Treinador ainda elogiou a qualidade da seleção uruguaia
O técnico da seleção brasileira, Luiz Felipe Scolari, afirmou em entrevista à revista Época, que a Copa do Mundo não é um momento propício para os protestos que estão acontecendo no país, e defende que seu time não poderá ser usado como arma nas eleições e comentou como está vendo as manifestações no Brasil.
“No Brasil, temos direitos, somos democratas, temos uma democracia total dentro do Brasil e podemos nos manifestar. A Copa não seria o momento ideal, nem adequado. Convidamos pessoas de fora para nos visitar e poderíamos mostrar uma situação diferente. No dia das eleições, com nossos votos, é que temos de mostrar o que queremos”, disse Scolari.
"O resultado do campeonato mundial não tem que influenciar em nada, a não ser no aspecto futebol.  Não estamos jogando pela eleição de A, de B, do partido A ou do partido B. Jogamos pelo Brasil. O país não tem partido, é um país. Uma das coisas que discutimos lá dentro é “nós, aqui, somos seleção brasileira de futebol”. Nos preocuparemos e defenderemos aquilo que fizermos. Com o redor, não nos preocupamos. Ao terminarmos, sendo cidadãos comuns, preocuparemos com eleições e situações de melhora nisso e naquilo", completou.
Felipão ainda admitiu o favoritismo do Brasil no Mundial, mas apontou Alemanha, Espanha e Uruguai como candidatas ao título.
"Não acrescento o “absoluto”. Pelo que foi feito na Copa das Confederações, pelos amistosos, pelo sistema bem organizado, o Brasil é apontado por 16 das 32 seleções como candidato mais forte ao título. No íntimo, sabemos que somos grandes candidatos, mas há outros grandes candidatos, seleções tradicionais, e outras com boa qualidade, que poderão ser campeões", disse.
"É uma boa seleção (Uruguai). Tem uma excelente equipe, um técnico que trabalha com essa equipe há anos e faz um trabalho espetacular. Tem outras seleções que sabemos que são mais fracas, com menos possibilidades. Elas deverão se classificar entre os 16, um grande feito. Provavelmente, numa aposta, tem 0,1% de chance. As tradicionais tem mais chance", completou