Presidente do São Paulo ataca Serra e diz que Marin precisa parar de bancar Ricardo Teixeira
Danilo Lavieri
Do UOL, em São Paulo
Juvenal Juvêncio estava inspirado no lançamento da nova camisa do São Paulo nesta quinta-feira, no Estádio do Morumbi. Além de exaltar sua equipe, o presidente da equipe paulista aproveitou a ocasião para criticar os clubes cariocas pelos altos salários pagos por eles e não conseguiu deixar o evento sem atacar o ex-presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) e seu inimigo político, Ricardo Teixeira.
O cartola criticou o salário que o atual presidente da entidade, José Maria Marin, paga a Ricardo Teixeira e aconselhou o cartola a parar de dar esse benefício ao ex-mandatário.
Foto 10 de 24 - Modelo exibe costas de versão feminina da nova segunda camisa do São Paulo
MaisFernando Donasci/UOL Esporte
"No futebol, vale mais a versão contada do que o fato. Mas o fato é o seguinte. Tirar o Morumbi da Copa foi um negócio pessoal do Ricardo, que continua recebendo R$ 120 mil da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) por mês. Ele nem conhece jogador, não sabe o que é isso, porque ele não gosta de pessoas, de gramados, é uma coisa confusa. E o Marin não consegue dormir sem pagar os R$ 120 mil por mês ao Ricardo. Mas o que o Marin deve a ele? Nada! O Ricardo teve de deixar o país num avião a jato, particular, porque ir ao aeroporto, para ele, é perigoso. Para de pagar, Marin! Não pode pagar. Esse negócio vai crescer", disse ele, que voltou a falar do episódio.
"O Ricardo brigou comigo porque disse que matou todos inimigos e só faltava um. Era eu. Ele tirou o estádio e colocou na imprensa, nos blogs e em todos os lugares que o Morumbi estava fora, mas não avisou o Governo do Estado nem a Prefeitura. Não fui eu que indiquei o estádio, foi o governo e ele (ex-governador José Serra) não respondeu nada. Eu que tive que responder à provocação. Não foi possível o nosso estádio ir à Copa porque eu fui forte. Cheguei a conversar com ele e perguntar o que ele diria aos pares por estar brigando com o presidente de um dos mais importantes clubes do país. Não adiantou nada. Ele nos tirou, o governo não reagiu e eu não podia avançar muito".
Desta vez, durante o discurso, sobrou até mesmo para o ex-governador do Estado de São Paulo José Serra. Segundo ele, faltou ação do político na hora em que a entidade barrou o estádio são-paulino de entrar nas competições da Fifa.
"Fiquei decepcionado com a falta de ação, mas não fiquei magoado com ninguém, fiquei chocado de como as coisas aconteceram. No fim, senti aliviado de não ter entrado nisso. Eles queriam o CT da Barra Funda, o de Cotia e o Morumbi, tudo para eles. E eu não dei. Eles queriam nos desalojar por 60 dias, iam nos obrigar a fazer várias obras e nós que teríamos que pagar. Teríamos um prejuízo real que de nada ia nos ajudar no fim. A modernização do estádio teria que acontecer de qualquer jeito e não precisaria disso para acontecer", finalizou
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