Ceni provoca Corinthians na apresentação de Luis Fabiano: "Temos um espaço para festa"
O auge da provocação ocorreu quando o goleiro Rogério Ceni discursou no palco montado no gramado do estádio do Morumbi.
Com Morumbi às escuras, Luis Fabiano saúda torcida são-paulina
- Eu achava que vocês eram grandes antes dessa noite, mas agora digo que vocês são os maiores. O que está acontecendo aqui hoje nunca mais vai acontecer. Primeiro porque nós temos esse espaço aqui, que nos permite fazer essa festa, e depois porque existem vocês.
Atacante projeta volta em duas semanas
Às 17h, o trânsito nos arredores do Morumbi já indicava que a festa seria grande. Dentro da arena, a programação incluiu shows de bandas e artistas identificados com o clube. Logo no início da festividade, o apresentador César Filho deu o tom do evento. São-paulino, o artista fez questão de exaltar não só o centésimo gol de Rogério Ceni, mas também a rivalidade com o Corinthians.
"Não esperava tanta gente, diz Luis Fabiano
- Não poderia ser melhor né, o centésimo em cima deles. A alegria foi exatamente a mesma de um título mundial.
Na sequência, o apresentador chamou ao palco, montado no campo do Morumbi, o rapper Max B.O.. O artista, famoso por improvisar rimas sobre assuntos aleatórios, cantou música para o novo camisa 9 do Tricolor paulista.
- Tá difícil, deixa que ele resolve. O dono da 9 tem a jogada que envolve. Não vacila, o cara é perigoso. A fábula é real nos pés do Fabuloso.
Outro rapper, Professor Pablo, também subiu ao palco para festejar a chegada de Luis Fabiano. Pablo ficou conhecido em 2009 depois de fazer uma música para o atacante, que conta a vida do jogador. Os músicos Jairzinho, Nando Reis, Andreas Kisser e a banda Planta e Raíz também estiveram no Morumbi e homenagearam o camisa 9 e Rogério Ceni.
Mas foi nas primeiras palavras de Luis Fabiano que a rivalidade com o Corinthians apareceu de vez. Antes de entrar em campo, os telões do palco exibiram um vídeo gravado, em que o camisa 9 aparecia ao telefone, negando a possibilidade de defender outro clube no Brasil. Em janeiro, o presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, disse que o clube ofereceu 7 milhões de euros e R$ 500 mil de salário ao atacante, mas o Sevilla negou a venda. Dois meses depois, ele acertou com o São Paulo.
No discurso do presidente do São Paulo, a rivalidade voltou a aparecer quando o dirigente parabenizou Ceni pela marca atingida contra o Corinthians.
- Será um fato marcante não só aqui no Morumbi, mas além das fronteiras do país. Ficará marcado na história, ainda que o adversário tenha sido quem foi, o que ficará marcado é o feito de um atleta que foi contratado para jogar com as mão e fez cem gols com os pés.