segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Com estratégia perfeita, Fabiano Peçanha vai às semifinais dos 800m (Postado por Lucas Pinheiro)

A pista de atletismo do Estádio Olímpico foi transformada em um tabuleiro de xadrez. Cada peça, cada peão nos 800m masculino tinha uma estratégia traçada para alcançar seu objetivo. Logo na primeira bateria, um brasileiro brilhou na escolha do método para avançar às semifinais. Ao forçar bastante o ritmo de sua tomada de tempo, Fabiano Peçanha assumiu o risco e teve sucesso. Na segunda colocação, com 1m46s29, garantiu vaga automaticamente para a fase seguinte. Infelizmente, ele não terá a companhia de Kleberson Davide. O paulista, com muita febre devido a uma inflamação na garganta, não pôde competir.

Ainda comorando a classificação e procurando seus familiares nas arquibancadas, Fabiano admitiu que precisará buscar o melhor resultado de sua carreira para seguir vivo na competição. Das semifinais, marcadas para as 15h55m (horário de Brasília), apenas oito atletas seguirão para a disputa de medalhas, na quinta-feira. O mais veloz até o momento foi Abubaker Kaki, do Sudão, com 1m45s51.

- Eu queria levar em um ritmo em que tivesse uma boa chegada, só que não tão lento, porque senão todos acabam tendo uma boa chegada. A parcial me permitiu que segurasse até o fim. Eu tinha a quinta marca da bateria, já estou entre os 24 e agora vamos pensar na grande final. Vou precisar ter um grande dia, porque passar entre os oito é outra história. Se eu forçar muito, atletas mais rapidos que eu podem me acompanhar mais facilmente e me ultrapassar no final. Eu vou ter que ter um dia muito especial e me superar para estar na final – disse, em entrevista ao SporTV.

Logo na primeira bateria, Fabiano adotou uma estratégia ousada. Pulou na frente dos adversários para puxar o ritmo desde o princípio. Com uma série forte, suas chances de se classificar por tempo, caso não fosse um dos três primeiros, seriam maiores. A previsão era bem realista, já que ele tinha apenas o quinto melhor tempo de balizamento. O gaúcho, porém, se segurou como pôde. Forçou os limites do próprio corpo e foi recompensado. Ultrapassado apenas por Nijel Amos, de Botsuana, no fim, garantiu a classificação automática para as semifinais com 1m46s29.

Na segunda série, David Lekuta Rudisha fez o mesmo. Mas o atual campeão mundial da distância sobrou tanto que pôde se dar ao luxo de reduzir drasticamente o ritmo no fim e ainda assim cruzar na frente dos rivais, com 1m45s90. Na terceira bateria, Abubaker Kaki, do Sudão, foi impulsionado justamente pelo excesso de concorrentes de peso. O atleta completou o percurso em 1m45s51, melhor tempo geral. Foi seguido de perto Timothy Kitum (1m45s71), do Quênia, e Abdulaziz Lada Mohammed (1m46s09), da Arábia Saudita.

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