sexta-feira, 20 de maio de 2011

Mineirinho é campeão na Barra e leva o Brasil pela primeira vez ao topo (Postado por Erick Oliveira)

Ele chegou ao Rio de Janeiro economizando palavras, correndo pelas beiradas. E saiu do mar da Barra da Tijuca, nesta sexta-feira, como número 1 do mundo. Adriano de Souza, Mineirinho, derrotou o australiano Taj Burrow na final do Rio Pro e conquistou pela primeira vez a etapa brasileira do Circuito Mundial. O país, pela primeira vez na história, está na liderança do ranking.
O australiano Joel Parkinson, então vice, chegou a assumir a ponta depois da eliminação do americano Kelly Slater, agora terceiro. O sul-africano Jordy Smith caiu para quarto, posição que o brasileiro ocupava.
- Eu hoje defendi o sangue do Jadson (André), que foi campeão no ano passado. Kelly (Slater), Joel (Parkinson), Taj (Burrow)... são todos grandes surfistas. Mas, se os caras caírem, eu vou tentar o meu melhor - disse, entre lágrimas, o brasileiro.

A quarta das 11 etapas da temporada será em Jeffrey's Bay, na África do Sul, a partir do dia 14 de junho.
Mineirinho passa por baterias e se sagra campeão na Barra
O Circuito Mundial de surfe começou em 1976, ano em que Pepê Lopes conquistou o Waimea 5000 nas ondas do Arpoador. Nesse tempo todo, o melhor resultado de um brasileiro no ranking tinha sido do próprio Mineirinho, quando o paulista do Guarujá abriu o ano com um vice na Gold Coast, em 2009. Mas é de Victor Ribas a melhor campanha em uma temporada inteira: terceiro em 1999.
Pepê foi lembrado no pódio. Além do troféu e dos US$ 100 mil (cerca de R$ 160 mil), Mineirinho ganhou uma prancha pintada com uma imagem do carioca, falecido em 1991 em um campeonato de voo livre.

- Posso morrer feliz da vida, pois venci esse campeonato. Entrei para a história do surfe brasileiro agora. Antes, todo mundo falava que eu poderia, mas era difícil eu acreditar, pois ainda não tinha vencido um grande evento no meu país. Agora o dia chegou. Sabia que essa mudança para o Rio de Janeiro poderia ser boa para mim. E foi o que aconteceu.
A vitória estava engasgada. Mineirinho tinha batido na trave no Brasil em 2009, quando perdeu a final em Imbituba para Kelly Slater. Naquele mesmo ano, conquistou sua primeira vitória no Circuito Mundial. Nas ondas de Sopelana, pico alternativo à mítica Mundaka, no País Basco.
Barra com ar de Mundaka
Houve quem dissesse que a Barra, com ondas de 1,5m e proporcionando tubos, estava com cara de Mundaka. O americano Bobby Martinez, bicampeão da etapa do País Basco, abriu bem o dia, eliminando o compatriota Damien Hobgood. Depois, porém, caiu diante de Taj.
Logo depois, o francês Jeremy Flores derrubava Joel Parkinson, então líder do ranking. O campeão do Pipe Masters vinha de uma derrota amarga, na quarta fase, quando o aussie tirou 9,73 nos últimos segundos. Jeremy bateu Parko, mas não conseguiu parar Taj.
Do outro lado da chave, Mineirinho ia passando aos trancos e barrancos. Na primeira do dia, viu o taitiano Michel Bourez machucar o ombro e desistir da disputa. Mesmo depois de o adversário sair da água, ele continuou lá até o fim dos 30 minutos.
Na bateria seguinte, contra Owen Wright, teve de esperar mais do que o tempo do confronto. Somente quando estava no palanque soube o resultado: um vitória apertada e polêmica. O australiano precisava de 6,71 e tirou 6,60. Sua primeira onda, nota 7,50, tinha sido similar.
Um pouco antes, Taj Burrow dava mais um show. Depois passar por Bobby Martinez, carrasco de Kelly Slater, mandou para casa Jeremy Flores, responsável pela eliminação de Joel Parkinson. Na primeira bateria do dia, tirou 9,33 e 6,93. Na segunda, 8,60 e 7,67 para mandar o pequeno príncipe francês, campeão do Pipe Masters, de volta para casa.
Para ir à final, Mineirinho venceu uma bateria fraca contra o aussie Bede Durbidge, carrasco de Raoni Monteiro na repescagem e campeão em Imbituba em 2008. Sem ondas boas, os dois fizeram um duelo apertado, mas o brasileiro levou a melhor.
- A cada ano que passa venho lutando cada vez mais. Na Austrália, peguei o Taj em um dia inspirado e perdi com uma somatória deele de quase 19,00. Eu sabia que se eu continuasse daquele jeito conseguiria bons resultados durante o ano.
Taj tinha feito uma campanha impecável no campeonato. Na decisão, assustou ao abrir a bateria com uma nota 7,00. O brasileiro, no entanto, conquistou três séries de boas manobras em sequência (6,50; 8,00 e 7,63) e tomou a liderança. O australiano, que iniciou a bateria com tranquilidade, aguardando as melhores oportunidades, passou a arriscar mais. Mas não adiantou. Caiu em três ondas seguidas.
- Quando eu escutava gritos, sabia que era porque ele tinha caído. Meu medo era quando ninguém gritava.
Sob os gritos da torcida na areia, o brasileiro, emocionado, levou as mãos ao rosto e chorou, sem acreditar: era campeão do Rio Pro. No pódio, ajoelhou-se para agradecer ao público.

- Posso dizer que o público me puxou para a minha colocação hoje.
Final:
1. Adriano de Souza BRA 15,63 x 12,17 Taj Burrow AUS
Semifinais:
1. Taj Burrow AUS 16,27 x 10,50 Jeremy Flores FRA
2. Adriano de Souza BRA 9,00 x 8,40 Bede Durbidge AUS
Quartas de final:
1. Taj Burrow AUS 16,26 x 14,43 Bobby Martinez EUA
2. Jeremy Flores FRA 15,60 x 12,17 Joel Parkinson AUS
3. Bede Durbidge AUS 16,03 x 6,27 Josh Kerr AUS
4. Adriano de Souza BRA 14,23 x 14,10 Owen Wright AUS
Quinta fase - repescagem:
1. Bobby Martinez EUA 14,60 x 12,63 Damien Hobgood EUA
2. Jeremy Flores FRA 12,60 x 11,63 Daniel Ross AUS
3. Bede Durbidge AUS 13,43x 12,63 Raoni Monteiro BRA
4. Adriano de Souza BRA 10,73 x 7,90 Michel Bourez TAH
Top 10 do ranking:
1. Adriano de Souza BRA 20.500
2. Joel Parkinson AUS 19.200
3. Kelly Slater EUA16.950
4.Taj Burrow AUS 16.500
5. Jordy Smith AFS 14.750
6. Owen Wright AUS 12.150
7. Michel Bourez TAH 12.000
8. Mick Fanning AUS 11.500
9. Bede Durbidge AUS 11.000
9. Tiago Pires POR 11.000

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Com homenagem ao avô na pele, Bobby manda Kelly Slater para casa (Postado por Erick Oliveira)

Kelly Slater tentou aproveitar o fato de estar hospedado em frente ao palco principal do Rio Pro, na Barra da Tijuca. O decacampeão mundial e líder do ranking chegou à praia apenas 20 minutos antes de sua bateria. Trinta minutos depois de entrar na água, amargou uma derrota precoce, na terceira fase. E ficou esfriando a cabeça, à esquerda do pico, por 1h30m. O carrasco foi o compatriota Bobby Martinez, que carregava no ombro direito uma tatuagem, feita há dois dias, em homenagem ao avô, falecido. O SporTV.com transmite ao vivo a etapa, terceira da temporada.
- Vi umas ondas ali e fui surfar. Foi a primeira vez que puder surfar sozinho - disse Slater, para depois dar autógrafos aos fãs.
Com a derrota de Slater, o australiano Joel Parkinson, vice-líder do ranking, comemora. Na bateria anterior, ele tinha vencido por combinação o também aussie Kieren Perrow.
Joel estava na água quando Slater chegou à praia. E foi só o americano botar o pé na área de atletas que o público voltou-se de costas para o mar. No mezanino, Bobby Martinez se concentrava ao lado da namorada, Cleo. Quando chegou, uma hora antes, exibiu aos amigos a tatuagem, feita em uma loja no Recreio dos Bandeirantes.
- Meu avô, Julian, morreu uns dias antes de o campeonato começar. Eu não pude ir ao funeral, nem queria vir para cá. Fiz uma rosa, pois era a flor favorita dele – contou.
Slater demora a sair da água e vai receber multa por surfar fora da bateria Martinez precisa de uma boa colocação na etapa carioca. É apenas o 22º do ranking mundial e 55º do unificado. Apenas os 32 primeiros da lista unificada se manterão na elite depois da etapa de Nova York, em setembro. No fim do ano, depois do Pipe Masters, haverá outro corte.
- Se ele não vencesse, estaria fora - disse Slater.
Na bateria contra Slater, Bobby virou com um lindo aéreo, que lhe rendeu 7,50. Depois, entrou em um tubo e ganhou 7,00 para deixar o compatriota precisando de 7,67. Slater achou também um tubo, ainda maior, mas não consegui virar. Ganhou 7,24. Permaneceu na água por um longo tempo, tentando despistar os fãs.
Segundo as regras da Associação dos Surfistas Profissionais (ASP), cada onda surfada fora da bateria ,com a camisa de lycra do campeonato, custa uma multa de US$ 500,00. Surfou dez. Terá US$ 5 mil descontados da premiação de US$ 9,5 mil.
- Podem multar - disse.
Quando enfim saiu da água, teve de correr para entrar no palanque. O público o cercava. Abriram uma grade, Slater entrou, e pediu para um amigo devolver sua camiseta à organização.
- Não sou o novo herói. Eu venci o herói – disse Bobby.
Parko vence por combinação; prancha de Perrow quebra
Depois de tropeçar na estreia e se recuperar na repescagem – com direito a uma nota 9,00, Joel Parkinson também chegou cedo para sua bateria na terceira fase. Ao lado do treinador, perto de Martinez, via o compatriota Adam Melling, carrasco de Alejo Muniz e único a igualar seu 9,00, ser eliminado pelo francês Jeremy Flores. Os dois conversavam atentamente, alheios à criança que chorava ao lado, na área VIP.
Quando a buzina que indica o início de bateria tocou, abriu o duelo com uma nota 7,00. Aos 10 minutos, fez três manobras e trocou sua menor nota por 6,17. Com 13,17 pontos, deixou Perrow em combinação. Perrow arrancou um 5,00 a oito minutos do fim e passou a buscar 8,17. Mas Joel aumentou a diferença na onda seguinte, com uma nota 8,00. E Perrow viu sua prancha se quebrar. De novo em combinação, se despediu do campeonato.

Terceira fase:
1. Taj Burrow AUS 14,66 x 10,84 Cory Lopez EUA
2. Damien Hobgood EUA 11,33 x 4,03 Heitor Alves BRA
3. Daniel Ross AUS 12,17 x 7,97 Adrian Buchan AUS
4. Jeremy Flores FRA 16,50 x 6,77 Adam Melling AUS
5. Joel Parkinson AUS 15,07 x 7,83 Kieren Perrow AUS
6. Bobby Martinez EUA 14,50 x 14,10 Kelly Slater EUA
7. Josh Kerr AUS 13,86 x 13,17 Jordy Smith AFS
8. Adriano de Souza 15,93 x 11,87 CJ Hobgood EUA
9. Bede Durbidge AUS 12,17 x 11,50 Patrick Gudauskas AUS
10. Owen Wright AUS 11,66 x 9,80 Taylor Knox EUA
11. Michel Bourez TAH 19,10 x 6,83 Jadson André BRA
12. Mick Fanning AUS x Raoni Monteiro BRA

terça-feira, 10 de maio de 2011

Bellucci é eliminado em Roma pelo 148º na primeira rodada (Postado por Erick Oliveira)

Madri ficou para trás, e Thomaz Bellucci deixou seu melhor tênis na capital espanhola. Em Roma, o número 1 do Brasil e 22 do mundo não se mostrou consistente em momento algum e se despediu do Masters 1.000 italiano logo na estreia, superado pelo desconhecido Paolo Lorenzi, tenista da casa que passou pelo qualifying. Atual 148º do ranking, o italiano de 29 anos fez 7/6(5) e 6/3, eliminou Bellucci e avançou para a segunda rodada.
O resultado significa que o esperado duelo entre Bellucci e Rafael Nadal não acontecerá. O número 1 do mundo, que aguardava o vencedor desta terça para conhecer seu adversário, enfrentará Lorenzi. Ao brasileiro resta se preparar para o torneio de Roland Garros, o Grand Slam do saibro, que tem seu começo marcado para o dia 23 de maio.
Desde o primeiro game, ficou claro que Thomaz Bellucci não teria moleza nesta terça-feira. Diante de um rival paciente, que insistia em longas trocas de bola, e de uma animada torcida italiana, o brasileiro não conseguiu encontrar uma maneira de se impor. Algumas de suas falhas recorrentes, que não apareceram em Madri, voltaram. Entre elas a ansiedade e a escolha ruim de golpes.
Em todo o primeiro set, foi Lorenzi quem teve mais chances. Bellucci salvou um break point no quinto game, mas não evitou a quebra no sétimo, quando jogou duas esquerdas para fora e deu duas curtinhas ruins. O italiano sacou para fechar o jogo, mas sentiu o peso de estar à frente do número 22 do mundo. Cometeu três erros não forçados, uma dupla falta e cedeu o empate.
A parcial foi para o tie-break, e a inconsistência de Bellucci custou caro. Depois de sair de 2/5 para 5/5, o brasileiro jogou duas bolas para fora e viu a torcida italiana comemorar a vitória no set.
Lorenzi ganhou confiança e passou até a atacar mais do que fez no primeiro set. Logo no segundo game, encaixou duas bolas vencedoras de esquerda e quebrou o saque do brasileiro. Perdendo por 3/0 e sem se sentir à vontade em quadra, Bellucci teve uma última chance de se recuperar no quinto game, quando Lorenzi sacou em 0/30, mas perdeu quatro pontos seguidos.
O italiano aproveitou o momento, quebrou Bellucci maia uma vez e abriu 5/1. Assim como no primeiro set, Lorenzi bobeou quando sacava para selar a vitória. Errou um golpe fácil junto à rede e, pouco depois, cometeu uma dupla falta, cedendo dois break points. O brasileiro enfim aproveitou, com uma ótima devolução seguida de uma esquerda vencedora.
No oitavo game, contudo, Lorenzi teve outra chance para fechar. Desta vez, não vacilou, rapidamente abrindo 40/0. O italiano ainda desperdiçou um match point ao jogar um voleio na rede, mas não perdeu a segunda chance.

domingo, 8 de maio de 2011

Vettel sobra na Turquia, lidera desde o início e vence sua terceira em 2011



Alemão não sofre ameaças ao longo da corrida e lidera dobradinha da RBR, com Webber em segundo. Alonso completa o pódio. Brasileiros não pontuam

Por GLOBOESPORTE.COM Istambul, Turquia

A pole position com sobras no treino classificatório de sábado era um indício do domínio que poderia acontecer na prova. E ele veio. Sem ser ameaçado pelos adversários e protegido do mau-olhado com um capacete com o olho turco, Sebastian Vettel venceu o GP da Turquia e chegou à terceira vitória em quatro corridas na temporada. De quebra, ainda liderou a primeira dobradinha da RBR no ano, que ainda teve Mark Webber na segunda posição, após ultrapassar Fernando Alonso nas voltas finais. O espanhol da Ferrari teve de se contentar com a terceira posição, em seu primeiro pódio em 2011.
O resultado na Turquia ampliou a diferença de Vettel no campeonato. O alemão da RBR tem agora 93 pontos, 34 à frente de Lewis Hamilton, quarto colocado na corrida deste domingo e que é o vice-líder do Mundial de Pilotos. O inglês da McLaren superou Jenson Button, que tinha os pneus mais desgastados nas voltas finais. Seu companheiro de equipe caiu para sexto, atrás de Nico Rosberg, da Mercedes, que conseguiu um ótimo quinto lugar apesar dos problemas.
Vettel GP Turquia (Foto: Reuters)Sebastian Vettel vence a terceira no ano e comemora muito após sair do carro na Turquia (Foto: Reuters)
Os brasileiros não tiveram um bom desempenho na Turquia. Felipe Massa, da Ferrari, fez uma boa largada e um início forte de corrida, mas perdeu desempenho e cometeu alguns erros, além de problemas nos pit stops. Ele acabou em 11º, fora da zona de pontuação. Rubens Barrichello, da Williams, tentou apostar em uma tática de três paradas, uma a menos que os rivais, mas que não deu certo. Ele ficou apenas com a 15ª posição, uma volta atrás de Vettel.
A próxima prova do Mundial de Fórmula 1 será o GP da Espanha, no dia 22 de maio.


A corrida

Com tempo ensolarado e 17ºC de temperatura, os carros se preparavam para a largada do GP da Turquia sem a incerteza da chuva. Entretanto, o calor mais intenso que nos outros dias do fim de semana deixava uma interrogação na cabeça das equipes: apostar em três ou quatro paradas, por causa do alto desgaste dos novos pneus Pirelli no circuito de Istambul.
Na largada, Vettel se manteve à frente com facilidade, enquanto Webber perdeu a segunda posição para Rosberg, que saltou melhor. Hamilton se manteve em quarto na primeira curva, mas foi pressionado por Alonso e acabou cometendo um erro em uma das curvas do miolo do circuito. Ele caiu para sexto após ser superado pelo espanhol e pelo companheiro Button.

Massa, que se manteve na décima posição, atacou Heidfeld na segunda volta e assumiu a nona posição da corrida. Barrichello, que vinha em 11º, fez a mesma manobra na passagem seguinte e entrou na zona de pontuação. Schumacher, que vinha sofrendo com os rivais, dividiu uma curva com Petrov, tocou no russo e teve sua asa dianteira quebrada, tendo de entrar nos boxes.
Com Vettel já bem à frente, Webber recuperou a segunda posição na quinta volta ao ultrapassar Rosberg usando a asa móvel e o Kers. Alonso fez o mesmo com o alemão na sétima volta e subiu para terceiro. Mais atrás, Hamilton e Button travavam uma disputa acirrada pela quinta posição. O campeão de 2008 acabou levando a melhor após várias divididas nas curvas.

Massa, que aproveitou a disputa entre as McLarens para se aproximar, superou Hamilton na nona volta. Mas os dois entraram juntos nos boxes para fazer a primeira parada e o brasileiro, graças a um péssimo trabalho da Ferrari, acabou superado pelo inglês novamente. Vettel entrou na 11ª passagem nos boxes e voltou após um rápido pit stop na segunda posição, atrás apenas de Button.
Na liderança, o alemão da RBR superou o rival duas voltas depois e o inglês aproveitou para fazer a parada. Massa, próximo de Rosberg, conseguiu a ultrapassagem na 20ª volta, mas tomou o troco na freada para a curva 14. O alemão se manteve em quinto momentaneamente. O brasileiro só conseguiu sucesso duas voltas depois e Button, que tinha acabado de fazer a segunda parada, também superou o piloto da Mercedes, que decidiu entrar nos boxes na 23ª.

Na liderança, Vettel fez sua segunda parada na 25ª e voltou na liderança da corrida com muita tranquilidade. Cinco voltas depois, Alonso ultrapassou Webber e assumiu o segundo lugar, enquanto o australiano tinha problemas com o desgaste de pneus. Button também pressionava Massa, que estava preso atrás de Petrov, o quinto colocado no momento. O inglês superou o brasileiro na 35ª volta e o piloto da Ferrari optou por também entrar nos boxes.
Hamilton, quarto colocado, teve problemas em seu pit stop. A McLaren se enrolou na troca do pneu dianteiro direito e o inglês perdeu muito tempo. Com pneus novos, entretanto, o inglês andava muito rápido e tentava recuperar o tempo perdido. Webber também continuava rápido na perseguição a Alonso para tentar voltar ao segundo lugar e completar a dobradinha da RBR.

Na 46ª, Webber parou pela quarta vez e abriu a última sequência de paradas. Na volta seguinte foi a vez de Alonso e Vettel, na 48ª. Os novos pneus deixaram o australiano ainda mais rápido e ele chegou rapidamente no espanhol. A ultrapassagem veio na 52ª volta, após uma disputa acirrada na parte final do circuito. Alonso ainda tentou o troco, mas falhou duas vezes.
Na frente, Vettel caminhou com muita tranquilidade para a vitória, mais de oito segundos à frente do companheiro Webber. Alonso completou o pódio em terceiro, 1s2 atrás do australiano. O alemão conseguiu seu terceiro triunfo no ano e lidera o campeonato com muita tranquilidade.
Confira o resultado final do GP da Turquia, em Istambul (309,396 quilômetros):
1 - Sebastian Vettel (ALE/RBR-Renault) - 58 voltas em 1h30m17s558
2 - Mark Webber (AUS/RBR-Renault) - a 8s807
3 - Fernando Alonso (ESP/Ferrari) - a 10s075
4 - Lewis Hamilton (ING/McLaren-Mercedes) - a 40s232
5 - Nico Rosberg (ALE/Mercedes) - a 47s539
6 - Jenson Button (ING/McLaren-Mercedes) - a 59s431
7 - Nick Heidfeld (ALE/Renault-Lotus) - a 1m00s857
8 - Vitaly Petrov (RUS/Renault-Lotus) - a 1m08s168
9 - Sebastien Buemi (SUI/STR-Ferrari) - a 1m09s300
10 - Kamui Kobayashi (JAP/Sauber-Ferrari) - a 1m18s000
11 - Felipe Massa (BRA/Ferrari) - a 1m19s80012 - Michael Schumacher (ALE/Mercedes) - a 1m25s400
13 - Adrian Sutil (ALE/Force India-Mercedes) - a 1 volta
14 - Sergio Pérez (MEX/Sauber-Ferrari) - a 1 volta
15 - Rubens Barrichello (BRA/Williams-Cosworth) - a 1 volta16 - Jaime Alguersuari (ESP/STR-Ferrari) - a 1 volta
17 - Pastor Maldonado (VEN/Williams-Cosworth) - a 1 volta
18 - Jarno Trulli (ITA/Lotus-Renault) - a 1 volta
19 - Heikki Kovalainen (FIN/Lotus-Renault) - a 2 voltas
20 - Jerome D'Ambrosio (BEL/MVR-Cosworth) - a 2 voltas
21 - Narain Karthikeyan (IND/Hispania-Cosworth) - a 3 voltas
22 - Vitantonio Liuzzi (ITA/Hispania-Cosworth) - a 5 voltas
Não completaram:Paul di Resta (ESC/Force India-Mercedes) - a 14 voltas/mecânico
Timo Glock (ALE/MVR-Cosworth) - a 58 voltas/câmbio
Melhor volta: Mark Webber (AUS/RBR-Renault) - 1m29s703, na 48ª

sábado, 7 de maio de 2011

Vettel larga na frente e fica a três poles do recorde de Senna

Por Alan Baldwin
ISTAMBUL (Reuters) - O atual campeão da Fórmula 1, Sebastian Vettel, comemorou sua quinta pole position consecutiva neste sábado, quando a Red Bull dominou a primeira fila com outro desempenho impressionante na Turquia.
O alemão, tão à vontade com seu tempo que estava estacionado na garagem e fora do carro faltando um minuto para o final da última sessão, largará ao lado de seu companheiro de equipe, o australiano Mark Webber.
O tempo de Vettel, 1min25seg049, foi 0seg405 mais rápido do que o de Webber.
Foi a terceira pole seguida da Red Bull na Turquia, e em se tratando de uma prova na qual o vencedor sempre sai da primeira fila, a equipe tem grandes esperanças de sair vitoriosa mais uma vez -- contanto que fiquem longe um do outro.
Vettel e Webber, que estava na pole em 2010, rumavam para uma dobradinha no ano passado quando colidiram enquanto lutavam pela liderança, dando os dois primeiros lugares do pódio a Lewis Hamilton e Jenson Button, da McLaren.
"Estou muito feliz e muito satisfeito depois da manobra ruim de ontem e da carga de trabalho que consegui dar a todos os mecânicos", sorriu Vettel, que perdeu a segunda bateria de treinos de sexta-feira por ter batido com força de manhã.
"Foi uma batida feia. Fizeram um ótimo trabalho e saí com um carro excelente hoje", acrescentou o alemão, que mostrou também ter aprendido uma lição no mais recente GP da China ao não fazer a última volta e poupar um jogo de pneus novos.
RECORDE DE SENNA
"Conversamos sobre isso antes dos treinos classificatórios", disse o líder do campeonato, vencedor das duas primeiras provas e segundo na terceira, sobre sua decisão de encerrar a sessão mais cedo.
Foi a 19a pole da carreira de Vettel, uma a mais do que Hamilton, e a quarta em quatro corridas na atual temporada. Ele também largou na frente na última prova de 2010, em Abu Dhabi.
Com isso, ele está a três poles de igualar o recorde do tricampeão brasileiro Ayrton Senna, que entre 1988 e 89 largou em primeiro oito vezes consecutivas.
Vettel lidera a tabela com 68 pontos após três corridas, Hamilton tem 47, Button tem 38 e Webber soma 37 pontos.
Hamilton, que superou a estratégia de Vettel em Xangai ao poupar um jogo de pneus e fazendo uma parada a mais, larga em quarto ao lado da Mercedes de Nico Rosberg.
"Não é a pole, mas é melhor do que nada", declarou Hamilton.
"Vamos largar do lado sujo da pista, mas estamos na disputa. Não temos um jogo extra (de pneus). Arriscamos, não sei se foi a coisa certa ou não", acrescentou o campeão de 2008.
"Não estamos longe, mas agora se vê que a Mercedes recuperou o ritmo e as Ferraris também. Espero uma corrida disputada. Ela é longa, mas há chances de ultrapassagem e deve ser uma boa prova."
Fernando Alonso, bicampeão da Ferrari, se classificou em quinto, e Button, vencedor em 2009 mesmo com Vettel na pole, larga na sexta posição.
O russo Vitaly Petrov sai da sétima vaga com sua Renault, e a Mercedes de Michael Schumacher é a oitava da fila.
O japonês Kamui Kobayashi, da Sauber, terá que fazer muitas de suas famosas ultrapassagens para garantir um ponto depois de ficar no final do grid por culpa de um problema no sistema de combustível que fez seu carro parar na pista sem ter marcado tempo.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Stacy Sykora recebe alta do hospital (Postado por Erick Oliveira)

A americana Stacy Sykora recebeu alta do hospital Sírio-Libanês na manhã desta sexta-feira. Há 24 dias, ela foi internada depois de sofrer traumatismo crânio-encefálico, consequência do acidente de ônibus com a equipe do Vôlei Futuro.

O ônibus tombou no dia 12 de abril, quando estava a caminho do ginásio José Liberatti, em Osasco, para a disputa do jogo 1 das semifinais da Superliga. O time perdeu a série, e depois garantiu o bronze ao derrotar o Pinheiros.

Stacy ficou uma semana internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e depois transferida para um quarto. Começou, então, a fazer duas sessões diárias de fisioterapia. Nesta sexta-feira, ela conversou com a reportagem do SporTV e falou da felicidade por ter recebido alta.
- Estou aliviada de sair do hospital. Foram dias difíceis. Num dia eu estava muito mal, sem conseguir fazer nada, comer, falar. Agora eu estou ótima. Em tão pouco tempo eu estou perfeita. É a vida - disse Stacy.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Irretocável, Bellucci derruba Murray e avança às quartas de final em Madri (Postado por Erick Oliveira)

Na próxima rodada, Bellucci enfrentará o tcheco Tomas Berdych, número 7 do mundo, que vem de vitória sobre o argentino Juan Mónaco. Em torneios de nível ATP, os dois já se enfrentaram duas vezes, ambas em quadra dura, e o tcheco sempre saiu vencedor. Em nível Challenger, Bellucci tem uma vitória sobre Berdych no saibro. Foi em Prostejov/2008, na República Tcheca.
- Fui perfeito hoje. Fiz tudo certo, joguei sólido, consistente, sem ansiedade para definir o ponto. Era a vitória que estava precisando. Venho treinando muito duro, fazendo as coisas certas, mas os resultados não estavam acontecendo. Eu e o Larri (Passos) sabíamos que isso não iria demorar a acontecer e foi justamente o que aconteceu hoje. Esse dia chegou - festejou Bellucci.
Bellucci entrou em quadra trocando muitas bolas e cometendo poucos erros, aproveitando-se da postura menos agressiva de Murray. Mesmo assim, foi o escocês que teve as primeiras chances de quebra. Logo no terceiro game, Bellucci teve de encarar dois break points, mas se salvou com uma boa subida à rede e um ace.
O brasileiro sacava bem e atacava mais do fundo de quadra, mas Murray também estava bem no serviço. Bellucci ainda teve de salvar mais um break point no quinto game, mas a partir dali mostrou-se bem postado em quadra.
Na hora decisiva, foi o número 4 do mundo quem vacilou. Murray cometeu três erros não forçados e deu um set point ao brasileiro. Bellucci se aproveitou do segundo saque do adversário e dominou o ponto até que viu um slice de Murray quicar fora e lhe dar o primeiro set de presente: 6/4.
O jogo não mudou no segundo set. Murray até tentou agredir um pouco mais, mas Bellucci já se mostrava mais confiante e seguia distribuindo bolas vencedoras com seu potente forehand. O brasileiro seguiu sem ter seu serviço ameaçado e, como fez no primeiro set, capitalizou na primeira chance oferecida pelo rival. Logo no sexto game, Murray cometeu uma série de erros até que uma direita longa deu a quebra ao brasileiro.
O único susto de Bellucci veio no sétimo game, quando sacou em 15/30. Novamente, o número 1 do Brasil brilhou quando foi exigido. Com três lindos pontos seguidos, o paulista confirmou o saque e fez 5/2. Murray não encontrava saída para mudar o tom da partida e, no sexto game, teve seu saque quebrado mais uma vez. Quando jogou uma esquerda na rede, viu o brasileiro celebrar.