21 e 22/20), nesta terça-feira, em Kagoshima, pela terceira rodada da Copa do Mundo de Vôlei que está sendo disputada no Japão. Foi a primeira derrota da equipe brasileira, que luta pelo tricampeonato.
- O nosso saque foi menos eficiente em relação ao jogo de ontem e isso prejudica um pouco o trabalho do bloqueio. Além disso, não conseguimos controlar o oposto deles, que fez 27 pontos, e isso, certamente, foi um ponto decisivo a favor deles - disse o técnico Bernardinho.
Agora com duas vitórias em três partidas (sete pontos), o time nacional caiu para a segunda posição e terá como próximo compromisso a Rússia, quinta, em Kumamoto. Os italianos somam cinco pontos e enfrentarão a China. Com o triunfo por 3 a 1 sobre a Argentina, a Polônia assumiu a liderança, com nove pontos conquistados.
- Hoje poderíamos ter sido mais eficientes. Apesar disso, tivemos chances de fechar o jogo e não conseguimos. Mas isso faz parte do voleibol de alto nível e agora é pensar para frente. Temos uma pedreira enorme daqui a 48h, contra a Rússia - concluiu o treinador.
Mostrando estar a fim de jogo, a Itália começou melhor, valendo-se do bom saque, e abrindo 6/3 e depois 16/7, com ótimo aproveitamento de Ivan Zaytsev, filho do lendário levantador russo Viacheslav Zaytsev. Com muita dificuldade na recepção, o time brasileiro teve de se desdobrar na defesa para tentar, sem sucesso, salvar o set. Em mais um ataque mortal de Michal Lasko, a Azzurra liquidou a parcial em 25/16.
O Brasil voltou mais ligado ao jogo e iniciou bem melhor os primeiros movimentos do segundo set, fazendo 6/3 e depois 8/4. Mantendo o controle no marcador, o quadro comandado por Bernardinho empatou o jogo, fechando a parcial em 25/20.
Somente Leandro Vissotto se destacava no ataque, o que se tornava um ponto determinante para o rendimento ineficiente da equipe brasileira. O Brasil largou na frente, mas viu a reação adversária, que virou para 8/6. A seleção, entretanto, voltou melhor após a parada técnica e novamente passou à frente, mudando o panorama para 11/8.
Com Bruninho em lugar de Marlon, o time nacional cresceu em quadra, principalmente com a combinação do levantador com Giba. Outro que subiu de produção foi Murilo, até então com eficiência bem abaixo do normal. Marlon retornou mantendo o nível e, após um ponto de saque executado pelo oposto, o Brasil matou o set em 25/18, virando o placar em Kagoshima.
Sem alternativas, os italianos entraram com tudo no quarto set e, aproveitando-se de passividade dos brasileiros, fizeram 5/2. Bernardinho pediu tempo e recolocou as coisas nos eixos. Serginho operava os milagres costumeiros na defesa e o Brasil virou para 6/5. Porém nova oscilação fez com que o quadro nacional permitisse nova reação contrária e a contagem passou a mostrar 16/12 para a Itália, que se sustentou na dianteira, fechou em 25/21 e igualou o duelo depois de erros de saque e de ataque cometidos por Marlon e Murilo, respectivamente.
O tie-break foi impressionante, de tirar o fôlego, com vantagens e erros de lado a lado. Em uma falha de Lasko, o Brasil igualou em 10/10. Foi a hora de Sidão desferir uma bomba no saque e recolocar o time brasileiro à frente. Mas com o placar em 14/14, Murilo foi bloqueado e a Itália voltou a mandar. A Azzurra teve a chance de matar, porém Sidão salvou com um bloqueio sensacional. Um erro do árbitro, vendo fora um ataque de Lasko (maior pontuador do jogo, com 27 pontos) que morreu na quadra brasileira, fez a seleção respirar novamente. Mas um ace de Travica venceu a defesa brasileira e deu a dramática vitória à Itália na parcial por 22/20 e no jogo por 3 a 2.
 - O campeonato é longo, ainda temos muitos jogos pela frente e, agora, é bola para frente. Ainda temos Rússia e vários outros times muito difíceis e vamos fazer de tudo para conseguir essa classificação - disse Sidão.
O Brasil começou a partida com Sidão, Leandro Vissotto, Giba, Marlon, Lucão, Murilo e o líbero Serginho. No decorrer, entraram Theo, Bruninho e Rodrigão.

Confira os duelos desta terça-feira
Irã 3 x 2 Sérvia (25/17, 18/25, 21/25, 25/21 e 15/11)
Egito 3 x 0 China (25/20, 25/20 e 25/18)
Polônia 3 x 1 Argentina (18/25, 25/20, 25/23 e 25/22)
Japão 0 x 3 Cuba (21/25, 23/25 e 22/25)
EUA 0 x 3 Rússia (18/25, 18/25 e 24/26)

Classificação, com pontos e jogos, com número de vitórias entre parênteses
1º Rússia 9 e 3 (3)
2º Polônia 9 e 3 (3)
3º Brasil 7 e 3 (2)
4º Cuba 6 e 3 (2)
5º Argentina 5 e 3 (2)
6º Itália 5 e 3 (2)
7º Irã 5 e 3 (2)
8º EUA 3 e 3 (1)
9º Egito 3 e 3 (1)
10º Japão 1 e 3 (0)
11º Sérvia 1 e 3 (0)
12º China 0 e 3 (0)

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Firme no saque, Brasil derrota os Estados Unidos na Copa do Mundo (Postado por Erick Oliveira)

Do outro lado da quadra estavam os atuais campeões olímpicos, mas a seleção brasileira não se intimidou. Firme no saque, o Brasil bateu os Estados Unidos por 3 sets a 1, com parciais de 25/17, 25/18, 16/25 e 25/16, e garantiu a sua segunda vitória na Copa do Mundo do Japão. Lucão, com 16 pontos, e Leandro Vissotto, com 18, foram os destaques do confronto. Campeã nas duas últimas edições, em 2003 e 2007, o Brasil acumula duas vitórias pelo grupo B e lidera a classificação geral ao lado da Polônia, com seis pontos. Nem mesmo a ausência do ponteiro Dante, desfalque nesta primeira fase com uma lesão no abdômen, interferiu no desempenho do time, que soube segurar a reação iniciada pelo adversário na terceira parcial da partida.
- Esse foi um dos melhores jogos que fizemos neste ano. Sacamos e bloqueamos muito bem e isso fez a diferença. Foi um bom jogo e sair como o melhor é gratificante. Acho que consegui bloquear bem e o saque do Vissotto facilitou muito para o nosso jogo. O mais importante foi ter somado mais três pontos - disse Lucas.
O jogo começou equilibrado, com as duas seleções forçando o saque e apostando nas jogadas rápidas pelo meio da quadra. Em deixadinha de Stanley para fora, o Brasil fez 4 a 3. As equipes continuaram trocando pontos no início do set até Leandro Vissotto soltar a pancada na diagonal para fazer 8 a 7. Mesmo sofrendo com as investidas de Priddy e Anderson, o conjunto brasileiro abriu três pontos de vantagem após cortada de Sidão pelo meio: 16 a 14. Explorando o bloqueio adversário e firme no saque, o Brasil não deu brecha e abriu 22 a 17. Em boa jogada de Théo no corredor, a bola explodiu na defesa americana e foi para fora: 25 a 17 neste primeiro set. No segundo set, a seleção brasileira seguiu com a estratégia de forçar o saque e tentar dificultar ao máximo a vida da defesa americana. Em jogada rápida pelo meio, Lucão mandou a bola no fundo da quadra para fazer 5 a 3. Os Estados Unidos reagiram, encostaram no placar, mas em pancada de Stanley para fora deixaram o Brasil abrir 8 a 7. Com Vissotto inspirado no saque, Marlon preciso no levantamento e Lucão firme no ataque, o time verde-amarelo anotou 16 a 13. Após bloqueio de Giba em cima de Stanley, a diferença saltou para 20 a 15. A partir daí, foi só administrar a vantagem e fechar a parcial em 25 a 18 depois de ponto de saque de Vissotto.
Os americanos voltaram melhor para o terceiro set e abriram 4 a 2 em jogada de Anderson, que explorou o bloqueio do Brasil. Em largadinha de Stanley após bola que veio graça, os Estados Unidos fizeram 8 a 5. A entrada do levantador Thornton deu agilidade ao time americano, que aproveitou a falta de atenção dos brasileiros para crescer na partida. Em ponto de saque, eles ampliaram a diferença para o Brasil: 16 a 11. A equipe verde-amarela ensaiou uma reação após boas jogadas de Murilo e Giba mas viu os americanos abrirem 20 a 15. Sem recuperar o bom desempenho das primeiras parciais, a seleção acabou derrotada no terceiro set: por 25 a 16.
Os Estados Unidos abriram 4 a 1 no início do quarto set, mas o Brasil acordou rápido, empatou o jogo e fez 6 a 4 após dois pontos de saque de Sidão. A vantagem animou o time brasileiro, que segurou a dianteira e abriu 15 a 10 em pancada de Vissotto no corredor. Com os americanos inseguros e errando na recepção, a seleção brasileira não teve dificuldades para fazer 20 a 14. Em ponto do bloqueio, a equipe verde-amarela fechou o set e o jogo: 25 a 16.
- Foi uma boa partida. Era um jogo tenso, pela perda do Dante, que sentiu uma contusão na estreia, contra o Egito, e estávamos um pouco restritos em relação a eventuais necessidades de mudanças, mas o time jogou colocando uma pressão forte no saque e, com isso, colocamos os Estados Unidos em dificuldades. O ritmo de jogo ainda nos preocupa, mas o time fez uma boa partida e a tendência é melhorar - avaliou o técnico Bernardinho.
O terceiro compromisso do Brasil será contra a Itália, nesta terça-feira, às 4h (horário de Brasília). Os italianos perderam para a Rússia por 3 a 1 na estreia (25/22, 22/25, 22/25 e 21/25) e venceram o Egito na segunda rodada por 3 a 0 ( 25/22, 25/15 e 25/20) A competição garante três vagas nos Jogos Olímpicos de Londres, no ano que vem.

sábado, 19 de novembro de 2011

Destaques do UFC 139, Shogun e Wanderlei buscam glória e redenção (Postado por Lucas Pinheiro)

Amigos fora do octógono, Maurício Shogun e Wanderlei Silva serão as estrelas do UFC 139, que acontece neste sábado, em San José, nos Estados Unidos. Mas os colegas de treino da academia Chute Boxe estão em situações distintas na carreira. Enquanto Shogun busca uma vitória contra o americano Dan Henderson para voltar a disputar o cinturão dos meio-pesados que já lhe pertenceu, Wanderlei encara o vietnamita Cung Le, de 39 anos, sob os olhares atentos do presidente da entidade, Dana White. Uma derrota, ou mesmo uma atuação pouco convincente, seriam a gota d'água para a demissão do "Cachorro Louco". O canal Combate transmite o torneio na íntegra, a partir de 20h50m (de Brasília).

Shogun a um passo de voltar a disputar o cinturão

Para Maurício Shogun, a luta contra Dan Henderson - um clássico entre dois dos maiores ídolos do Pride - tem contornos de semifinal de Copa do Mundo. Após a vitória arrasadora contra Forrest Griffin no UFC Rio, o lutador - ex-campeão dos pesos meio-pesados - está muito próximo de voltar a disputar o cinturão da categoria. Segundo o próprio Dana White, caso vença o combate deste sábado, Shogun terá dado um passo importantíssimo para tentar retomar o título perdido para Jon Jones nos UFC 128.

- Claro que o meu maior sonho é reconquistar o título, mas agora o meu pensamento está totalmente voltado para o Dan Henderson - disse Shogun.

O americano, de 41 anos de idade, retorna ao UFC após nocautear ninguém menos que o russo Fedor Emelianenko, o maior peso pesado da história do MMA, no Strikeforce. No auge da forma, Hendo, como é conhecido nos EUA, entra no combate como franco-atirador.

- Vou para a luta sem pensar muito no que vem a seguir. Vencer Shogun é o meu objetivo. Ele é um lutador que vem tendo altos e baixos nos últimos tempos, diferente do atleta que dominou por muito tempo o Pride. Se ele estiver em forma e motivado, é muito difícil vencê-lo. Mas se estiver em um mau dia, ou fora da forma física perfeita, seu rendimento cai muito. Vamos ver o que acontece - disse o veterano.

Wanderlei Silva luta sob a ameaça de demissão do UFC

Um dos lutadores mais queridos pelo público, Wanderlei Silva sobe ao octógono do UFC disposto a provar para Dana White e para os seus fãs que ainda pode fazer boas lutas no MMA. Após quatro derrotas nas últimas seis lutas - a última delas em apenas 27 segundos para Chris Leben, no UFC 132 - o "Cachorro Louco" terá a última oportunidade de mostrar a Dana White que pode seguir nas fileiras da maior entidade de MMA do planeta. Fã confesso do brasileiro, o presidente da organização já se disse preocupado com a sua integridade física.

- Sou fã de Wanderlei Silva. Gosto dele como pessoa e o respeito muito como lutador. Não quero vê-lo sendo nocauteado uma vez atrás da outra. Mesmo que ele seja um atleta que renda muito para o UFC em visibilidade, eu não quero um dólar que seja vindo do sacrifício de uma grande pessoa como ele. Se Wanderlei mostrar no ringue que pode seguir lutando em alto nível, muito bem. Se for nocauteado ou lutar mal, teremos de sentar e conversar - disse o dirigente.

Para o brasileiro, as lições das últimas lutas - em especial a derrota para Chris Leben - foram assimiladas.

- Errei na última luta. Paguei caro e sofri por isso. Mas aquela derrota me abriu os olhos e agora estou bem preparado para provar no sábado que posso continuar lutando.

Seu adversário, o vietnamita Cung Le, de 39 anos, faz sua estreia no UFC. Com sete vitórias e uma derrota na carreira no MMA, Le é um grande nome do cenário de lutas de San JOsé, na Califórnia. Além de ter tido grande sucesso no Strikeforce, participou de inúmeros filmes de ação. Especialista em muay thai, tem nos chutes fortes e bem colocados sua marca registrada.

- Respeito muito Wanderlei Silva, que é um ícone do MMA, e estou muito feliz por finalmente lutar no UFC. Mas isso não é o bastante para mim. Quero sair do octógono vencedor, e sei que meus chutes serão lembrados por um bom tempo após esta luta - disse Cung Le.

Duelo brasileiro no card preliminar

Além das duas lutas principais do evento, o UFC 139 terá um duelo de brasileiros no card preliminar: os pesos leves Rafael dos Anjos e Gleison Tibau se enfrentam em busca de uma chance na fila de desafiantes do campeão da categoria, o americano Frank Edgar. Tibau vem de duas vitórias seguidas, contra Kurt Pellegrino, por decisão dividida, e Rafaello Oliveira, por submissão. Já Rafael dos Anjos venceu quatro das suas últimas cinco lutas. Sua última derrota foi para o americano Clay Guida, no UFC 117, quando teve a mandíbula fraturada pelo adversário. Seu último rival foi o australiano George Sotiropoulos, vencido por nocaute em menos de um minuto no primeiro round do UFC 132.

Confira o card completo para o UFC 139:

Card principal

Dan Henderson x Mauricio "Shogun" Rua
Cung Le x Wanderlei Silva
Brian Bowles x Urijah Faber
Martin Kampmann x Rick Story
Stephan Bonnar x Kyle Kingsbury

Card preliminar

Ryan Bader x Jason Brilz (com transmissão do SporTV.com)
Michael McDonald x Alex Soto (com transmissão do SporTV.com)
Tom Lawlor x Chris Weidman
Nick Pace x Miguel Angel Torres
Rafael dos Anjos x Gleison Tibau
Seth Baczynski x Matt Brown
Shamar Bailey x Danny Castillo

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Aldo faz mudanças nos principais cargos do Ministério do Esporte (Postado por Lucas Pinheiro)

O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, anunciou nesta segunda-feira (14) três novos nomes para os cargos mais importantes do ministério.
A ex-executiva do Banco Mundial Paula Pini assume a Secretaria Executiva; o embaixador Carlos Henrique Cardim comandará a assessoria internacional; e o vice-almirante Afonso Barbosa será o novo secretário nacional de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social.

O anúncio acontece duas semanas depois da posse de Aldo Rebelo no comando da pasta, após a demissão do ex-ministro Orlando Silva, alvo de denúncias de um suposto desvio de dinheiro de convênios firmados entre o ministério e entidades.
Apesar da troca de comando dos principais cargos da pasta, o novo ministro decidiu manter nos quadros do Esporte dois dos três secretários da gestão Orlando Silva.
O único dos secretários a sair é o ex- secretário Nacional de Esporte, Wadson Ribeiro, apontado nas denúncias como um dos responsáveis pelas assinaturas de convênios sob suspeita.
Ribeiro voltará para Minas Gerais onde se ocupará com questões partidárias. Wadson Ribeiro é filiado ao PC do B, mesmo partido de Aldo e do ex-ministro Orlando Silva. O secretário-executivo, Waldemar Manoel Silva de Souza, e a chefe da assessoria internacional Ana Prestes, permanecem trabalhando no Ministério do Esporte, mas fora dos cargos de comando.

De acordo com Aldo Rebelo, é importante manter os atuais secretários para “passar a memória”. "Mesmo que os secretários continuem faremos mudanças na adequações políticas das atividades", disse Rebelo, referindo-se aos convênios com as organizações não governamentais.
Ainda não há data específica para que os novos secretários assumam suas funções.
Rebelo disse que nenhum dos novos secretários anunciados é filiado ao PC do B. Segundo ele, a escolha foi feita com base em critérios técnicos, políticos, administrativo, de capacidade intelectual e de afinidade pessoal.
“Todos são ligados ao PC do B, mas sem filiação partidária e sem militância”, afirmou o ministro.
Perguntado sobre a opção por nomes não ligados diretamente ao Esporte, Rebelo reagiu. “Eu creio que são ligados ao esporte se se considera o esporte como o tema importante da política pública no Brasil e que até hoje não foi levado ao grau de importância que o país merece”.
A pauta inicial de trabalho da nova cúpula do Esporte, segundo o ministro, são os assuntos relacionados à organização da Copa do Mundo de 2014 e das Olímpiadas de 2016.
“A pauta, de certa forma, já está posta. É preciso apenas que a nova secretária-executiva acompanhe todas as medidas relacionadas com o cumprimento do cronograma de realização, os contratos e a execução das obras. Tudo isso é desafio da nova secretária”, disse.
Paula Pini foi escolhida por Aldo Rebelo para ocupar o segundo cargo mais importante da pasta também pela experiência de mais 20 anos com desenvolvimento urbano. “É uma executiva capaz e eficiente que reúne capacidade importante para o ministério, experiência na área de mobilidade urbana, o que vamos precisar para a Copa e as Olimpíadas”, afirmou Rebelo.
Convênios
O ministro do Esporte falou ainda sobre medidas para evitar fraudes em contratos com ONGs. Rebelo afirmou que, apesar de não haver “animosidade” em relação às ONGs, a prioridade é firmar parcerias com entidades públicas.
De acordo com o ministro, cerca de 60 contratos já assinados, mas que não tiveram liberação de recurso, foram suspensos e não serão realizados. Já os convênios assinados e já executados, serão submetidos a um processo de fiscalização para verificar se os serviços estão sendo realizados de forma satisfatória.
No caso dos contratos em execução com ONGs, cerca de 30, será feita uma fiscalização “in loco” por uma equipe de técnicos da pasta e da Controladoria-Geral da União (CGU).
“Depois da fiscalização concluída, na possibilidade de o contrato estar sendo executado satisfatoriamente, ele ira até o fim. Onde for constatado algum problema, vamos examinar o que fazer. Ou seja, dar prosseguimento desde que se conclua que a entidade pode recuperar o serviço ou suspender com as consequências jurídicas”, disse Rebelo.

domingo, 13 de novembro de 2011

Júnior Cigano nocauteia Velásquez e conquista título dos pesados do UFC (Postado por Erick Oliveira)

O brasileiro Júnior "Cigano" dos Santos conquistou o cinturão dos pesos-pesados do UFC neste sábado, ao derrotar o mexicano-americano Cain Velásquez por nocaute, em apenas 1m04s de luta, em Anaheim, EUA. Ele se tornou o primeiro representante do país a deter o título absoluto da categoria - seu "padrinho", Rodrigo Minotauro, foi campeão interino dos pesados. Foi sua 14ª vitória em 15 lutas na carreira, e a primeira derrota de Velásquez em 10 combates no seu cartel.
Considerado a "zebra" da luta, Cigano entrou, como de costume, sob o tema do filme "Rocky, o Lutador", cujo personagem principal também entrava nos ringues desacreditado. Velásquez, por sua vez, entrou celebrado ao som de um "mariachi", música típica do México. Ao ser apresentado, Júnior foi muito vaiado, mas manteve a expressão séria. O mexicano-americano, por sua vez, se mostrava tenso, mas concentrado e preparado para a batalha.
Velásquez começou com um chute baixo, mas Cigano também acertou um cruzado de direita. O mexicano-americano quase derrubou o catarinense ao segurar uma pisada, mas ele defendeu bem. Velásquez se arriscou no jogo de pé, e sua falta de ritmo após mais de um ano afastado do octógono foi sentida. Cigano atacou e acertou um gancho de direita que derrubou o campeão. Júnior não desperdiçou a oportunidade e partiu para cima do adversário, castigando-o com marretadas até ser interrompido pelo árbitro "Big" John McCarthy com 1m04s de primeiro round.
- Não tenho palavras para explicar. Quero agradecer ao meu time e minha família, tenho gente muito boa na minha vida. Cain Velásquez foi o cara mais duro que já enfrentei, estava com medo de enfrentá-lo, eu não estava 100% para esta luta. Estou muito feliz - declarou Cigano, que não segurou o choro de emoção.
Cain Velásquez admitiu que sua atuação não foi à altura de seu nível.
- Desculpem-me, eu vou voltar. Ele meio que mexeu com meu equilíbrio, é muita força. Eu esperei muito para ele vir pra cima e ele fez o que tinha que fazer. Parabéns para ele - lamentou Velásquez.
Com o título de Cigano, o Brasil igualou o número de cinturões do UFC com os EUA - agora, são três campeões brasileiros (Anderson Silva, dos pesos-médios, e José Aldo, dos pesos-pena, são os outros) e três campeões americanos (Dominick Cruz, dos pesos-galo, Frankie Edgar, dos pesos-leves, e Jon Jones, dos pesos-meio-pesados). A única categoria com campeão de outra nacionalidade é a meio-médio (Georges St-Pierre, do Canadá).

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Romário insinua: 'Não levo nenhum da CBF, talvez Pelé leve...' (Postado por Lucas Pinheiro)

A metralhadora-giratória de Romário não para. O deputado federal, que já assumiu que está pensando em se candidatar a prefeitura do Rio de Janeiro, voltou a mirar em Pelé. Durante um evento realizado na tarde desta sexta-feira, em São Paulo, o ex-atacante criticou fortemente o Rei do Futebol. No início da semana,  Pelé disse que Romário e Ricardo Teixeira tinham um problema pessoal.

- Eu tinha prometido nunca mais falar do Pelé porque ele fala tanta m... Como eu já disse antes, o Pelé calado é um poeta. Ele não tem consciência do que acontece no país – disse Romário.

Romário tem questionado Teixeira sobre corrupção no futebol. O mandatário da entidade máxima do futebol brasileiro foi alvo, em maio deste ano, de denúncias feitas pelo jornalista inglês Andrew Jennings, que escreveu um livro sobre corrupção na Fifa. Romário lembrou o caso de 2002, quando disse que o presidente da CBF apertou sua mão garantindo sua convocação (que depois não aconteceu) e disse que sua ação agressiva no congresso não tem a ver com isso. E fez uma insinuação pesada sobre Pelé:

- Eu não guardo mágoas porque não sou babaca. Sou deputado federal e tinha de fazer o meu papel. O Pelé tinha de se candidatar para conhecer de regra. E tem de calar a boca. E não levo nenhum da CBF não! Talvez ele leve. Deve ser por isso...

O ex-jogador também criticou a postura da CBF na montagem da equipe de futebol que disputou os Jogos Panamericanos em Guadalajara. Para ele, a Seleção sofre rejeição do povo por conta das atitudes do presidente da entidade.

- A rejeição não é com jogadores e com camisa, é bastante justificada pelas coisas que vêm acontecendo na Seleção nos últimos anos. É imperdoável o Brasil ir ao Pan e não levar os melhores jogadores daquela idade. Quatro ou cinco nunca foram titulares nos seus times. Isso é falta de respeito com torcedor. Isso é falta de respeito  do presidente da CBF porque a Globo não foi (dona dos direitos de transmissão) e sim a Record. Isso é uma sacanagem. A Globo não tem culpa disso, mas como não foi, o presidente não deu o valor devido ao esporte.

As críticas de Romário, que pediu licença do Congresso para trabalhar para a Rede Record como comentarista no Pan-Americano de 2011, ocorrem porque a CBF enviou para a disputa do Pan uma seleção Sub-20. No Pan de 2007, disputado no Rio de Janeiro,  que teve transmissão de Rede Globo (e de outras emissoras), a entidade enviou uma seleção Sub-17, que foi eliminada na primeira fase da competição. 

Em novo drama, Brasil vira sobre a China e segue vivo na Copa do Mundo (Postado por Erick Oliveira)

Em duelo muito equilibrado e, mais uma vez marcado pela emoção, o Brasil derrotou a China por 3 a 2 (parciais de 25/23, 25/27, 21/25, 25/20 e 17/15), na manhã desta sexta-feira, em Sapporo, pela 6ª rodada da Copa do Mundo de Vôlei, que está sendo disputada no Japão. Com mais uma virada sensacional (tal como aconteceu contra Coreia e Sérvia), a seleção mostrou força na luta pelo título da competição e de uma vaga para os Jogos Olímpicos de Londres, em 2012..
As meninas brasileiras voltarão à quadra na virada de sexta para sábado (meia-noite) contra a líder Itália, que venceu todos os seis compromissos disputados e soma 17 pontos, cinco a mais que as brasileiras, que ocupam a quinta colocação e, dos cinco jogos que ainda restam a fazer, terão pela frente as fracas Argentina, República Dominicana e Argélia.
Diferentemente dos jogos anteriores, o Brasil começou “ligado” e, com destaque para Sheilla, abriu 5/0 e depois 14/6, também contando com o bloqueio da muralha Thaisa. O jovem time chinês, no entanto, buscou se encontrar e reagiu no set. Voltando a mostrar inconstância, a seleção viu às adversárias encostarem.
Com o placar em 23/22, o árbitro americano errou em um lance de ataque do quadro oriental, dando ponto para o Brasil, quando na realidade a bola desviou em Mari antes de tocar na antena. O lance acabou sendo capital, pois bastou manter a vantagem para o time de José Roberto Guimarães fechar em 25/23.
O panorama da segunda parcial foi de equilíbrio. Após iniciar com 2/0 contra, as brasileiras viraram e lideraram o marcador até 13/12, quando o quadro da China novamente igualou e depois virou em 18/17. Os instantes finais do set foram com as equipes se revezando na liderança do placar até as chinesas fecharem em 27/25.
Sob o comando da oposta Junjing Yang, a China começou avassaladora a terceira parcial, fazendo logo 5/0. A equipe nacional, por sua vez, parecia sentir a derrota no set anterior, e tinha em Mari uma peça destoante. Como nas partidas anteriores na competição, a excelente atacante não cumpria boa atuação, porém mostrou um saque poderoso, que levou o Brasil a uma reação, reequilibrando o duelo e ajudando a igualar a contagem em 9/9.

Novamente retomando as ações com jogo de muita velocidade, as chinesas voltaram à dianteira, abrindo 15/10. Mesmo com boa performance nos bloqueios, as meninas brasileiras não suportaram e, com seguidos erros no ataque, acabaram caindo por 25/21, levando a virada na partida.
O quarto set foi marcado pelo equilíbrio, com o Brasil, de uma Paula Pequeno quase imparável, finalmente passando à frente em 16/15 e depois ampliando para 18/15. Brindando o público com defesas sensacionais, as brasileiras buscaram a vitória e, em um ataque de Fabiana, definiram a parcial em 25/20.
Como reflexo do embate, o tie-break também foi marcado pelo equilíbrio. Após empate em 7/7, a China retomou a ponta, porém, em mais uma reação espetacular, a seleção brasileira venceu por 17/15 e matou o jogo, mostrando estar mais firme do que nunca na luta pelo título da Copa do Mundo e por uma vaga à Londres 2012.

O Brasil começou jogando com Fabiana, Paula Pequeno, Thaisa, Mari, Sheilla, Fabíola e a líbero Fabi. Entraram no decorrer Sassá, Camila Brait, Dani Lins e Tandara.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Dana White confirma luta entre Anderson Silva e Chael Sonnen (Postado por Erick Oliveira)

O que todos que acompanham MMA já imaginavam foi confirmado nesta quinta-feira pelo presidente do UFC, Dana White: Anderson Silva vai defender o cinturão dos médios contra Chael Sonnen mais uma vez. Perguntado no programa de rádio de Jim Rome se essa seria a próxima disputa de título da categoria, o dirigente respondeu:
- É a luta que todo mundo quer ver. Anderson está em uma posição em que acha que esse cara é tão desrespeitoso que não quer dar a ele a chance de disputar o título, mas vai acabar lutando com Chael Sonnen. A resposta é sim - disse White.
O presidente do UFC, entretanto, não falou sobre qual a data e em que edição será a luta. Mas a tendência é que ocorra depois da edição 143 do evento.
Sonnen e Anderson Silva se enfrentaram pela primeira vez no UFC 117, em agosto de 2010. Na ocasião, o americano dominou os cinco rounds, mas acabou perdendo no fim por submissão. O Spider, que alega ter lutado com uma lesão na costela, encaixou um triângulo restando 2m50s para o término do combate.
Na mesma noite, Sonnen foi pego no exame antidoping e depois suspenso, retornando somente neste ano com vitória sobre Brian Stann, em outubro, obrigando o adversário a desistir após aplicar um katagatame ainda no primeiro round.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Brasil ‘acorda’, vira na marra e bate a Sérvia pela Copa do Mundo (Postado por Erick Oliveira)

Depois de perder os dois primeiros sets, a seleção brasileira feminina de vôlei mostrou poder de reação e, no tie-break, derrotou a Sérvia por 3 sets a 2 (21/25, 21/25, 25/18, 25/19 e 15/12), nesta quarta-feira, em Toyama, conhecendo sua quarta vitória na Copa do Mundo no Japão. O time nacional, que já cumpriu cinco compromissos em 11 possíveis, ocupa provisoriamente a quinta posição. Apenas três garantem vaga para os Jogo de Londres, em 2012.
O próximo compromisso do Brasil será sexta-feira, contra a China, em Sapporo, novamente às 4 horas (horário de Brasília), com transmissão da Globo e do Sportv. IItália, Estados Unidos (que jogam nesta quarta contra Alemanha) e China estão à frente das brasileiras.
- Estou orgulhoso do time. O banco foi determinante no resultado final. A Sassá e a Camila Brait entraram muito bem. Foi uma partida difícil. A Sérvia jogou fácil nos dois primeiros sets. Elas têm um time muito bom. Já temos que pensar na China e continuar nossa luta pela vaga olímpica - disse o técnico Zé Roberto.
O jogo
A equipe brasileira começou com Fabíola como levantadora no lugar de Dani Lins, repetindo a formação que encerrou a partida contra a Coreia. Pouco agressivo em seus ataques, porém, o Brasil não iniciou bem, vendo o predomínio da jovem seleção sérvia, que chegou a abrir 12/7 e depois 19/13, sem dar chances ao bloqueio brasileiro.
Das atacantes, somente Paula Pequeno mostrava jogo e virava para o time nacional, enquanto Mari e Sheilla apresentavam desempenho abaixo do esperado. Apesar de uma tênue reação das brasileiras, o time europeu fechou a primeira parcial em 25/21.
O segundo set foi marcado pelo equilíbrio inicial e pelo crescimento da seleção comandada por José Roberto Guimarães, que passou à frente do marcador fazendo 12/8 e parecia respirar na partida. No entanto, mais uma vez, a seleção “apagou” em quadra e, errando muito nos passes, permitiu a recuperação do time adversário que fez 17/15, 22/16 e fechou novamente em 25/21.
Com 2 a 0 contra, o Brasil entrou para o terceiro set sem outra alternativa, que não fosse a vitória. Mais ligadas, as meninas brasileiras logo conseguiram 4/0 e depois 9/5, indicando novas perspectivas para a equipe nacional. A recepção brasileira, entretanto, voltou a falhar, e o duelo, a ficar equilibrado, em 11/9 para a seleção. Foi então que, já com Sassá em quadra, o quadro nacional acertou o passe e retomou as rédeas, finalizando em 25/18 após ponto de Fabiana.
Reconhecendo a eficiência de sua experiente jogadora, José Roberto manteve Sassá em quadra para a quarta parcial, saindo a apagada Mari. A partida, agora, era parelha, com as equipes se alternando na liderança do marcador. Depois de novo descontrole, que permitiu vantagem às rivais, o Brasil reagiu e passou à frente novamente, fazendo 18/15 e fechou em 25/19, empatando o jogo e levando a decisão para o tie-break.
O set decisivo foi o mais emocionante. Sempre com a agressividade de Paula Pequeno, muito bem acionada por Fabíola (que cumpriu ótima performance), as meninas mostraram equilíbrio até então não visto na partida e, com atuação decisiva de Thaísa na rede, venceram por 15/12, definindo a dramática vitória.
O time do Brasil começou a partida com Fabiana, Fabíola, Paula Pequeno, Thaisa, Mari, Sheila e a líbero Fabi. Entraram no decorrer Dani Lins, Tandara, Sassá, Dani Lins, Camila Brait.
Alemanha vence os Estados Unidos
Em partida emocionante, a Alemanha acabou com a invencibilidade dos Estados Unidos. Embora a seleção europeia tenha fechado em 3 sets a 0, as americanas não venderam a derrota facilmente. Na primeira parcial, 32 a 30 para as alemãs. A vitória foi confirmada com 25/19 e 26/24 nas parciais seguintes. Agora, apenas Itália ainda não perdeu na competição.
Confira outros jogos desta quarta-feira:
China 3 x 0 Argentina (25/10, 25/18 e 25/23)
Coreia 3 x 0 Quênia (25/21, 25/15 e 25/14)
Itália 3 x 0 Argélia (25/14, 25/14 e 25/15)

Alemanha 3 x 0 EUA (32/30, 25/19 e 26/24)

terça-feira, 8 de novembro de 2011

No sufoco, Brasil bate a fraca Coreia por 3 a 2 pela Copa do Mundo de Vôlei (Postado por Erick Oliveira)

Com uma atuação bem abaixo do esperado, a seleção brasileira feminina de vôlei derrotou a Coreia do Sul (18ª do ranking) no tie-break, por 3 sets a 2 (parciais de 22/25, 25/18, 18/25, 25/13 e 15/8), na manhã desta terça-feira, em Toyama, chegando à terceira vitória em quatro jogos pela Copa do Mundo, que está sendo realizada no Japão. Por ter permitido dois sets ao rival, o time nacional somou apenas mais um ponto, o que compromete na luta pelo título.
Agora com oito no total, o Brasil ocupa a 4ª posição, atrás dos EUA (12 pontos), Itália (11) e China (nove). Alemanha e Sérvia, ambas com seis, se enfrentam nesta terça e uma delas poderá ultrapassar o quadro brasileiro. No complemento da rodada, as anfitriãs japonesas (quatro pontos) duelam com a fraca equipe da Argélia, que ainda não pontuou.
O Brasil volta a jogar na quarta-feira, novamente a partir da 4 horas (com transmissão da Globo e do Sportv), desta vez contra as sérvias. Já a Coreia terá pela frente o time africano do Quênia, outro ainda sem pontuar.
Após um início aparentemente tranquilo para o time nacional, e que projetava fácil vitória no set, as meninas brasileiras assistiram a uma reação coreana. Liderado pela atacante Kim Yeon-Koung e Hwang Youn-Joo, o quadro oriental chegou a passar à frente no marcador em 15/14, abriu em 22 /18 e fechou surpreendentemente em 25/22, ganhando sua primeira parcial até então na competição (as derrotas para Sérvia, Alemanha e EUA).
Mais ligado, o Brasil partiu para o segundo set com o intuito de apagar a má impressão deixada no anterior. Sem contar com o brilho de Paula Pequeno e Mari, muito abaixo do normal, a equipe do técnico José Roberto Guimarães dependida da agressividade de Sheilla que, no entanto, parecia com incômodo no ombro direito. As duas ponteiras cresceram um pouco de produção e, com isso, a seleção se reequilibrou, vencendo a parcial por 25/18 depois de um erro de saque coreano.
Irreconhecível, a seleção voltou a desandar na parcial seguinte. Desatentas e com pouca eficiência no ataque, as meninas brasileiras viram as adversárias abrirem 9 a 4, ampliarem para 17 a 11 e finalizarem com surpreendentes 25/18, quando Sassá foi bloqueada.
Sem alternativas, o Brasil foi com tudo para o quarto set. Com a possibilidade de obter somente dois pontos com a vitória (triunfo por 3 a 2 vale dois pontos para a vencedora e um para a perdedora), a equipe nacional voltou melhor para o jogo. Abriu 7/1 e logo matou facilmente em 25/13, levando a partida para um impensado tie-break.
Motivado com a tranquila vitória na parcial anterior, o quadro de José Roberto Guimarães voltou a se impor no set decisivo, fez 15/8 e selou a vitória em 1h54m de luta, espantando de vez a zebra coreana.
O time brasileiro começou a partida com Fabiana, Dani Lins, Paula Pequeno, Thaissa, Mari e a líbero Fabi. Entraram no decorrer Camila Brait, Tandara, Fabíola, Sassá e Juciely.
Confira outros resultados desta 4ª rodada
China 3 x 1 República Dominicana (23/25, 25/13, 25/19 e 25/18)
EUA 3 x 0 Quênia (25/16, 25/13 e 25/21)
Itália 3 x 0 Argentina (25/19, 25/10 e 25/19)




segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Trio de arbitragem de América-MG x Corinthians é agredido em São Paulo (Postado por Lucas Pinheiro)

O trio de arbitragem do jogo América-MG x Corinthians foi agredido nesta segunda-feira ao desembarcar no aeroporto de Congonhas, em São Paulo. Após a polêmica atuação na partida em Uberlândia, o árbitro Jean Pierre Gonçalves Lima e seus auxiliares, Altemir Hausmann e Julio Cesar Rodrigues Santos, todos do Rio Grande do Sul, foram cercados por quatro torcedores, dois deles com o uniforme de uma torcida organizada do Corinthians.

A informação foi confirmada pelo auxiliar Altemir Hausmann, que está passando por exame de lesão corporal no Instituto Médico Legal (IML) junto com seus companheiros.

- Recebemos alguns pontapés, mas não foi nada grave. Estamos agora no IML fazendo alguns exames e por isso não posso falar muito. Mas dois deles estavam com o uniforme de uma torcida do Corinthians e precisamos ser socorridos pela Polícia Federal e pelos seguranças do aeroporto.

A torcida do Corinthians reclama do pênalti assinalado por Jean Pierre, que resultou no primeiro gol do América-MG.

Em seu site oficial, o Corinthians publicou uma nota de repúdio ao ocorrido nesta manhã. Veja a íntegra do comunicado:

Em relação aos fatos ocorridos na manhã desta segunda-feira (07), o Sport Club Corinthians Paulista repudia toda e qualquer forma de violência. Este não é o caminho para decisão do ponto de vista esportivo ou de qualquer natureza.
Quando um atleta do maior rival do Corinthians foi agredido por torcedores do próprio clube, o Corinthians além de repudiar o ocorrido foi a público através de seu presidente, Andrés Sanchez, para deixar claro que apoiava a decisão de paralisação do Campeonato e comunicou sua posição ao presidente do Sindicato de Atletas do Estado de São Paulo, Rinaldo Martorelli.
O futebol tem as instituições necessárias para que as posições do clube possam ser comunicadas evitando qualquer ato de violência.

sábado, 5 de novembro de 2011

Reservas arrasam Quênia, e Brasil se recupera na Copa do Mundo do Japão (Postado por Lucas Pinheiro)

O adversário, dessa vez, facilitou. Depois de uma estreia ruim contra os Estados Unidos, a seleção brasileira entrou em quadra com o time repleto de reservas e mesmo assim não deu qualquer chance à fraca seleção do Quênia. Absoluto, o time de José Roberto Guimarães venceu o Quênia por 3 sets a 0, parciais 25/15, 25/16 e 25/9, em apenas 1h01m na Copa do Mundo do Japão, em Nagano.

O próximo compromisso da equipe no grupo B será mais complicado. Na madrugada deste domingo, às 4h, as titulares brasileiras voltam à quadra contra a Alemanha, tentando confirmar a recuperação depois da derrota na primeira partida, no Nagano White Ring. O canal SporTV transmite todos os lances ao vivo.

O destaque da partida foi a oposta Tandara, eleita a melhor jogadora da partida e principal pontuadora, com 15 pontos. Garay, com 11 pontos, foi outra a ir bem.

- O jogo de hoje (sábado) foi diferente do que a nossa estreia contra os Estados Unidos. O Zé pôde colocar todo mundo para jogar e quem veio do banco fez a sua parte. A Copa do Mundo é um campeonato longo e vamos precisar de todas as jogadoras - disse Tandara.

Das jogadoras que iniciaram o duelo contra os Estados Unidos na estreia, apenas Dani Lins, Fernanda Garay e a líbero Fabi foram para o jogo. Ciente de que não teria problemas contra as quenianas, Zé Roberto preferiu poupar seus principais nomes e foi à quadra com Juciely, Dani Lins, Adenízia, Sassá, Tandara, Garay e Fabi. Fabiana, Paula Pequeno, Sheilla e Mari nem chegaram a entrar.

Já no primeiro set, um banho. Sem tomar conhecimento das quenianas, as reservas brasileiras venceram a falta de entrosamento para derrotar as rivais por 25 a 15. O ritmo foi mantido na parcial seguinte, apesar do esforço das africanas: 25 a 16.

O set final foi ainda mais tranquilo. Entregues, as quenianas passaram a errar ainda mais. Saques na rede, recepções erradas e passes sem direção. E o Brasil aproveitou. Após ataque de Tandara, a recepção queniana falhou, e a seleção fechou a partida em 25 a 9.

EUA vencem mais uma

Depois de vencerem o Brasil na estreia, os EUA voltaram a mostrar sua força na segunda partida. As jogadoras americanas derrotaram a Sérvia por 3 sets a 0, parciais 26/16, 27/25 e 25/20, e chegaram ao segundo triunfo. No outro jogo do grupo B, as alemãs passaram pela Coreia do Sul também por 2 sets a 0 (25/20, 25/16 e 25/15).

Pelo grupo A, o Japão conseguiu sua primeira vitória em casa, contra a Argentina, por 3 x 0 (25/19, 25/11 e 25/20). Nas outras partidas, as dominicanas derrotaram a Argélia (25/7, 25/15 e 25/20), e as italianas passaram pelas chinesas por 3 x 2 (25/20, 22/25, 21/25, 25/21 e 15/12).

Os jogos de sábado:

Grupo A
República Dominicana 3 x 0 Argélia (25/7, 25/15 e 25/20)
Itália 3 x 2 China (25/20, 22/25, 21/25, 25/21 e 15/12)
Japão 3 x 0 Argentina (25/19, 25/11 e 25/20)

Grupo B
Alemanha 3 x 0 Coreia do Sul (25/20, 25/16 e 25/15)
EUA 3 x 0 Sérvia (25/16, 27/25 e 25/20)

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

'Supercampeã olímpica', jovem de SP quer estudar astrofísica em Harvard (Postado por Erick Oliveira)

Mais do que 30 medalhas conquistadas em olimpíadas de física, química, informática, matemática, astronomia, robótica e linguística no mundo todo, a estudante Tábata Cláudia Amaral de Pontes, de 17 anos, moradora de São Paulo, guarda lembranças, contatos, culturas e histórias dos amigos estrangeiros que fez por onde passou.
Bolsista do Etapa,Tábata que é filha de uma vendedora de flores e um cobrador de ônibus conclui em 2011 o terceiro ano do ensino médio e encerra a vida de "atleta." O próximo desafio é ingressar na universidade. A jovem quer estudar astrofísica e ciências sociais na Harvard University, nos EUA, ou em outra instituição de ensino superior americana. Está participando de oito processos seletivos para conseguir bolsa de estudos.
Também vai prestar física na Fuvest, medicina na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), e engenharia de aeronaútica no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA).
As medalhas de Tábata estão guardadas na casa dos pais na Vila Missionário, Zona Sul de São Paulo, onde também estão os dois baús repletos de presentes que trocou com os participantes das olimpíadas na China, Turquia e Polônia, e em várias cidades brasileiras. Ela também coleciona moedas e notas em papel.
A primeira medalha foi uma de prata que veio aos 12 anos, em 2005, quando ela fez sua estreia nos torneios estudantis com a Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep). No ano seguinte, ganhou o ouro e bolsa de estudos da escola Etapa, onde vai concluir o terceiro ano do ensino médio neste ano. De lá para cá, foram dezenas de competições e títulos.
Dentre a coleção de prêmios, um dos mais especiais foi a medalha de bronze conquistada em julho deste ano no mundial de química na Turquia. Representantes de 70 países estavam na disputa. Outra medalha marcante foi o ouro da Olimpíada Latino-Americana de Astronomia e Astrofísica (OLAA), realizada no Rio e em Passa Quatro (MG) na semana passada.
"Gosto muito de participar das 'iberos', as pessoas são muito diferentes e muito incríveis. Ficamos amigos e a rivalidade não é tão forte como nos torneios mundiais", diz. Para Tábata, um dos piores resultados foi no mundial de astronomia na Polônia, quando conquistou uma menção honrosa, equivalente ao quarto lugar. A concorrência nesta competição foi acirrada, segundo ela, porque Irã e China, países favoritos, mandaram duas equipes cada um.
"Tenho oportunidade que quase ninguém tem e quando não dá certo fico chateada. Os meninos riem de tudo e aprendo muito com eles", diz Tábata, chorona assumida.
Futuro
A vontade de estudar fora do país tem explicação. Além de conseguir a fluência no inglês e desfrutar da boa qualidade e infraestrutura de ensino, Tábata diz que em Harvard, por exemplo, poderá conciliar os estudos dos cursos de astrofísica e ciências sociais. Ela quer ser astrofísica para trabalhar com pesquisas do universo - sua grande paixão - e socióloga para ajudar pessoas, tocar projetos sociais e retribuir as oportunidades que teve na vida. Para a estudante, a formação em ciências humanas é fundamental. "Com ciência é possível descobrir o mundo. Eu me sinto descobrindo o mundo e fico encantada com o céu. Como alguém pode ver o céu e não acreditar em Deus? É o que lugar onde ele mais se mostra, foi a coisa mais incrível que criou", diz Tábata, que é católica e participa ativamente das atividades da igreja.
Para Tábata, estudar em Harvard vai ser como participar de uma olimpíada por quatro anos consecutivos. "Se eu for aceita, vou estar numa sala onde a maioria dos alunos é estrangeiro. Quero estudar e voltar com riqueza cultural para mudar a educação do Brasil. Sei que vai ser muito difícil, não tenho boas ideias, mas posso ajudar nas pesquisas."
Exemplo para a mãe
Há pouco mais de um ano, Tábata quase teve de desistir da bolsa de estudos do Etapa. Os pais não tinham como arcar com as despesas de transporte e alimentação da filha. Desde então, o Etapa passou a custear um quarto em um hotel próximo à escola na Avenida Vergueiro, em São Paulo, e pagar o almoço da estudante. "Sou muito sortuda", diz.
Tábata costuma voltar para casa da mãe aos domingos, no período da tarde depois de dar aulas de matemática e astronomia para crianças das 5ª e 6ª séries de um projeto chamado Vontade Olímpica de Aprender (VOA) que ela criou.
O VOA reúne cerca de 100 alunos da rede pública de São Paulo que querem participar de olimpíadas. As aulas ocorrem sempre aos domingos de manhã em uma escola pública na Vila Mariana. Tábata orgulha-se em contar que alguns de seus alunos já ganharam medalhas e bolsas de estudo. Além dela, cerca de nove pessoas participam do projeto dando aulas de outras disciplinas.
"Eles são meu xodó. É muito lindo ver uma criança de 5ª série que ganha medalha e estuda porque que quer. Eu tenho todo apoio do meu colégio, mas eles não", afirma.
Até a mãe de Tábata, Maria Renilda Amaral Pires, de 40 anos, se inspirou na dedicação da filha. Maria voltou a estudar e neste ano e vai concluir o ensino médio junto com a garota. O maior desafio de ambas agora é vencer a saudade, caso Tábata realize mais um sonho: o de ser estudante da Harvard.